Cinco bons motivos para a Copa ser aqui (que podem virar maus)

Seria uma cena bastante curiosa. O presidente Lula, uma porção de governadores e ministros, jogadores de futebol, dirigentes, o técnico Dunga, imprensa, artistas, mulatas, bateria de escola de samba… Este verdadeiro trem da alegria, diante de uma tremenda expectativa, até que, subitamente, o presidente da Fifa Joseph Blatter anuncia: “hmmm, pensando bem, acho que o Brasil não vai ser a sede da Copa do Mundo em 2014”.

Claro que isso não vai acontecer, para felicidade da nação do futebol – além dos iludidos que entupiram este blog de comentários ao defender o potencial de algumas das mais inóspitas cidades do país. Vai ser uma terça-feira de festa, e tal farra tem tudo para continuar até 2013, quando os organizadores vão se dar conta: será preciso mais dinheiro para concluir as obras. Esqueçam os R$ 3,8 bilhões superfaturados do Pan: isso é dinheiro de cachaça perto dos R$ 18 bi previstos inicialmente para ajeitar o país.

Mas enfim, já que o circo chegou à cidade, vamos aplaudir. Mas com moderação, afinal de contas até mesmo o que parece bom pode esconder problemas.

#5 Vai ser na nossa casa! – Tirando aquele tio que jura ter visto a final entre Brasil e Uruguai no Maracanã em 1950, daria para imaginar um jogo de Copa do Mundo ali, naquele estádio que esses dias recebeu Santos x Bragantino? Inacreditável. não é mesmo? Mas vai ser ainda mais delicioso conseguir ficar na arquibancada durante este momento histórico. Nem precisa ser o jogo da seleção, basta um Argélia x Arábia no Mané Garrincha. Que demais, não?

Mas vá com calma. A Copa não é nem de longe um evento local. Pelo contrário: a Fifa, com apoio de seus patrocinadores bilionários, praticamente “se hospedam” no país do Mundial durante longos meses. Traduzindo: é como se houvesse um “novo país” chamado Copa do Mundo, e mesmo os brasileiros serão tratados como “forasteiros”. Os ingressos serão vendidos a preços impraticáveis: contente-se em assistir aos jogos do telão no Anhangabaú ou em casa. Isso mesmo: como se a Copa fosse em qualquer outro lugar do planeta.

#4 Vamos ter novos estádios! – Indiscutivelmente, a final da Copa de 2014 será no Maracanã. Mas das dez sedes previstas, praticamente nenhuma reúne condições de receber uma partida. Teremos certamente novíssimos e impecáveis estádios planejados especialmente para o evento. Quem vai ganhar com isso é o torcedor local, que terá qualidade incomparável em futuros jogos.

Quer dizer, isso caso a iniciativa privada assuma os gastos. Ou, mais difícil, os clubes de futebol, a maioria falidos. Exemplo de 2007: o belíssimo Engenhão, erguido pela prefeitura do Rio e assumido pelo Botafogo – lembrando que nenhum outro clube se interessou pela licitação. Não é difícil: qualquer instituição bem gerida consegue transformar arenas novíssimas em máquinas de fazer dinheiro, mesmo sem partidas. Basta um pouco de profissionalismo na gestão. Eu disse profissionalismo? Hahahahaha!!!

#3 O país ganhará em infra-estrutura! – Obviamente, não bastam estádios bacanas para uma Copa do Mundo ser sucesso. Mais do que isso: além das cidades-sede, todas aquelas que receberão as delegações internacionais, e que servirão como “embaixada” para 32 países devem se preparar para receber esse contingente. Hospitais, restaurantes, hotéis, estradas, trens, aeroportos… A Copa vai passar e o legado vai ficar. Bacana, né?

Pena que será preciso uma Copa do Mundo vir ao Brasil… Só assim para mexer com os interesses de quem devia executar todas essas coisas e preparar a nação sem que uma entidade internacional se intrometa. E olhe lá: quando anunciaram o Rio de Janeiro commo sede do Pan, os cariocas ouviram toda sorte de boatos sobre “prolongamento do Metrô, despoluição da Lagoa”… Acredita, mané.

