Conheça (e aplique) a escala de níveis

Entre as grandes futilidades e áreas recreativas encontradas no quase útil centro virtual Orkut de convivência, uma comunidade que premaneceu em evidência durante longos meses era a “como ou não como”. Seu funcionamento é tão sutil quanto seu nome: alguém apresenta um sujeito qualquer aos membros da comunidade. Estes, por sua vez, definem o incauto usando um dos dois termos supra-citados. Ou seja, se “comeriam” ou não o fulaninho.

Particularmente, carrego comigo uma boa carga de pudores, que ainda me deixam um pouco impressionado com tamanha sinceridade. Mesmo num lugar criado especialmente para tal, como ocorre no Orkut. E o que dizer de um ambiente público? Imagine você, ao lado dos amigos, apontando naturalmente os transeuntes, gritando com muito gosto: “eu como!”. Nem todos demonstram tanta coragem.

Pensando nisso, apresentamos esta incrível e discreta escala de níveis, criada por um grupo de renomados estudiosos em ciências do homem da Universidade de Ohio Kyupartah. Entre eles o cientista (e especialista) Lello Lopes. A partir deste estudo, todas as pessoas do sexo oposto ao seu apresentam peculiaridades distintas, que a definem em um dos três níveis. Assim:

– modelos, capas de revista, seres inatingíveis
– beldades da moda
– senhoritas de parar o trânsito
– namoradas, esposas, companheiras
nível
1
– imprefeições não ultrapassam as qualidades
– meio-termo entre níveis 1 e 3
– indefinido em função do grau de abstinência
– indefinido em função de elevado teor alcoólico
nível
2
– irmã, boa amiga, namorada de amigo
– outras incompatibilidades
– maletas, insuportáveis, chatas
– barangas em geral
nível
3

Resumindo a teoria em uma única frase: independente de sua subjetividade, apenas os níveis 1 e 3 não deixam nenhuma dúvida. Acompanhe o diálogo abaixo e veja como é fácil aplicar a escala de níveis no seu dia-a-dia:

– E aí, tava legal a balada ontem?
– Nossa, nem fale… Só dava Nível 1 lá!
– Peraí, não exagera. Tinha aquela de camiseta abóbora… Ela era Nível 3 fácil!
– É verdade. E aquela gordinha simpática que estava no palco? Nível 2, hein?
– Quê? Tá louco! Ela era o maior Nível 3 do lugar!

Agora é a sua vez de disseminar essa técnica sensacional com os seus amigos – apresente a escala de níveis no próximo jogo de futebol. Fiquem a vontade para aperfeiçoar a teoria. Aproveito para indagar as moças: será que uma escala assim funcionaria também para avaliar os rapazes?

(Postado em 20/04/2004, bem antes do Pânico criar a promoção “eu vô / num vô”)

André Marmota formou-se jornalismo e ainda estuda o tema na pós-graduação. Mas o que importa é ter saúde, não é mesmo? Quer saber mais?

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Comentários em blogs: ainda existem? (8)

  1. hehehe O como e não como é divertido, mas eu já caí fora. Meio bobo, you know. Eu não usaria uma escala dessas, não conseguiria encaixar os meus gostos pessoais nisso. Impossível.

  2. Oi André…

    A escala de niveis pode ate ser uma boa, mas não se podem compara-las, cada um tem uma padrão pra cada nivel…
    Vc por exemplo no meu nivel 2.. hahahaha

    bjos

  3. Não é querendo ser neomachista, mas aposto que a escala feminina teria no número 1: endinheirados…rs. No nível 2: ex-namorado e no nível 3: garçom em fim de festa. para citar alguns.

  4. Aqui a gente faz assim: bate palma pra quem é feio. Pra quem é muito feio a gente imita campeão de fórmula 1. Funciona, porque o povo não vem reclamar depois, ha ha ha.

    (Credo, eu sou podre.)

  5. Caro Marmota, hilarios seus posts… Nossa revista Orkut.etc.br está entrando em nova fase do projeto editorial e gstariamos muito de conversar sobre seu conteúdo, possibilidades de parceria pou mesmo apenas uma boa entrevista…
    Aguardamos um retorno.

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