Um ano como 2004, que teima em não acabar, só poderia presentear o mundo com um roteiro de filme-catástrofe, ás vésperas do ano novo: um terremoto de quase 9 graus na escala Richter, o quinto maior já registrado na história e o mais intenso em 40 anos, provocou ondas de até dez metros de altura (pessoalmente, não consigo imaginar tremor de 9 graus e ondas de dez metros). Atingiu Índia, Tailândia, Indonésia, Sri Lanka, Banglaedesh e Ilhas Maldivas. Mais de 20 mil mortos e muita destruição: tudo que a água encontrava virava história.
Se só isso não foi suficiente para arregalar os olhos do planeta, que tal alguns relatos pessoais – entre eles, o do repórter Roland Buerk, da BBC?
“Começamos a ouvir gritos vindos do lado de fora. Aí, a água começou a entrar por debaixo da porta. Dentro de segundos, a água já chegava até a janela. Nós deixamos o quarto rapidamente – a água já chegava à altura do peito. Aí nós deixamos o hotel em meio a uma incrível quantidade de água que entrava. Primeiro, nós subimos em uma árvore por alguns minutos, mas a árvore começou a cair por causa da água. Nós fomos levados pela água por centenas de metros, tentando escapar das motocicletas, geladeiras e carros e que vinham conosco. Finalmente, nós conseguimos segurar um pilar, e a água começou a baixar aos poucos”.
Mais do que nunca, feliz ano novo. E rápido.
Atualizado – Assim como no 11/9 e na guerra do Iraque, adivinhem qual ferramenta ganhou destaque na mídia após o desastre?
Por mais dolorosa que seja a perda de vidas, precisamos de alguns tsunamis de vez em quando para que o ser humano tenha a real noção de o quanto é frágil perante a força da natureza. Não somos nada.
Será que algum dia a humanidade vai entender o recado? Nós somos absolutamente NADA e teimamos ser grandes!
Rei Medas fdp!
Acaba logo, por favor, antes que Rei Medas faça mais coisas…
loucura esse negócio.
é a natureza mostrando a sua força mesmo.
p.s.: já são mais de 44 mil mortos…