Historicamente, a semana que antecede o GP Brasil de Fórmula 1, a mais rica e importante categoria do automobilismo mundial, é um prato cheio para o noticiário esportivo. Tudo gira em torno dos passos dos pilotos em terras tupiniquins, notadamente aqueles que despertam atenção especial pelo histórico talento e o consequente sucesso.
É o caso do alemão Michael Schumacher. Seu desempenho nas pistas rendeu cinco títulos mundiais na categoria, fato que lhe confere idolatria em todo o planeta. Fora do cockpit, Schumacher mantém outra paixão: o futebol. O piloto é dono de um time da quinta divisão alemã e adora bater uma bolinha nos lugares por onde passa. Como Barcelona, por exemplo, onde pretende retornar em breve para participar de uma partidinha.
Pois bem. Há alguns dias, a cidade de Santos recebeu a notícia de que Schumacher estaria na cidade, graças a uma promoção da TV Globo e do Unicef, responsáveis pelo Criança Esperança. Justamente para mostrar seu talento como jogador ao lado dos atuais campeões brasileiros. “Mas é brincadeira, vem gente de todo o planeta querer aparecer às custas do Diego e do Robinho”. Acredite: esta frase saiu da boca de um conhecido jornalista da baixada, assim que soube do fato…
É, o Santos de hoje é diferente do que se via há 30 anos, quando o ataque de Dorval, Mengálvio, Coutinho, Pelé e Pepe era capaz até de interromper uma guerra. Mas há quem diga ainda que o time jamais perdeu sua importância no cenário mundial, e as pedaladas dos Meninos da Vila apenas ratificam isso. Enfim, o fato é que estas duas entidades, Santos e Schumacher, protagonizaram uma festa inesquecível na última quarta-feira à tarde.
Apesar do horário típico de batente, foram vendidos 12.800 ingressos. Muitas mulheres e crianças fizeram parte da torcida que lotou a Vila Belmiro. Camisas e bandeiras do Santos e da Ferrari fizeram uma festa em vermelho e branco. Até os gritos histéricos das arquibancadas durante o jogo traziam a sensação de que estávamos em um show.
Como de fato aconteceu. O piloto mostrou que sua habilidade como piloto é bem maior, mas se divertiu tanto quanto Diego, Robinho e as outras crianças brincando dentro de campo. Com direito a bola no meio das canetas do alemão nos primeiros dez segundos. Além de lances impensáveis em qualquer partida de futebol, coisas como entrar driblando todo mundo na área, inclusive o goleiro, ir em direção ao gol com bola e tudo e mandar para fora. Entre outras grosserias típicas de uma festa.
Mas se durante a partida os jogadores e a estrela tomavam conta do gramado, o mesmo não pode se dizer sobre o antes e o depois. Enquanto a bola não estava rolando e Schumacher permanecia no gramado, dezenas de seguranças, repórteres, cinegrafistas e baba-ovos (que, em tese, não deveriam estar onde estiveram) cercaram Schumacher o tempo todo. Até mesmo quando o alemão foi saudar a torcida, com a bola nos pés, dando a volta na Vila Belmiro. Os mesmos cinquenta corriam atrás, em uma cena engraçadíssima.
Aliás, quem esteve por perto conseguiu se divertir. Principalmente com as tiradas do locutor da rádio local. Começou quando soltou um “ela, a bela”, com voz de locutor FM das 22 horas, ao fazer referência a bandeirinha Ana Paula Oliveira. Ou ainda tentando falar com o piloto, em inglês. “Vamos bater a foto oficial. Com’on, Schumacher”. Ou ainda “Thank you, Shumacher. Very good”. Troféu Joinha pra ele…
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Mandou mt bem, mestre. Foi um episódio memorável!
Oi!!! Vim te visitar na casa nova!