#2 Vamos ganhar muito dinheiro! – Claro que a iniciativa privada (um tiquinho) e o poder público (a maioria) serão responsáveis por gastos perdulários em nome de uma grande festa. Mas o nosso povo criativo e trabalhador saberá capitalizar como nenhum outro a maravilha da Copa do Mundo. Se a quantidade de camisas, cornetas, bandanas, chaveiros, fitas coloridas, perucas, souvenirs e afins já são vendidos a rodo, imagine como não vai ficar nosso “nacionalismo futebolístico” diante de tantos produtos licenciados da nossa Copa. Nem sei qual vai ser o mascote, mas eu já comprei! Sem falar nos gringos, que vão deixar suas economias em uma porção de caixas registradoras brazucas!

A questão é que a Copa é uma gigantesca vaca leiteira, para delírio de uma porção de gente esganada. Muita gente vai faturar um bocado com a Copa legalmente. Mas outro bocado não vai medir esforços para mamar nas obras, na organização, nos patrocinadores, na pirataria, na venda paralela de ingressos… Eh, Brasil.

#1 Nosso futebol vai progredir! – Ao menos temos um alento. Ainda faltam sete anos até a bola rolar, e com um pouco de trabalho organizado, dá até pra fazer uma Copa do Mundo bacana. De repente, até dá para sonhar: vai que a Timemania resolva, que os dirigentes mal-intencionados sumam… Essas coisas que podem dar uma cara profissional ao futebol brasileiro.

Mas é como vem falando o Juca Kfouri: “o que não podemos fazer é repetir o que fizeram na Alemanha, mas sim algo dentro de nossa realidade”. E a nossa realidade tem Ricardo Teixeira no comando da organização do Mundial de 2014, desde a questão operacional até aqueles bate-papos intermináveis com quem costuma mandar nesse país. Acordos que, ao que se vê, esconderão qualquer CPI futebolística até 2014. E aí é que mora o perigo.

Atualizado: não teve a ceninha engraçada, e todo mundo gritou “eu já sabia”. Mais opiniões, bem mais abalizadas, aqui.

André Marmota fala, lê e escreve razoavelmente em português castiço, engrish macarrônico e portunhol com legendas. Quer saber mais?

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Comentários em blogs: ainda existem? (17)

  1. Já estou vendo as incontáveis e trajédias envolvendo estrangeiros e, por que não brasileiros, vítimas da violência gerada pelo absurdo aumento a criminalidade carioca. A polícia falando muito frente as telas das emissoras de TV e fazendo pouco frente a população. Jogando a culpa no governo do estado que joga a culpa no governo federal que joga a culpa na falta de dinheiro nos cofres públicos.
    Bem… a cena brasileira mais uma vez se repete, mas dessa vez em proporções mais alegóricas e exacerbadas.

  2. Li no feed. Posso te ocntar minha experiência aqui em Pasadena. A entrada custou 200 dólares para a semi-final, contra a Suécia. A torcida estava cheia de gente endinheirada. Se tinha pobre brasileiro não vi. Os objetos oficiais da FIFA custam os olhos da cara. A doce vingança que sinto perante a Nação Copa é a existência dos camelôs. Enquanto aqui nos EUA não se praticou a pirataria mercantil, talvez pela falta de interesse do público, no Brasil é quase impossível vender algo por um preço digno, que dirá a preço de FIFA. Ha! Claro que o Botafogo banca, não tem pobrema ;P)

  3. Muito bons os pontos levantados. Se eu fosse católico, rezaria pra que tudo dê certo. Mas não tenho a mínima idéia do que irá acontecer. É torcer para que algumas coisas mudem.

  4. Por mais que o Brasil deveria ter outras prioridades, sou favorável à Copa aqui no país. Espero ter a oportunidade de assistir a alguma partida em São Paulo (nem que pague uma nota por isso) e torço para que o evento traga melhorias para o nosso povo, sem tanta corrupção (oh, quanta ingenuidade).

