Sou absolutamente apaixonado por tudo que diz respeito à ideia de CEGUNDO SÉLEBRO. E essa autora, a Joan Westenberg, botou todas as minhocas na minha mente ao apagar todas suas notas, citações, listas etc.
É exatamente o oposto do esforço que faço nesse arremedo de del.icio.us, onde não só sigo pontuando coisas sobre vejo (como num blog dos anos 2000), como alimento um desejo sem FUNAMENTO de recuperar links salvos para ler mais tarde, no Telegram, entre 2016 e 2024.
Por que desejo fazer isso? E o que Joan pensou ao limpar seu cache de rascunhos?
> Construir um segundo cérebro promete memória e produtividade. Mas virou um depósito de ideias velhas, sufocando a criatividade... Minhas anotações viraram uma coleção de "eus antigos", como camadas geológicas.
Posso ser taxado de "doente" se eu disser que essa arqueologia mental não for, necessariamente, um problema?
> Em vez de acelerar meu pensamento, começou a substituí-lo. Em vez de ajudar a memória, congelou minha curiosidade.
Penso que, aqui, a encruzilhada se assemelha a outra reflexão recente, sobre dar peso muito maior à estrutura, ao processo, e nem tanto ao conteúdo e as relações que podem vir a partir desse exercício.
> Sistemas de gerenciamento, como PKM, com raízes em Luhmann, entregam confusão. A citação nunca era vivida. Ficava armazenada, sem ser consumida. Seu vlaor se perdia. A arquitetura afetou minha atenção. Parei de me perguntar e comecei a processar.
Opa, chegamos. É aqui.
> A memória não é um arquivo. É associativa, incorporada, contextual, emocional.
Segundo cérebro pressupõe a etapa de reflexão, reencontro das ideias. Uma estrutura não é o pensamento. Sem isso, o PKM vira uma arapuca; o mapa engole o território.
> Criei um novo problema: o adiamento. Quanto mais meu sistema crescia, mais eu adiava o trabalho de pensar para um "eu do futuro" que iria organizar, etiquetar, destilar e extrair o que importa. Nunca conheci esse eu.
Eu também não.