Em mais uma dessas incríveis coincidências, a notícia mais comentada nos últimos dias no Rio Grande do Sul foi a passagem de um cruzeiro GLS pelas praias da América do Sul. O navio Oceania Insignia partiu de Buenos Aires no dia 17 de fevereiro, passando por Montevidéu, Punta del Este (Uruguai), Rio Grande (RS), Porto Belo (SC), Santos (SP), Parati (RJ) e finalmente o Rio de Janeiro, onde os passageiros, a maioria norte-americanos, aproveitaram o Carnaval carioca.
A insólita informação pegou de surpresa um conhecido meu, que nasceu na área rural de Pelotas, onde hoje fica o município de Capão do Leão. Artifício que caiu como uma luva assim que passou a trabalhar em Porto Alegre. Para fugir das brincadeirinhas envolvendo Pelotas e a sua fama de gente, hmmm, feliz demais, assumiu Capão do Leão como cidade natal em definitivo. Com direito a uma pequena historinha: “a cidade tem esse nome por causa do meu pai, que capou um leão certa vez. E eu ajudei, segurando o bicho”, dizia.
Enfim. O fato é que a embarcação alegre chegou ao novo terminal de passageiros de Rio Grande no dia 22, e seus 650 tripulantes (todos homens, jovens e sarados) tiveram algumas opções em solo gaúcho. Alguns ficaram pela cidade litorânea, passeando pela praia do Cassino. Outros foram para Pelotas mesmo, gastar algumas doletas na capital nacional do doce. Um terceiro grupo, no entanto, fez a escolha que agradou em cheio aquele velho conhecido: visitaram uma fazenda gaudéria, onde conheceram danças típicas, andaram a cavalo, tomaram chimarrão e comeram churrasco. Onde? Em Capão do Leão.
Até o fechamento desta edição, meu amigo ainda não tinha voltado ao batente para contar aos colegas se deu tempo de dar uma passeada em Capão do Leão nesses últimos dias.
Outra notícia que repercutiu no RS nos últimos dias foi o assassinato de Tonelada, o Rei Momo da pequena Bossoroca, interior do Estado. Graças ao serviço de um sargento da PM, que matou o mestre da folia por causa de uma briga besta, o Carnaval da cidade foi cancelado (não tinha um jeito menos truculento de estragar a festa?). O pobre Tonelada entrou para a estatística: até a noite desta terça, 25 tinham morrido no RS (não sei quantos morreram no resto do país – os gaúchos, como sabem, não divulgam estatísticas que não interessam aos gaúchos).