Komo tá bo raiá di sol?

Entendeu? Não? Em hopês, essa frase – que poderia ser dita pelo seu primo de três anos – quer dizer “como foi o seu dia?”. Pois bem, hora de resumir, em alguns tópicos, os melhores e piores momentos!

– “Sabbath, te pego no Metrô Carrão, ao lado do ponto de táxi que fica encostado no terminal de ônibus, do outro lado da Radial Leste”. Foi assim que combinei de encontrá-lo, às oito da manhã, sem me dar conta de que existem dois pontos de táxi, dois terminais de ônibus e dois lados de Radial Leste. Felizmente, Sabbath ligou para este cururu – caso contrário, um ficaria esperando o outro até anoitecer.

– Atrasos também para o lado de Mr. Pinguim, que ao abastecer o carro, descobriu, no caminho, que o amigo frentista havia colocado álcool ao invés de gasolina. Mais alguns minutos até resolver o imbróglio…

– Antes do pedágio da Bandeirantes, Marmota precisava encontrar um caixa eletrônico do Bradesco, caso contrário teria que pedir esmolas aos amigos ou mesmo aos Habi Táris. Preocupação desnecessária: dentro do parque, existem pelo menos cinco caixas do Bradesco disponíveis…

– Como já foi citado, a primeira fila do dia foi a da torre. Por questões pessoais (entenda-se medo), Marmota e Nikki ficaram apenas observando. Na saída, Mr. Pinguim estava trêmulo. E Dilmarx garantiu: “não vou mais nesse negócio!”.

– Praticamente uma hora na fila do tal Montezuma, ouvindo os “incas venuzianos” e completando a frase “tchau e…”. Momento perfeito para Marmota e Dilmarx executarem suas micagens (aliás, a parceria dos dois taurinos foi um dos pontos altos do passeio) e resgatarem personagens da TV (desde Pica Pau a Barros de Alencar) ou do rádio (desde Eli Corrêa até Zora Yonara).

– Fizemos história no Barco Viking, resgatando clássicos gritos de guerra como “bota pra subir – toma viagra” ou ainda “a, é, í, essa p… vai cair”. Antes de perder a voz, Marmota ainda teve tempo de dizer em voz alta: “ainda bem que ninguém percebeu que eu comi repolho, bacon e ovos no café da manhã”. Segundo fontes, teve gente que acreditou nisso.

– Almoço no intragável Rópi Rango, com a presença sempre constante das abelhas de parque (outra espécie bastante comum). Destaque para o “homem do inferno”, segundo Dilmarx, ao apontar para o sachê de catchup Hellman’s, e para a estranha “sobremesa menstruada” do Marmota: Chandelle de Papaia com Cassis.

– Marmota e Sabbath foram as vítimas da primeira volta no Rio Bravo: totalmente ensopados. Mas não demorou para que os demais também se empapassem: uma chuvarada começou logo após o embarque no Crazy Wagon – o brinquedo da foto ao lado, mas sem a cobertura. A água, que por pouco não ameaçou nossa ida ao Montezuma, marcou presença de forma intermitente durante todo o dia.

– Estatísticas da região do parque apontam ausência de chuva durante 300 dias por ano… Mas querem saber? Ainda bem que ela veio. Graças a ela, a fila do Crazy Wagon sumiu. Com isso, fomos beneficiados com voltas extras no brinquedo – fato que rendeu gritos de “gostosa! gostosa!” para a tiazinha que comandava a atração da cabine. Aqui, uma variação a um dos gritos já citados anteriormente: “a, é, i, meu hamburger vai sair”.

– Mais um ponto para o aguaceiro, que também acabou com a espera no Evolution – ou “evolixo”, como costumo chamar este brinquedo, idêntico ao do Playcenter. Além de passar mal, Sabbath ainda proporcionou outra chuva: desta vez eram moedas, que cairam de seu bolso. Por sorte, vão-se os níqueis, ficam os anéis.

– Competição estúpida no Giralata: Pinguim e Sabbath versus Marmota e Eric Draven: qual das duplas seria capaz de girar mais rápido o brinquedo? Nem sei se nós ganhamos, só lembro dos meus braços moles, afetados pela incrível força centrífuga, e da cara insana do Draven, que não parava de girar. Os quatro, que sairam mais tontos da geringonça, precisaram de alguns longos minutos para se recompor.

– Além de carregar a pecha de fila mais injusta do parque, em função da sua relação custo-benefício, o carrinho bate-bate traz outro agravante: a altura limite é 1m80, informação repetida exaustivamente. Na fila, um acéfalo de camiseta azul, reprovado na “régua da verdade”, voltou para a fila, falando as mesmas groselhas. “Você não vai conseguir”, disse outro, apontando para mim. Oficialmente, meço 1m85.

