Então a Apple decidiu aumentar o iPod touch, deixando-o do tamanho de uma folha sulfite. Lógico que, por trás desse meu conceito simplista, é possível observar umam porção de coisas, desde avaliações de comportamento até insatisfações de futuros consumidores – falta webcam, falta porta USB, não roda vídeos em alta definição, não roda Flash… Sem falar nos tablets concorrentes, como o protótipo do Google ou o já pronto ExoPC (juro que li “ExuPC” quando vi da primeira vez).
Longe desse turbilhão, o insight veio em algumas linhas deste artigo do Rafael Cabral, no Estadão. “… O nicho iniciado pelo iPad promete mais: a criação de um novo meio. Jornais e revistas podem criar conteúdo híbrido, com áudio, vídeo e gráficos, e os livros podem fundir-se, narrativamente, com os games. É a exploração do digital ao limite.”
Algo na mesma linha foi dito pela professora Beth Saad, no Intermezzo: “Os produtores de informação e entretenimento poderiam olhar tal processo evolutivo como uma vantagem competitiva que caiu de presente em seus quintais: um device convergente como o iPad agrega um mercado jovem, que considera o modo touch-lúdico como algo natural, com alto potencial de absorção de informações. Os NYTimes e Estadão da vida deveriam estar dando pulos de alegria…”.
Já deve ter gente pensando em como desenvolver conteúdos informativos atraentes, capazes de serem facilmente “navegáveis” num iPad. Um passo à frente dos exemplos reunidos aqui, pelo André Deak – usando um software batuta chamado Prezi, que merece um texto só pra ela.
Em tempo: desde a aquisição do Flash pela Adobe, há um certo “ranço” entre as empresas. Diz Steve Jobs que, de tanto travar, logo ninguém mais vai usar Flash. Mas isso é uma outra história.