Estou longe de ser um profeta ou especialista em todos os esportes. Mas se tivesse que apostar no desempenho brasileiro nas Olimpíadas de Atenas, cravaria o número 12. Um valor nada científico: é o mesmo número de medalhas que trouxemos de Sydney. Desta vez temos, chutando alto, uns vinte atletas capazes de levar alguma – espero queimar minha língua, mas sinto que a superação de alguns deles não será suficiente.
E vou além: entre todos os nomes de nossa delegação, apostaria minhas fichas apenas em Daiane dos Santos, Robert Scheidt e na dupla Ricardo e Emanuel. Em tese, saímos do Brasil com essas três medalhas de ouro praticamente garantidas – na prática, se vier apenas uma, já está muito bom.
A seguir, uma pequena análise superficial esporte por esporte, que serviu para embasar o palpite acima. Assim que puder, vou repassá-la para o especialista Narazaki, que fará as devidas correções antes de sair por aí apostando em bolões olímpicos.
Atletismo – Ao lado da vela e do judô, é o esporte que mais rendeu medalhas ao Brasil. Em 2004, porém, nem se a Maurren Maggi desistisse de usar pomadas ou de ter filhos, o Brasil tem chances de faturar alguma. O triplista Jadel Gregório e o time do revezamento 4 x 100 podem surpreender – e só uma surpresa levaria um deles ao pódio.
Basquete – Enquanto os homens assistirão ao show dos norte-americanos pela TV, as mulheres comandadas por Antônio Carlos Barbosa tentarão repetir a prata de Atlanta ou o bronze de Sydney. É possível.
Esportes aquáticos – Temos nadadores muito esforçados, como os veteranos Fernando Scherer e Gustavo Borges (que vão para a última olimpíada de suas vidas), mas cuja preparação está a anos-luz em relação aos favoritos de sempre. Cassius Duran, Juliana Velloso e as gêmeas do nado soncronizado ficarão felizes se terminarem em posições honrosas. A turma do pólo aquático, do remo e os amigos do Cuattrin na canoagem vão mesmo é brincar na água.
Futebol – Até o Iraque – pasmem, o IRAQUE! – vai disputar o torneio masculino. Nossa torcida fica por conta do time feminino, montado e treinado há poucos meses por Renê Simões. Um novo quarto lugar já está de bom tamanho.
Ginástica – Da noite para o dia, por conta de um ucraniano chamado Oleg Ostapenko, a pátria de chuteiras passou a vestir collant. Daiane dos Santos e a sua coreografia “Brasileirinho” virou sinônimo de ouro. Tomara que o significado não mude. Todos os outros – inclusive as esforçadas moças da ginástica rítmica, vão ganhar experiência.
Handebol – Em Atenas, os campeões de Santo Domingo vão mostrar o que representa realmente os Jogos Pan-americanos dentro do cenário esportivo mundial – entenda como quiser.
Hipismo – Tradicionalmente conseguem um desempenho razoável por equipes. De repente, acontece. No individual, Rodrigo Pessoa e Baloubet du Rouet vão repetir o dueto do refugo, o mais comentado em toda a história desse esporte. Agora vai?
Judô – Outro esporte que ninguém lembra durante quatro anos, mas sempre belisca bons resultados em Jogos Olímpicos – ao menos desde Aurélio Miguel, em 1988 1984, quando conquistamos três medalhas (prata para Douglas Vieira e bronze com Luís Onmura e Walter Carmona – obrigado, Sena!), o país sempre mostrou competitividade para colocar um ou até dois judocas entre os medalhistas. Vamos ficar de olho.
Tênis – No auge de sua carreira em 2000, Gustavo Kuerten esbarrou no russo Yevgeny Kafelnikov, que terminou com o ouro olímpico em Sydney. Quatro anos depois, continua sendo nossa esperança – tão interminável quanto sua “fase de transição pós-operatório”.
Tênis de mesa – Liderados por Hugo Hoyama, os mesa-tenistas brasileiros conquistaram recentemente o mundial da categoria. Tudo bem, foi da segunda divisão… Mas merece crédito. Diante dos orientais de verdade, no entanto, vai ser bucha.
