Feliz Festivus!

Não sou o que se pode chamar de fã do seriado Seinfeld, considerado por muitos o melhor de todos os tempos. A bem da verdade é que muitas vezes nossas reuniões entre amigos também tratam do nada absoluto, assim como o programa. E por razões evidentes, entre a minha vida e a dos amigos do Jerry, sou mais a minha.

Independente do meu desprezo pelo programa de TV, há que se destacar a brilhante idéia do Frank Constanza, pai do mal-humorado George, que criou um novo feriado em resposta a excessiva exploração comercial do Natal. Nascia o Festivus, “for the rest of us…” (para o nosso descanso), comemorado no dia 23 de dezembro.

Não pretendo aqui entrar em detalhes, até porque ainda não tive a chance de assistir ao episódio relacionado. Tudo que sei é que Frank contou para o doidivanas Kramer a história desse feriado. Este decide ressuscitar a tradicional comemoração, em todos os seus meandros: ao invés da árvore de Natal, algo menos trabalhoso e com nenhuma carga comercial: um bastão de alumínio. Durante a ceia, sem peru ou qualquer outro luxo, todos à mesa se queixam uns dos outros, lembrando todas as decepções alheias. No final, uma briguinha pra dar aquela aquecidinha… E o feriado só acaba quando o desafiante vai à lona!

Independente das tradições, o conceito é interessante. Mais do que isso: graças ao sucesso da sitcom, muitos norte-americanos carregam o espírito do Festivus em seus corações e comemoram efusivamente, sem deixar de criar novos elementos! Pegando carona na brincadeira, Allen Salkin lançou um livro sobre o Festivus. Se o pobre George Constanza lamentava em 1997, quando o episódio foi ao ar, que o tal feriado só existia na cabeça do pai dele, teve que mudar de idéia graças ao seu sucesso…

Apesar da apologia à violência, o Festivus tem mais méritos do que críticas. Talvez o maior deles seja o de cultivar uma celebração de maneira espontânea, sem ligações comerciais, fundo religioso ou partidário… Nem mesmo uma data para tal – apesar da proximidade com o Natal, além da própria “vocação” em substituí-lo.

Se você estiver totalmente sem tempo para desejar boas festas a todos e não vê a hora do ano que vem chegar, diga ao menos ” happy festivus” a eles. Ou sugira a criação de um novo feriado, uma tradição entre amigos – com o pretexto de deixar a confraternização para janeiro…

Para saber mais, consulte a confiável Wikipedia – que, aliás, merece um post só para ela.

Ah, sim: se estiver de passagem por aqui até a meia-noite de sábado, aproveite e receba os meus sinceros votos de feliz Natal!

André Marmota acredita em um futuro com blogs atualizados, livros impressos, videolocadoras, amores sinceros, entre outros anacronismos. Quer saber mais?

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Comentários em blogs: ainda existem? (7)

  1. Feliz Natal e um Ano Novo pleno de conquistas!

    Cada cristal de neve é único, como cada um de nós.
    A cada ano acumulamos vitórias e derrotas, que nos fractalizam como migalhas de pão sobre a mesa.
    O sentido de tudo consiste em sermos conscientes de que a neve do tempo nos une em um único manto branco, onde cada cristal se une a outro, tornando as partes um todo.

    Que seja um 2006 de Paz e Saúde!
    …E que acumulemos mais ganhos que perdas.

    Allan

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