Por Claudia Lyra, do blog É a mãe
Você gosta de praia, muito sol, calor, peixe frito e cerveja gelada? Então seu ideal de férias perfeitas é igual ao meu: dez a quinze dias em alguma capital do Nordeste. Bom, se você é chique e tem grana, talvez seu ideal se materialize nas Ilhas Gregas ou no Caribe. Seja como for, quando você imagina suas férias de sonho em algum lugar de praia, de forma alguma cogita a hipótese de se aborrecer na viagem.
Pois então… por gostar muito de praia, assim que tive condições comecei programar uma ida ao Nordeste. A primeira capital nordestina que visitei foi Recife. Estava empolgadíssima por dois motivos. Primeiro, porque, finalmente, andaria de avião. Na verdade, já tinha voado quando muito pequena e, por isso, não me lembrava de quase nada. Seria como uma nova “primeira vez”. Segundo, porque já me imaginava torrando ao sol por dez dias, ai, ai, delícia, sem me preocupar com casa, marido, trabalho…
Meus filhos pequenos – cinco e nove anos de idade – e minha mãe, iriam comigo. Coisa boa! Minha mãe insistiu para que ficássemos hospedados na casa de uma sobrinha dela que mora na cidade. Era um apartamento perto da praia e coisa e tal. Meu alerta vermelho deveria ter sido acionado logo aí, mas me vi seduzida pela possibilidade de economizar o dinheiro do hotel.
O apartamento da prima era confortável e ela nos acomodou no quarto que tinha sido da filha, recém casada, e que, por isso mesmo, estava desocupado. Tudo ótimo. Mas comecei a desconfiar que não seria exatamente as férias que pedi a Deus quando vi minha mãe e minha prima começarem a fofocar de forma descontrolada assim que a gente adentrou no recinto.
Rapá, as duas não paravam de falar um só minuto! E falaram mal da família inteira, incrível! Fui dormir com minhas crianças e deixei as duas lá na sala. Pensei que, passada a euforia do encontro, as duas voltariam ao normal.
Mas foi um engano. Elas continuaram tagarelando dia e noite, alegremente. E, pra piorar minha situação, o tempo fechou e só chovia. Chuva, chuva, chuva… nós todos trancados no apartamento, as crianças entediadas, eu entediadíssima, e as duas falando sem parar. Nem vi praia.
Capítulo a parte: a cadela pequinês da minha prima era o ó! Aff… a maldita odiava crianças e passava o dia inteiro rosnando e avançando pra cima dos meninos. Meu Deus, que desespero! Minha prima, muito a contragosto, a prendia durante alguns instantes. Mas, na maior parte do tempo, a bicha ficava solta e, revoltosa que só, distribuía toda a sua antipatia pelo ambiente. Argh!
Nem preciso mencionar que eu queria vir embora no terceiro dia de viagem. Estava a ponto de ter um treco. Mas minha mãe falava o tempo todo que a prima ficaria muito ofendida, que seria uma indelicadeza, uma falta de consideração. Aí me deixava no quarto com os meninos e corria pra contar pra prima a última desfaçatez da cunhada do tio da amásia do vizinho…
Sinceramente, não sei como agüentei. Não desejo nada parecido nem ao meu pior inimigo. Pensando bem, ao meu pior inimigo desejo isso sim… é uma maldição e tanto!
Enquanto Marmota curte uma praia na Grécia, a série Colônia de Férias apresenta textos gentilmente preparados por seus amigos, recomendando a todos para deixarem seus cachorros longe da areia.
Cláudia, quando vou a casa da Pat passo longos minutos paralisada como um totem no meio da sala… pra ver se os milhares de gatos que ela tem pensam que sou parte da mobília e me deixam lá no meu canto… 😛
fui pra ilhéus nas férias, vc sabe – também adoro praia -, e penei um pouco por conta das chuvas… mas deu pra pegar um solzinho sim… e fofocar um bocadinho com minha comadre tb, vai… somos professoras, trocamos figurinhas do trabalho… sem contar os longos dois anos que passamos sem nos ver… 😉
beijo.