    O duro vai ser agüentar a Globo até e durante Brasil-2014. Eh, Brasil!

  5. Acho que a opinião pública está muito preocupada com a questão da segurança pública nos dois maiores centros – São Paulo e Rio de Janeiro. Nem os gringos estão tão preocupados com isso. No relatório da FIFA, eles dizem: “a percepção da população é talvez pior do que a realidade em si”. Não devemos esquecer que a Copa também será disputada em pelo menos outras seis cidades (quiçá dez). Não acredito que Curitiba, Porto Alegre, Brasília ou Recife vão fazer feio no tocante à infra-estrutura e segurança.

  6. Eu estava esperando ansiosamente pelo seu post comentando a escolha do Brasil como sede da Copa!

    E, claro, a espera valeu a pena!

    Vc comentou tudo que precisava ser comentado, e não tenho nada a acrescentar, hehehe!

    Abraço!

  7. Minha pergunta é: será que algo melhora mesmo, e efetivamente? Depois de alguns dias com o crime reduzido no Rio de Janeiro, muita gente rica ganhando muito dinheiro, e muita gente pobre apenas assistindo televisão, fica a pergunta: o que o PAN fez melhorar?

    abração,

  8. Na boa, acho que a Copa vai ser como o Pan: um evento esportivo com relativo sucesso, algumas poucas falhas para se envergonhar, muito dinheiro nebulosamente gasto e quase nenhum legado.

    Faço minhas as palavras da Ana Moser, a quem entrevistei justamente sobre essa relação Pan/Copa:

    “A mesma energia investida na hora de vender um grande evento deveria ser estendida para incentivar o esporte cidadão. Como era esperado, o Pan não trouxe nenhum impacto na prática esportiva do Rio de Janeiro, muito menos na do país inteiro. Para o fim social, não fez nenhuma diferença”

  9. Bom, primeiramente, que não venham com essa história de querer construir estádio, pois temos tantos que são mais que suficientes. Sinceramente, para mim, construir estádio é querer beneficiar empreiteira e ter elefante branco depois, tipo aqueles tempos de “onde a Arena for mal, mais um no Nacional. Onde for bem, também”. Sou favorável, isso sim, a melhorar a infra-estrutura dos já existentes. Leia-se mais estacionamento no Morumbi e no Maracanã, metrô, essas coisas.
    Imagino que teremos as seguintes 12 sedes:

    1) Maracanã (mais que garantido)
    2) Morumbi (outro de que também não duvido)
    3) Mineirão (idem)

    4) Arena da Baixada (se bem que esse terá de ser aumentado)
    5) Olímpico ou Beira-rio (aqui, perfeitamente explicável)
    6) Fonte Nova (afinal, alguém aqui acredita piamente que Salvador não sediará jogos?)
    7) No Recife, outro problema: Arruda ou Ilha do Retiro? Estou tirando o Aflitos, pois é muito pequeno.
    8) Provavelmente o Mangueirão. Afinal, tem de ser uma copa em todo o País, não um ridículo Sul-Sudeste com um ou outro de outras regiões para constar.
    9) Brasília. Afinal, é patrimônio histórico da humanidade. Talvez aqui possa haver espaço para um estádio novo.
    10) Goiânia (aqui, é Serra Dourada com certeza, fora termos de lembrar que em 2014 o Centro-Oeste estará ainda mais desenvolvido)
    11) Alguma cidade importante que não seja capital. Campinas? Ribeirão Preto? São José do Rio Preto? Uberlândia? Anápolis? Joinville?
    12) Alguma outra capital. Fortaleza (tem estádio grande la)? Natal? Florianópolis? São Luís, Vitória? Manaus?

