Férias Frustradas na vida real

Por Rodrigo Ghedin

Quem tem mais de vinte anos certamente se lembra dos filmes da série Férias Frustradas, protagonizados pelo sem graça, mas ainda assim engraçado, Chevy Chase. O roteiro era sempre o mesmo, mudando apenas o pano de fundo: a família Griswold saindo de férias, numa espécie de Belina yankee com partes em madeira (esse detalhe me é marcante, não sei por que…), cruzando o país rumo a algum paraíso, e arrumando muitas confusões durante a viagem. São filmes bem ingênuos, bobinhos até, mas que, talvez por isso, cativam qualquer um que se disponha a assistí-los.

Mas e quando a ficção vira realidade? Uma coisa é certa: não dá para tirar de letra como Chase e sua família conseguem na telona. É frustrante (de verdade) se deparar com qualquer problema durante uma viagem, e digo isso com conhecimento de causa – acreditem, um motor fundido no começo da viagem de volta é bem chato. O importante, todavia, é manter a calma, e fazer um exercício mental ao qual sempre recorro quando me vejo em situações difíceis: pensar na próxima coisa boa que acontecerá. No episódio do motor fundido, por exemplo, imaginar que, depois daquela viagem desconfortável no caminhão-guincho, eu estaria em casa novamente após dez dias longe, era reconfortante.

Além do mais, sempre sobram histórias bacanas para contar aos amigos. É aquele velho chavão, o “ainda vamos rir muito disso”, colocado em ação. Na hora dá vontade de estrangular o infeliz que diz uma coisa dessas, mas depois, com o problema resolvido e a cabeça mais fria, é… ele tinha razão.

É por essas e outras que vale a pena preparar tudo com bastante antecedência e cuidado. Evidentemente, certas coisas fogem ao nosso controle, como é atualmente o caso dos atrasos nas viagens aéreas (outra situação sentida na pele recentemente), mas enfim, no que for possível, vale a pena. Caso a viagem seja de carro, por exemplo, é importante seguir as recomendações daquela propaganda da Globo mais velha que eu: fazer a revisão do carro, trocar peças defeituosas, dirigir com cautela e blablablá. (Só pra constar, o motor fundiu porque o óleo do Monza estava podre). Malas, papéis, dispensa no trabalho… Esses são outros pontos que merecem atenção no período que antecede a partida.

Afinal, confusões em viagens, só se forem as promovidas pela família Griswold – e, de preferência, num dia chuvoso, assistindo uma reprise na Sessão da Tarde, com uma bacia de pipoca no colo e refrigerante à vontade.

Enquanto Marmota está fugindo dos contratempos, a série Colônia de Férias apresenta textos gentilmente preparados por seus amigos, torcendo para que nenhum deles perca o avião ou o passaporte por aí.

Comentários em blogs: ainda existem? (3)

  1. Rodrigo! Puxa vida. A Pat tem razão quando diz que vc é um prodígio. É a cautela em pessoa! 🙂 Muito bacana mesmo suas colocações.
    Nossa, o que mais me marcou desses filmes foi eles terem viajado com a tia Elza morta sentada numa cadeira em cima do carro! É demais!
    Lembrei também da Vivi das Garotas que dizem ni – Vivi Griswold. 🙂 Ela deve adorar ver o filme do jeitinho que vc descreveu: sessão da tarde+pipoca+refrigerante. 😉

  2. Obrigado pelo elogio, Lu (embora eu ache exagero esse papo de prodígio :).

    Além da tia morta no carro, outra cena recorrente hilária era a loira no carrão com quem Chase ficava pagando de gatinho, enquanto sua mulher roncava ao lado. Dava muitas risadas nessas partes! E sobre o Garotas que dizem ni, não sabia desse detalhe no nome da Vivi… Vou dar uma passada no blog delas mais tarde.

    Claudia, na minha recente (e única) viagem de avião, o vôo atrasou cerca de cinco horas. Felizmente tudo deu certo: consegui chegar a tempo de cumprir meus compromissos, e ainda conhecer uns amigos virtuais num Fran’s Café da Paulista :).

    []’s!

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