A cada segundo, alguém descobre a Internet. Pessoas comuns que se conectam e ficam maravilhadas com a grande rede. Sujeitos que entram em transe total. Como se pulassem de um avião a uma altura de quatro mil metros.
Novatos que só sabem fazer uma coisa nesse estado de choque: puxar a corda, acionar o para-quedas (leia-se Google) e cair em algum lugar qualquer. Pode ser bem perto do lugar desejado. Ou não. Paraquedistas da web inexperientes param nos lugares mais inóspitos.
Diante de um volume cada vez maior de incautos caindo em nossas cabeças virtuais, surgem novos esquadrões. Navegadores treinados, capazes de reconhecer e agregar uma grande quantidade de desconhecidos. Uma legião cada vez maior de soldados cada vez mais qualificados. São eles…
Armados até os dentes com seus blogs de altíssimo pagerank. Carregam munição pesada composta por palavras-chave mortais. Pessoas do mundo todo, que experimentam a deliciosa sensação de atingir em cheio este usuário inofensivo, mas de valor elevado nas estatísticas e nos programas de anúncio, cartões de visita do bom caça-paraquedista.
Como em qualquer organização bélica, existem tipos e tipos. A começar pelo tipo mais preguiçoso, desleixado. Capangas mequetrefes, que abusam das armas e executam verdadeiras chacinas no céu. Muitas vezes sequer sentem algum prazer, atiram apenas por dinheiro. Se por um lado os paraquedistas não são animais em extinção, por outro a caça predatória afeta diretamente a reputação de toda a categoria.
Os bons caça-paraquedistas fazem de seu ofício uma arte. Um tentador e criativo desafio. Eles não precisam exibir suas armas o tempo todo: as expressões letais ficam à espreita, ao lado de muitas outras palavras fortes e carregadas de conteúdo relevante para os transeuntes de sempre. Diante de uma onda de paraquedistas, um caçador de elite não se preocupa apenas em pegá-la com a sua pranchinha, mas improvisa e aproveita cada manobra de maneira espetacular, atraente para quem cai e de saltar os olhos para quem vê.
Qualquer cidadão armado com um blog pode virar um caça-paraquedista. Mas são poucos aqueles que conseguem ir além do lado mercenário e simplório, e trabalham em função da prazerosa busca por reputação e relevância. É por isso que não tenho vergonha em dizer: eu quero ser um caça-paraquedista de elite.
Independente da sua corrente filosófica, fique à vontade para espalhar por aí minha sugestão de insígnia dos caça-paraquedistas. E vamos em frente!
Atualizado: O Doni praticamente estabeleceu as bases do Estatuto do Esquadrão de Caça-paraquedistas de Elite. Que beleeeza!
Eu quero ser um Snipper!
=D
Típico comentário de nerd-jogador-de-Counter-Strike!
eheheheh
Você poderia escrever um complemento, mostrando como reconhecer os caça-paraquedistas.
Ficaria genial.
Mandou bem na analogia.
Abraço.
hehehehe, muito legal. De vez em quando temos que ser honestos mesmo. O povo fica com aquela de que só quer produzir conteúdo quando na verdade está mirando nessa nova espécie do mundo virtual. Um dia quando crescer quero ser igual a esse povo.
Muito bom esse post, Marmota!
Com certeza eu sou um caça-paraquedista nanico, que busca alguma reputação… mas eu precisaria de mais tempo e disposição pra me dedicar ao meu arsenal, hehe!
Abraço
Sempre a reputação 😛 hehe
Todo caça-paraquedista deveria seguir essas linhas 🙂
Eita que eu quero ser um caça-paraquedista de Elite também, um dia chego lá! =D
Tentando entender a internet[…]li hoje no Marmota números impressionantes sobre o crescimento da internet no Brasil. Somos cerca de 50 milhões de internautas, espalhados em diversas classes sociais — com assustadora parcela de 38% na classe C. Seja você blogueiro, blogueiro-l…
Que texto gostoso, Marmota! hahahaha
Eu dei boas risadas com a forma como ele foi escrito, e da forma como mostrou que uma mesma pratica pode ter dois lados, depende de como você a utiliza.
Como usava o blogger.com.br e sou bem ruinzinha neste tipo de coisa, só agora me deparo com os “para-quedistas” já que o WordPress lista as expressões de busca que foram parar no blog.
Bom…
boa caçada para ti
beijos da amiga para-quedista que volta e meia cai no teu campo de pouso… rs
Eu já sou um Sniper, pelo menos no Fórum da Airgun, onde discutimos sobre nossas carabinas de ar comprimido… Essa brincadeira não é pra qualquer CBC. É de Gamo, Weirauch e Air Arms pra cima…
“Fotos grátis de sexo com celebridades gostosas transando”A melhor coisa de se ter um sistema de estatísticas em um blog é descobrir quais são as buscas que os internautas fizeram para chegar em sua página. Procuras como “fotos de mulheres nuas escrevendo com a vagina”, “um inventor grego com muita história”,…
Demais realmente emociante o post. Vi no céu os paraquedistas caindo. E blogueiros aitrando
kkkkk
andré, como aluna de para-quedismo que sou e terceira mulher para-quedista do estado de Pernambuco, te digo: mesmo os para-quedistas mais inexperientes(o que é o meu caso)não caem em qualquer lugar nao senhor, a gente já sobe sabendo em que alvo devemos pousar e em que pontos devemos estar de acordo com a altura que estivermos, ou seja, a expressão cair de para-quedas que o senso comum acredita que seria cair em qualquer lugar é incipiente, ok?
entendi a sua analogia… tá tranquilo, só queria esclarecer, pq ser para-quedista é bom pra caralho, hehe, inté. abs recifense.