“Como será o amanhã” é a típica pergunta cuja resposta só virá, obviamente, amanhã. Criar qualquer história concreta sobre o futuro pode ser frustrante, mas não deixa de ser bacana sonhar e imaginar como será a sua vida em uns cinco, dez, vinte anos. Mais do que isso: estabelecer objetivos a longo prazo e segui-los à risca é uma das dicas primordiais em qualquer manual de auto-ajuda-quem-não-atrapalha.
Você tem algum objetivo em mente? Ou, mais alucinado ainda, tem a exata noção de como será a sua vida no futuro? Então faça uma experiência: abra o editor de texto e escreva um e-mail para você mesmo, mas para chegar daqui a, no mínimo, três anos. Sentiu vontade?
A dica é da Folha Online: os norte-americanos Matt Sly e Jay Patrikios criaram em 2002 o Future Me. Segundo a matéria, esse tipo de serviço está se popularizando com facilidade, especialmente por conta da curiosidade dos internautas – se esse site cai no gosto brasileiro, a dupla vai ter problemas sérios de tráfego…
Mas enfim. Existem duas tendências de mensagens nesse site: ou você escreve alguma coisa sobre você hoje, para lembrar mais adiante, ou alguma intenção ou plano futuro, só para saber se foi ou não cumprido. Nos dois casos, o e-mail serve como uma sacudida em nossas memórias. Outra dica importante para ver a coisa funcionar: convém usar uma conta de longa duração, para não correr o risco de ver sua mensagem no limbo.
Então, já pensou como vai ser sua carta para o futuro? Se fosse mandar alguma coisa para mim, seria curta e grossa: “Continue cultivando com carinho suas memórias, além de seguir em frente sem qualquer ansiedade ou expectativa. Relaxe e aproveite a vida, como sempre”.
É interessante, mas há meios mais simples, e que nao dependem de e-mail que expira pra funcionar. O blog é uma delas… Pra quem é mais reservado, pode escrever num documento e deixar arquivado no HD, para ler daqui a alguns anos. Essa alternativa requer um cuidado ímpar com o sistema operacional e HD, já que basta um crash pra todo o trabalho ir para o ralo. Por fim, tem aquela famigerada caixinha do tempo, que aparece muito em seriados e filmes. O cara pega um monte de tranqueira, escreve uma mensagem, joga tudo dentro de uma caixa ultra-resistente, e enterra em algum lugar. Aí ele escolhe: ou ele mesmo a abre daqui a alguns anos, ou deixa lá, até que algum arqueólogo a ache. Julgo ser essa última opção (a do arqueólogo) a mais interessante, e ainda hei de fazer algo do gênero.
[]’s!
Que site interessante, Marmota. Estou aqui a pensar o que escreveria….
Uma vez, numa daquelas famigeradas dinâmicas de grupo que estiveram na moda nas empresas nos anos 90, fizeram isso com o meu grupo de trabalho. Deram um papel e um envelope para escrevermos uma mensagem para nós mesmos que seria entregue dentro de um ano. Eu estava puta com a empresa por não terem liberado minhas férias na data que eu queria. Escrevi apenas: “tudo passa”.
Pois é, escrevi a minha! Já tinha feito isso antes, deixando uma mensagem pra mim mesma que só foi aberta dois anos depois de escrita. Repeti a dose, tem uma cópia lá no meu blog.