Achei seu blog pelo Mineiras. Está muito legal. Da próxima vez, vá para Maceió e faça um giro pelo litoral de Alagoas. Pode até existir algo melhor, mas é difícil encontrar.
Arre. Você merecia um Recife melhor!
[Marmota, Marmmota, vai anotando tudo, pra contar pra nós!]
Cláudia, ficar hospedada em casa do “zôtro” só é bom quando se é mesmo muito amigo, muito próximo. Caso contrário, é uma lástima mesmo.
Mas eu prometo que não deixo a Renildes te encher o saco quando vc vier aqui em casa..ahhahah
beijos.
Cláudi, a gente sabe que o barato sai caro mas acaba cedendo….
Ai que desespero!!!!
Juro, eu mataria a cachorrinha e fazia as malas de volta…
gente, realmente tem alguns parentes que não podemos aceitar o convite…quando a esmola é muita, até o santo desconfia,já dizia minha avó…
que dó….
André, menino, posso responder aos comentários aqui também? Sabe como é, é meio que um vício… posso? Ah… Bigada! 😀
Luciana – tenho certeza que a “fofoca” com sua comadre não é perniciosa como foi a da minha mãe com minha prima… cê não tem noção!
Ana Paula – Maceió é sonho de consumo, Ana! Ah… quero muito conhecer!
Menin@ – Merecia, não é? Acho que um dia volto lá, só pra desfazer essa péssima impressão…
Vivien – Tenho certeza que vou me apaixonar por Renildes, hauahuahahauha…
Viva – O barato sai, por vezes, caríssimo!
Marília – Bom… vou confessar: eu dei um chute na cachorrinha, hehehehe… foi bom, porque ela deu sossego o resto daquele dia todinho! Huahuahauahuah…
Então, literalmente as duas falavam mais que pobre na chuva! Hahahahaha
Ainda bem que eu nem sou tão chegado assim em praia 😉
Ai, Claudia, que situaçããão! Irc!
Eu também iria querer encurtar minhas férias em dez dias…
E com cachorro mala de brinde, ainda… mil vezes afe!
Férias em casa de parentes quase desconhecidos ou amigos sem muita intimidade, não dá. Também já passei por coisas parecidas, e me arrependi em todas…
P.S.: ai, Lu, não seja dramática, meus gatos jamais iriam fazer mal a você, vai. 😛
(Sim, a Lu fica mesmo que nem um totem no meio da sala! Hahahahaha! Boba! :P)
Puxa vida, que férias terríveis!!
E laia!
Eu devo ser ET nesse ponto viu!
Acho que nunca tive uma férias assim ruim!
Sempre de sorte! Passeie bastante e conheci lugares.
Seus filhos devem ser uns anjinhos!
Eu do jeito que era tinha armado alguma pro cachorro fácil fácil! E o melhor, sem ser pego! 😀
Que dureza, hein? Mas esse cachorro era pestinha mesmo, né?
Ninguém merece férias assim, tá louco. Por isso que eu sempre penso: Quando a esmola é demais o santo desconfia! Risos! Passar férias na casa de parente é pra se pensar bem antes!
Claudia, Recife é uma cidade linda, que eu amei conhecer numas férias maravilhosas que tive lá. Fui sozinha da silva e me diverti muito. Você merece voltar para lá para visitar a cidade e as praias longe de fofocas e de cachorrinhas chatas. Agora, se puder ir para Maceió, onde estive nessas férias, você não vai se arrepender. Lá é tão lindo que vale a pena até tomar chuva.
Ridícula e metida a besta como sou, fico sem Grécia e sem nordeste.
E eu que nem gosto de cachorro? Olha, essa cachorrinha tinha rodado comigo, viu! Hehehe!