Sabe aquela baranga que vive pentelhando você? Ou ainda aquela jabiraca que vive contando vantagem?
Pois o que você está esperando? Vá lá e dê os parabéns a ela, afinal, neste dia 31 de outubro se comemora o dia das bruxas! (piada fraca detected). A festa, que remete ao clássico desenho do Charlie Brown que dá origem ao famoso bordão “e eu, uma pedra”, ganhou força no Brasil graças aos cursos de idiomas e novelas das sete com motivos vampirescos.
Mas você conhece a origem do raloim?
Há cerca de dois mil anos, o povo celta – que vivia em territórios próximos a atual França e Alemanha, festejavam o ano novo exatamente no dia 31 de Outubro, em uma homenagem ao Deus-Sol Baal.
Mas no século IV, já na era cristã, esse rito, considerado pagão, passou a ser interpretado como um ritual para Samhain, um druída conhecido como o Senhor da Morte. Já no século VIII, com a transferência do Dia de Todos os Santos pela Igreja – de maio para primeiro de Novembro, o rito para o Senhor da Morte se transformou em uma vigília chamada Halloweenmass (do inglês Hallow, que quer dizer santificação). As pessoas começavam a aguardar a chegada de fantasmas nessa noite.
No século X, a Igreja dedicou o dia 2 de Novembro à memória dos falecidos. Com isso, o Halloween, o Dia de Todos os Santos e o Dia dos Mortos se fundiram numa mesma tradição.
E o que significa aquela abóbora iluminada – a boa e velha “Grande Abóbora” do charlie Brown? A lenda, de origem irlandesa, conta a história de um homem chamado Jack. Um belo dia, ele fez um pacto com o Diabo, após convidá-lo para beber com ele (parece lenda de boteco). quando Jack morreu, foi recusado no Céu e também no inferno.
Para que ele perambulasse por aí, Jack ganhou do demônio um punhado de carvão. Munido de um nabo (?), criou a conhecida Jack-O’-Lantern, usada pelo fantasma para vagar pela Terra até o dia do Juízo Final. Na antiga Escócia, as crianças preservavam a lenda original, escavando nabos para criar a figurinha. Já na Irlanda surgiram as abóboras, encontradas ainda nos EUA pelos imigrantes no século XVII: eram as lanternas perfeitas.
A festa cresceu nos EUA e ganhou força com as populares máscaras, lençóis brancos e o popular “trick or treat”. No Brasil, a comemoração não é tão popular assim, mas já virou motivo para baladas – principalmente em São Paulo. Quem sabe a sua bruxa não esteja à espreita?
(Postado em 31/10/2002)
Seus textos de hoje são muito superiores a este embroa eu tenha aprendido a estória dos nabos, que não sabia. Boo-hoo. É aniversário de quatro pessoas que conheço.
Legal a história!
Não conhecia não!
Os celtas deixavam um salão todinho cheio de comes e bebes de primeira pras almitchas, tamanha a reverência. E, no dia seguinte de manhã, reza a lenda que nada restava do banquete de Samhain.
Tudo bem, essa história é dura de acreditar, mas vale como momento cultural.
Beijo
Fê
Aaaaaahhh, então é DAÍ que vem essa história de “eu, uma pedra”! Acho que eu não me lembro desse episódio, porque nunca entendi direito essa frase! O.o
Interessante… Não conhecia a história/lenda ou seja lá o que for, mas se informar nunca é demais.