O texto a seguir foi publicado na era pré-MMM, em uma das minhas primeiras experiências como blogueiro na vida. Trata-se de uma das minhas primeiras postagens no blog coletivo Vamos Discutir a Relação, redigida exatamente no dia seis de agosto de 2001.
Em linhas gerais, conta a história de um amigo e sua namorada. Os dois viviam brigando, mas acreditava que, no futuro, sairia casamento.
Na noite de sábado para domingo tive um sonho esquisito. Sonhei que estava no Beira-Rio acompanhando a final da Libertadores entre o Colorado de Ases Celeiro e um time qualquer do Paraguai. Ao meu lado, estava o Casal 20, já citado pela monitora das discussões de relacionamentos deste blog Laura Prado. Estavam casados e felizes.
Acordei com um telefonema. Era a porção “ele” do Casal 20.
– Fala, seu cururu! – saudação que faz parte do nosso dia-a-dia.
– Pois não, seu estúpido! Tá feliz em me tirar da cama? – respondi, ainda mais simpático.
– Cara, acredite: ontem liguei pra ela e ficamos discutindo a nossa relação. Disse que não aguentava mais. E você me conhece: quando eu tomo uma decisão, é pra valer.
Aquilo fez com que o meu sonho viesse à tona mais uma vez. Quer dizer então que era um presságio: nada daquilo que eu sonhei vai se tornar realidade. Que droga! Nunca vou ver o meu time campeão da Libertadores!
Ontem à noite, após mais uma derrota do meu time do coração, apesar de ter jogado bem, toca o telefone da redação.
– Redação, boa noite.
– Fala, estúpido!!!
Era ele. De novo.
– Vamos pra festa do “Quero Pizza”? – referindo-se a tradicional festa de N. S. Achiropita.
– Claro, é só eu fechar a capa do site. Quem vai com a gente?
– Você, eu e ela…
– Ela? Mas vocês não…
– Não necessariamente. Te conto depois.
E eles deixaram para discutir a relação outro dia, e continuam se amando. Boa, casal 20. Ainda resta uma esperança. Vamos, Parreira, para que o meu sonho se realize, só falta a sua colaboração!
Três anos depois, duas constatações. A primeira: se depender daquela relação, meu time – que já não conta mais com o sóbrio Parreira, mas com um bêbado, jamais vai ganhar a Libertadores. A segunda: o tempo, definitivamente, é a melhor das químicas: consegue transformar uma história intensa em mais uma dessas que não querem dizer nada.
Marmota, algumas considerações:
1. O tempo e a oligocefalia destroem qualquer piada
2. Você realmente contava com o Parreira pro seu time ganhar a libertadores?
3. Eu descobri, navegando pelos blogs aí do lado, que você é consultor de relacionamentos, lá no FAQ do Amor. Muito legal a proposta do blog. Acho que todo mundo um dia já escreveu sobre o assunto. Só queria saber por que ninguém comenta por lá… Preguiça mesmo ou existe alguma maldição?
Beijos e bom fim de semana!
Você tem razão. O tempo é mesmo sábio. Faz a gente enxergar as pessoas como elas são verdadeiramente.