    Em todo caso, vai ser necessário distribuir as chaves pensando nos menores deslocamentos geográficos possíveis, como foi feito na Copa de 1994, em que praticamente foi uma final do vencedor da conferência Oeste (Brasil) contra o da Leste (Itália). Portanto, imagino que possamos ter algo como nas oitavas que jogaram no Sul enfrentando os do Sudeste, os do norte contra os do Centro -Oeste, entre outras combinações que levem em conta termos uma extensão contínua maior que a dos EUA (que só são maiores que nós por causa do Alasca).
    Por causa de umas questões paralelas, calhei de voltar com um taxista que nasceu nos anos 50. Não chegou a ver a Copa de 1950, mas ouviu muita história a esse respeito e conhece gente que viu a mobilização do Brasil para erguer o primeiro torneio do pós-Guerra. Pelo que os antigos contam, o Brasil até 1950 era um, depois de 1950 era outro. E olha que Getúlio ainda estava vivo e JK ainda não pensava que seria presidente…

    O cara estava contando umas histórias interessantes, como o mutirão em Recife para construir o Arruda (em que muitos torcedores do Santa doaram sacos de cimento, vergalhões e outros materiais. Tem gente até hoje que fala com orgulho do dia em que não almoçou para levar um saco de cimento). E falou o mais interessante: quando o Brasil quer, bota pra quebrar em qualquer coisa. E isso realmente é verdade. Até 1970 não fazíamos avião e hoje não é preciso dizer que a Embraer está espancando sumariamente a Bombardier. Até os anos 90, ginástica olímpica por aqui era aquela coisa que só umas pessoinhas brancas de olho claro e que falavam estranho faziam e a gente via de quatro em quatro anos na Olimpíada. Fora nos anos 80 em que nos dávamos ao luxo de discutir sobre Piquet ou Senna como se fosse debate de futebol…

    Aqui para São Paulo, é o catalisador que falta para completarem um metrô que minimamente te leve a todos os cantos importantes da cidade. Sobre o Rio, meu medo é que o capitão Nascimento vá ter de pedir reembolso das despesas ao Joseph Blatter, assim como na vez em que pôs na conta do papa. Talvez o maior mamão com açúcar vá ser Brasília, afinal, quem conhece gente que mora lá sabe que quando eles dizem que vão te ver daqui a 5 min, é para acreditar piamente…
    No mais, os solteiros do país têm de torcer para que países como Rússia, Suécia e Dinamarca se classifiquem e, mais ainda, que no sorteio caia justamente na chave da qual sua cidade seja uma das sedes. Estarei com 35 anos em 2014. Se eu estiver solteiro até lá, verei se a Inga ou a Natasha aceitam dançarem um forró comigo. E se for uma dinamarquesa chamada Paprika, perguntarei se quer algo mais apimentado…

  10. Assino embaixo! Belíssimo texto.

    E também assino embaixo do comentário da Carol e da Ana Moser.

    A Copa-2014 no Brasil é uma vergonha. Os presidentes da República e da CBF se merecem. Quem não os merece somos nós.

  11. No começo, eu era contra. “A gente precisa dos 40 milhões da CPMF” mas não precisa dos 5 bilhões que serão gastos para construção e reforma dos estádios?! Mas agora, depois de ter ido a um estádio de futebol (ainda que tenha ido ver o São Paulo ser penta mesmo eu sendo corinthiana), eu gostei de a Copa de 2014 ser aqui. Eu gostei de ir a uma estádio. Eu gostei de assistir futebol. E fico numa fila imensa, de horas, se preciso for, para garantir minha entrada em um dos jogos do Brasil na Copa sediada aqui. Vai ser um caos, eu já vou ter 39 anos (e acho bom, mesmo, um montão de estrangeiros turistas solteiros aportarem por aqui!), não sou otimista para achar que até lá a infra-estrutura vai estar melhor, mas eu sei que vou adorar tudo. Como a gente muda, né?

  12. O Brasil está sempre “pronto” para mostrar aos entrangeiros que tem condições de recebe-los, mas deveria antes de qualquer coisa, lutar para dar “condições mínimas” aos que já se encontram habitando neste adorável país tão mal dirigido.( não quero zica mas a verdade é essa, pra mim quem mais precisa ver o Brasil melhor são os próprios Brasileiros).