Tiro – Rodrigo Bastos é o nome tupiniquim no esporte. O ex-dentista igualou o recorde mundial na fossa olímpica em Santo Domingo, conquistando a prata. Trata-se de uma grande incógnita. Por via das dúvidas, não entra no meu bolão.
Triatlo – Mariana Ohata é a melhor atleta brasileira na modalidade, está entre as dez melhores do mundo. Será uma vitória para o esporte se mais um atleta, seja do masculino ou feminino, chegar tão longe.
Vela – O Brasil é o país do iatismo: em tese, temos duas medalhas aqui. Na classe Laser, serão todos contra Robert Scheidt, único brasileiro já confirmado no pódio. Marcelo Ferreira e Torben Grael, na classe Star, também eram favoritos Sydney – levaram bronze porque queimaram a última regata. Os outros brasileiros vão para comemorar o desempenho de Scheidt, Grael e Ferreira.
Vôlei – No masculino, os atuais campeões mundiais mostraram na Copa do Mundo, em novembro passado, que têm tudo para apagarem a decepção em Sydney e, recentemente, no Pan-americano – por essas e outras, há de se considerar o “fator Venezuela”, responsável pelo clima de “já ganhou” em Santo Domingo. As meninas podem chegar à prata – se chegarem à final, vão perder para a China.
Vôlei de Praia – Nosso campeonato nacional é um dos mais competitivos do mundo. Prata em Sydney, Adriana Behar e Shelda estarão de volta como favoritas. Ricardo e Emanuel, melhor dupla do mundo, em tese, são imbatíveis. Não custa sonhar com duas medalhas de ouro…
“Participar de uma Olimpíada já foi uma vitória”. Taí a declaração que vamos ouvir dos figurantes do badminton, beisebol, boxe, ciclismo, esgrima, levantamento de peso, luta greco-romana, pentatlo moderno, remo, softbol e taekwondo.
E você, com corda ou sem corda?
Contagem regressiva: faltam praticamente 90 dias para as Olimpíadas!
Ahn… Badminton? Aqui se joga badminton? Vivendo e aprendendo…
Joga, sim. Mas não temos qualquer tradição. Aliás, nem sei pq escrevi badminton: não vai ninguém do Brasil jogar peteca na Grécia…
O taekwondo pode surpreender viu… mas a luta greco-romana, vixi, essa vai ser engraçado ver o Zulu do bbb dando vexame!! hahahaha
Agora uma pergunta sr. Marmota, mesmo pertencente do filo das lontras: você pesquisou para saber como se escreve “marmota olímpico” em grego ou botou uns rabiscos alí no logo?
Eu? Eu acho que é com corda, tijolo, cimento e muito pedreiro… Será que conseguem terminar as obras em Atenas?
e no Tae Kwon Do… Diogo Silva… o cara eh foda.. e traz medalha.. de bronze, mas traz…
A cada 4 anos sempre há uma expectativa grande… mas acho q seu prognóstico está correto…
André, acho que seu prognóstico está certo sim, mas creio que dá para o Brasil chegar a 5 ouros! Espero que o Eh, Brasil! não se repita.
O judô brasileiro é medalhista desde 1984 (bronze). Daiane dos Santos é a grande expectativa de medalha para o Brasil, sem dúvida, mas eu espero mais do atletismo e da natação. E, se brincar, o futebol feminino ainda leva medalha!
Queimou a lingu já com a seleção feminia rsrs…
acho possivel uns 3 0u 4 ouros ainda em pequim…sou otimista de maisssss.. ai vai as minhas apostas…
2 certas pq acho que dessa vez é pra valer aposto rs 100 reais.
*volei feminino ( tenho fé) agora vai
volei masculino praia *(50,00 100%ouro certo)
*Volei masculino ( bernardinho mata eles rs)
futebol femino *(ouro 100% aqui 50,00 reais)
as imporváveis, porém possíveis, hipismo(ouro) hiatismo,salto triplo,salto (M.Magi)hehehe sou ou nao sou Otimista… Brsil