Vitória (ES) – Acabei de retornar de uma noite muito agradável num simpático barzinho na capital capixaba – mas antes, Rafael Silva fez questão de me levar no point bloguístico de Vitória, onde pedimos um dos mais tradicionais petiscos locais. Mas enfim, já é tarde, e não terei condições físicas de detalhar nada agora. Não deixem de me cobrar ainda neste domingo nesta segunda.
Sempre achei estranho o fato do binômio Vitória-Vila Velha “esconder” seu potencial turístico para o resto do país. Discorda? Pergunte a qualquer conhecido seu qual seria seu próximo destino litorâneo: se alguém lhe apontar alguma localidade “depois do filho e antes do Amém”, talvez a opção mais próxima seja Guarapari.
Alguns conhecidos paulistanos compartilhavam comigo uma opinião descabida: “Vitória é uma cidade tão bonita quanto o Rio, mas com uma vantagem: não tem carioca”. Pois mesmo alguns nativos acabam derrubando facilmente esse ponto de vista: “os capixabas são muito frios, mal-educados. Os turistas não sentem nenhuma receptividade, nem mesmo ao entrar num táxi”.
“É assim mesmo, Rafa?”, questionei, diante dessa opinião contundente. Nos dois dias que estive em Vitória, materializei contatos virtuais bem bacanas – tanto nos bares quanto fora deles, além de ter sido devidamente ciceroneado, com direito a moqueca na despedida. “Em geral, é sim, sinto isso desde que vim pra cá”. Tá explicado: o Rafa não é de Vitória…
Ainda assim, se um dia estiver de passagem e quiser viabilizar uma noite tipicamente blogueira (altos papos e muito networking), a sugestão é o Bar Abertura, o mesmo que deu as boas vindas ao pessoal do último BlogCamp.
Localização: ***BOM. Não confunda os endereços: o Bar Abertura mais antigo (desde 1996) fica no Jardim da Penha, na chamada Rua da Lama (Av. Anísio Fernandes Coelho), ponto de encontro de boêmios e universitários da Ufes. O segundo foi inaugurado a menos de um ano. Maior, com área interna, mais calmo mas não menos badalado, é o da Praia do Canto, na região chamada de “Triângulo das Bermudas” (R. Joaquim). Conseguimos ir a pé a partir da orla do Camburi.
Ambiente: ****MUITO BOM. Cabem 480 pessoas no descontraído Abertura. Parece muito? “Se chegássemos umas dez, onze horas, teríamos que ficar de fora”, explicou Rafa. Como aparecemos bem cedo, conseguimos ficar bem perto de um ventilador, o que contribuiu para uma noite agradável regada a um longo bate-papo. E realmente, quando saímos, o movimento era muito maior – aliás, lugar muito bem frequentado por gente bonita e elegante.
Atendimento: ****MUITO BOM. Mesmo os garçons nitidamente novatos foram bem atenciosos e sem demora. Também não há preocupação com horário: às sextas e aos sábados, o bar fecha às quatro da manhã. Haja papo e cerveja.
Acepipes: *****PEÇA O KIEBER. O cardápio também tem isca de peixe e pastel de siri, camarão e bacalhau. Mas o destaque da casa é o tal Kieber – nome derivado de Kiev, como explica o cardápio. O petisco é uma invenção do Alexandre Carvalho, um dos proprietários, e não tem qualquer segredo: lascas de peito de frango grossas e estreitas, enroladas e presas num palito de dente com queijo e presunto; o conjunto é empanado com ovo e fina farinha de rosca e frito, servidos aos montes numa “cama” de repolho ralado. O kit ainda traz um molho tártaro e uma cumbuquinha de madeira, para os palitos inutilizados. Pedimos duas, de tão gostoso.
Preço: ***NORMAL. Pelo valor do cardápio, a porção de Kieber poderia ser bem maior (R$ 19,90). Mas vale o investimento mesmo assim. Para quem se satisfaz com bebidas geladas, o bar atende todas as expectativas.
Avaliação geral: ****APAREÇA CEDO. Entre os três lugares que visitei (Petiscaria, Partido Alto e Abertura), este sem dúvida foi o melhor ambiente (lógico que o papo no Petiscaria compensou o atendimento estranho de lá). Mas para aproveitar bem a noite no Abertura, é importante chegar bem antes das dez horas. Assim, toda a informalidade do Abertura pode ser contemplada sem estresse. Obviamente, o último BlogCamp foi um dos temas da nossa “mini-desconferência”, cujo tema “quem pegou quem” revelou altas surpresas inacreditáveis… Mas enfim.
só digo uma coisa:
“queremos o chu! queremos o xu*!”
haha
Bom te conhecer 😉
*na dúvida da grafia… rsss
ah sim, e os petiscos tradicionais têm nome: Kiéber. Mas só vale se for do Abertura 🙂
Só na blogossip, né, André Rosa? 😛 Mas enfim… 😉
Fui três vezes no Abertura durante o Blog Camp ES. Realmente, recomendável!