Mãe sabe das coisas

Mais um GP de Fórmula 1, mais uma manhã em família com direito à chimarrão e TV. Mal começa a corrida em Monza, Itália, e a minha mãe solta o primeiro comentário.

– Nem tem graça ficar vendo isso aí. Já tá tudo armado.

Não demorou muito para Barrichello assumir a ponta e escapar na frente. Realmente, o Rubinho fazia uma excelente corrida – afinal, havia largado em quarto lugar.

– Ele só tá na frente porque o Schumacher tá deixando.

Desde aquele papelão do GP da Áustria, a minha mãe deixou de acreditar no que vê nas pistas. A sua descrença se confirmou ainda mais depois do segundo pit-stop do Rubinho, quando por um triz o alemão não o ultrapassa rumo à liderança.

– Olha só! Não falei? Tá tudo combinado!

No fim da prova, o Galvão Bueno – que não parou um minuto de vangloriar o desempenho do Barrichello – teve que ouvir de Reginaldo Leme: foi um bom resultado, e mais uma mostra de que a Ferrari atingiu a perfeição ao “controlar” o resultado da corrida mesmo com uma estratégia diferente para cada piloto. E tome tema da vitória.

– Essa musiquinha não emociona mais como era com o Senna, né? Eles nem deviam botar isso aí.

Te cuida, gato mestre! Você é que não sabe nada, a minha mãe sabe tudo!

Plantão Marmota – Armado ou não, Rubinho venceu pela quarta vez na história, e desta vez, na casa da Ferrari, fazendo a festa da torcida italiana. Veja no UOL Esporte como foi a prova e a festa.

E ainda tivemos vitória brasileira no basquete feminino e de Guga na Bahia, para delírio do Narazaki, que deve estar um verdadeiro camarão com sua camisa polo branca e sua bermuda do Pateta. Deu pra cansar de ser patriota hoje?

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