– Chegou a minha vez de encarar a “régua da verdade”. Sinceramente, nem pensava chegar ali, estava prestes a sair da fila antes. Muita expectativa não apenas entre os amigos blogueiros: outros transeuntes também se solidarizaram com o caso, após outros “altões” ficarem de fora. “Vamos ver, tira o chapéu e encoste aí”, disse a atendente, que sacou o crachá e o encostou na régua, para verificar a marca. Segundos depois, o veredicto: “Deu certinho”. Vibrei como se tivesse marcado um gol, para delírio da torcida que estava na fila! “Ae, conseguiu, hein?”, disse o pentelho do parágrafo anterior.

– Antes de brincar e atropelar a Naninha e a Sabrina (que acabou com uma marca vermelha perto do ombro, desculpas mais uma vez…), conversei com a atendente, que me explicou o porquê do limite de altura imposto pelo brinquedo: Os carrinhos são tão pequenos quanto a imagem acima. Pessoas mais altas realmente não cabem, ficam com as pernas para fora e encostadas no “chassi”, um perigo na hora de dar porradas nos outros. “E se acontece alguma coisa grave com a pessoa, a culpa não vai ser dela, vai ser minha, por ter deixado ela entrar”, argumentou, sugerindo ainda uma reclamação formal ao parque. Não deixa de ser uma boa idéia.

– Ainda sobre filas injustas, menção honrosa para a do “cinema dinossauro”, um tanto quanto decepcionante. Pra piorar, tivemos que engolir o único funcionário mal-educado do parque: “saída pela esquerda, e bem rápido!”. Ao menos, tivemos um papo astrológico durante a espera.

– Por duas vezes, encaramos o sensacional Katapul, ou simplesmente “a azul”. A Nikki, como na metade das atrações, preferiu esperar. Sabbath, no entanto, foi corajoso: mesmo após fortes ameaças, repetiu a dose. “Vocês estão querendo me matar! Não vai ter mais blog a partir de amanhã”, dizia.

– Penúltima atração: Rio Bravo, mais uma vez. Esforço heróico, porém inútil, na tentativa de sair sem um pingo d’água no corpo. Depois de atravessar os 600m de corredeiras, avistamos a fila vazia. Pedido inevitável: “podemos dar mais uma volta?”, aceito prontamente pela funcionária. Quase gritamos “gostosa! gostosa!” de novo. No final, ela ainda perguntou se queríamos andar mais uma vez!

– Só não aceitamos porque estávamos curiosos para ver a foto registrada naquela passada: Eric Draven garantiu que havia feito o clássico movimento “baleia branca”, também conhecido em algumas regiões como “Moby Dick”. Consiste em abaixar calças e roupa íntima no exato instante do flash. “Você vai ser expulso do parque”, dizia Mr. Pinguim. “Tudo bem, já está na hora de ir embora mesmo”, respondeu.

– Antes de ir embora, uma voltinha na roda gigante para relaxar. Mr. Pinguim e Nikki, de fato, relaxaram e dormiram nos bancos, ignorando a paisagem do parque. Momento ideal para um balanço final deste passeio!

– Mas já dizia o velho deitado: todo castigo pra pobre é pouco. Ao chegar no estacionamento, Mr. Pinguim encontra o pneu dianteiro direito completamente vazio… Com a ajuda de Sabbath, foram mais alguns minutos antes de deixar Hopi Hari. Nesse meio tempo, Eric Draven e Dilmarx repetiram a engraçadíssima performance intitulada “os gremlins surgem do nada”.

– Parada no borracheiro antes de seguir viagem. Aproveito para perguntar o placar do clássico, que definiu o primeiro finalista do Paulistão. “Foi quatro a dois”. Pra quem, perguntei. “Pro curintia”. Pelo otimismo daquele cidadão, devia ser um palmeirense.

– Mesmo exaustos, cansados, quebrados, mas ainda vivos, o grupo ainda teve disposição para encarar mais uma fila (o trânsito da ponte do Piqueri) e mais chuva, antes de jantar no Habibs da Avenida Edgar Faccó. Eram quase onze da noite quando o grupo de despediu, já com aquele gostinho de “precisamos marcar outra, e logo”.

Comentários em blogs: ainda existem? (6)

  1. Queria ter QI p/ criar um texto assim… Vou imprimir isso. Ficou muito bom… Só um probleminha… O carro do Ander é a álcool e o topeira colocou gasolina…Beijinhos carinhosos.

  2. Hahahahahaha…Eu consegui entrar no carrinho bate-bate das outras vezes que fui… Tenho 1 82m de altura e na hora dei uma torcidinha discreta nos pés o que me deixou alguns cm menor… :o)))) Vixe tô contando meu segredo aqui……. :-XXXXHahahahaahaha… Acho que td mundo q não foi e leu esse seu post deve estar morrendo de inveja por não ter ído pode me colocar na listinha dos invejosos… :o)))Bjocasssssssssss

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