Comentário do Sergio Ludke, um dos profissionais que mais se debruça sobre a questão da desinformação, no linquedisney.
> Há tempos eu guardo uma recomendação do Peter Cunliffe-Jones, fundador do Africa Check, para ser mais empático no trato com os leitores. Ele dizia, no antigo Twitter que deveríamos reconhecer o núcleo de verdade que havia numa peça de desinformação e mostrar aos leitores por que eles podem ter acreditado em algo que se provou falso ou enganoso.
Faz todo sentido, ainda que nosso estado mental tenha esfarelado qualquer esforço cognitivo do usuário mergulhado no viés comportamental.
> Desde março, estamos debatendo novas abordagens no Comprova para buscar conexão com um público mais amplo ... Entre as mudanças estão a adoção de outros dois fatores além da verificação do conteúdo (agora estamos analisando com mais profundidade as táticas utilizadas e o contexto dos criadores da desinformação), a abolição das etiquetas (falso, enganoso) e a redação de títulos que enfatizem primeiro a verdade e evitem sempre que possível a reprodução de uma mentira, mesmo como negação ... Precisamos do atrito, de uma fricção de ideias que permita confrontar as evidências da verificação com as alegações falsas ou enganosas. E tudo isso se torna letramento.
A iniciativa é sensacional.