Organização: não merece o prêmio.

Se levarmos em conta toda a grana investida em um evento portentoso como esse, devo admitir que a turma do iBest adora jogar dinheiro fora. Ou os responsáveis pela festa são meio inexperientes – o que eu duvido, já que a bagaça existe a seis anos.

A começar pela brincadeira da entrada. Puseram Carlos Caramujo, da turma do Pânico, para entrevistar os pobres transeuntes na entrada. Sua tática genial e entediante: bancar o surdo, insistir no “como?”, “o quê”, e nesse meio tempo, subverter a resposta. Bacaninha, se todos entendessem a brincadeira. Acabou criando situações constrangedoras com os mais sérios.

As duas mil pessoas que estavam no Via Funchal tiveram que se espremer entre as mesas e cadeiras para acompanhar a festa. Isso depois de caminhar por entre os poucos espaços vazios e achar a bendita. “Elas estão em uma ordem muito fácil: letras pares e ímpares, números de A a Z”, brincou Rosana Hermann.

Ao menos um ponto positivo: a banda Funk Como Le Gusta, que manda muito bem. Pena que eles tocaram pouco. Pior: fizeram papel de “sexteto de talk-show”, afinal, esse foi o mote da “festa-cerimonial”. O entrevistador? Luciano Huck, loucura loucura loucura. “Muito fraco”, definiu a Suzi.

Realmente foi duro de engolir. Entre um prêmio e outro, rolava um bate-papo com entrevistadores consagrados. A começar com Marília Gabriela, que se submeteu numa boa ao esquema. Já o seguinte, Otávio Mesquita, mostrou como se faz: com o microfone em punho, entrevistou Luciano Huck e ainda serviu de cicerone para a aquariana Sabrina, do BBB, uma das “atrações” da festa. “Deliciosamente estúpida”, definiu Ian. Enfim, ele desmontou o talk show.

Nesse meio tempo, rolava a boca livre: mocinhas simpáticas serviam petiscos, bebidas (champanhe inclusive) e macarrão ao sugo – molho que, evidentemente, caiu na minha roupa. Mas enfim. O mais divertido era acompanhar o nível de stress da “chefona” das garçonetes, reclamando da incompetência das serviçais.

Ao menos eu estava comendo o meu. E bem nessa hora, o tal Marcos Wettreich, visionário criador do prêmio, anunciava a criação do Ajuda Brasil. Uma bela idéia, invocada enquanto todos estavam comendo. Ou tentando se recuperar do talk show…

André Marmota pode perder um grande amor, um amigo de longa data ou uma oportunidade de trabalho... Mas não perde a piada infame. Quer saber mais?

Leia outros posts em Outros. Permalink

Vai comentar ou ficar apenas olhando?

Campos com * são obrigatórios. Relaxe: não vou montar um mailing com seus dados para vender na Praça da República.


*