  13. Copa 214. Adoro essa piada. Achei um texto que ilustra bem como será:

    -.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-

    Cena de aeroporto em 2014

    UGO GIORGETTI

    Estamos em 2014. O senhor Hans Reutberger- Sieblinsky está parado no meio do aeroporto de Guarulhos, perplexo. Ele é o chefe da delegação de um pequeno, porém tradicionalíssimo, país europeu, que tinha, no último minuto, obtido classificação para a Copa no Brasil. Depois de 13 horas de vôo e esperar por um tempo a seu ver intolerável para sair da alfândega com as malas e material esportivo, o senhor Sieblinsky estava realmente confuso. Olhava para o monte de passagens aéreas em suas mãos com o nome da empresa brasileira que faria a conexão de seu vôo com Belo Horizonte.

    Certamente Herr Sieblinsky estava entendendo mal o que lhe diziam. Afinal seu inglês não era grande coisa. O do seu interlocutor brasileiro, infelizmente, não era melhor. O fato é que tinha conseguido entender que a companhia aérea na qual sua delegação deveria embarcar tinha encerrado as atividades. Fechado. Closed down. Kaput. Como seria possível uma coisa dessas?! Ontem mesmo tinha falado com a companhia! Ela não só existia como confirmou o vôo!

    Mas realmente não havia ninguém atrás do balcão da empresa. Nobody. Personne. Procurou imediatamente entrar em contato com o embaixador de seu país no Brasil. Uma gravação em português respondeu: “Esse número não existe.”

    Depois de ouvir com toda a atenção por três vezes a mesma mensagem, resolveu ligar para o cônsul, em São Paulo. Ao receber uma resposta em sua língua nativa, quase foi às lágrimas de alegria. Mas apenas por um momento. Logo depois o cônsul em pessoa o informou que sim, não só era possível empresas de aviação no Brasil quebrarem da noite para o dia, como a sua realmente quebrara. Olhando desnorteado para as inúteis passagens o sr. Sieblinsky arriscou: “Bem, podemos ir de trem.” Julgou ouvir uma risada abafada do outro lado e soube que no Brasil há muito tempo não há trens. Pelo menos o que um europeu considera trem.

    Já apreensivo, ao ver seus jogadores e a Comissão Técnica se amontoando no chão do aeroporto lotado, o homem teve forças para dizer: “Ônibus, então?” Ônibus, muito bem, vamos verificar. Horas depois, o cônsul ligou de volta, e para surpresa do Sr. Sieblinsky, com voz natural, de quem está no Brasil há vários anos, declarou: ônibus também não dá. Haverá grande reunião de evangélicos em BH, onde são esperados 5 milhões de fiéis. Não há passagens.

    Pelo som que o pobre Sr. Sieblinsky emitiu pelo telefone, o cônsul percebeu que sua presença era requerida no aeroporto. Antes, porém, resolveu avisar: não tinha a menor idéia de quando ia chegar em Guarulhos, porque ameaçava chover e a Marginal ia virar um inferno. Além disso, o mecânico que tinha prometido entregar o carro do consulado “o mais tardar lá pelo meio-dia” não estava respondendo aos insistentes telefonemas. Ao desligar, uma coisa continuou intrigando o cônsul: por que Herr Sieblinsky tinha reservado vôo para Belo Horizonte? Será que ele não sabia que a sede dos jogos do seu país tinha sido transferida, no último instante, para Goiás? Ninguém avisou? No fim o cônsul mandou chamar um táxi especial e saiu rumo à Marginal, soltando palavrões em sua língua nativa.

    Na mesma noite foi ouvido o seguinte diálogo entre dois garis do aeroporto:

    -Você viu o gringo que pirou no meio do saguão?

    – Que time que era?

    – Sei lá, Itália, eu acho.

    BRAZIL!! ZIL ZIL!!

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