Atrasado, como sempre, a redação do MMM descobriu, através do Toplinks, o artigo a internet e os blogs, do escritor e jornalista Julio Daio Borges. Um raro, lúcido e contundente ponto de vista contrário ao que costumamos encontrar sobre o tema. Trocando em miúdos, sua análise está sustentada na seguinte proposta: quando se cria um blog, espera-se que ele atue como um “meio de comunicação”.
Um erro grave, segundo Borges. Para ele, o sujeito “pré-bloguiado” aproveita a facilidade da ferramenta, cria um espaço e se sente uma pessoa importante, permanecendo ávido por algum retorno. “É certo que, se cada cidadão resolver montar o seu próprio jornal cibernético, não haverá leitores em número suficiente – e a dispersão será tamanha que as grandes polarizações serão impensáveis futuramente”, conclui Borges, em uma das suas inúmeras intervenções sobre o tema em seu Digestivo Cultural – que diga-se de passagem, também tem o seu blog.
Coincidentemente, o globlog MMM levantou uma questão sobre o assunto através da enquete – ainda há tempo de participar! Não se trata de uma fonte muito confiável estatisticamente, mas acredito que já podemos tirar uma conclusão: a maioria considera o blog uma diversão, um passatempo, uma terapia. Algo despretensioso. Logo atrás, aparecem aqueles que defendem a idéia de usar o blog para falar o que se tem vontade – e dane-se o resto. Por fim, alguns poucos acreditam mesmo que um blog pode significar algum tipo de sucesso.
“Claro, para pequenas comunidades pode funcionar; para fins terapêuticos, também pode funcionar; para exercícios de escrita, práticas amadoras de jornalismo, certamente que pode funcionar”, conclui Borges em seu último parágrafo. Enfim, parece que a maioria dos “bloguiados” que ainda continuam nessa brincadeira pensam exatamente assim, sem levar tanto a sério, como o artigo pressupõe. Do contrário, é melhor refletir: mesmo quem trabalha nos meios de comunicação sabe que os ventos não estão nada favoráveis…
Independente da maneira com a qual você, bloguiado, encarar o artigo de Julio Daio Borges, não tem como não achar o texto excelente. Também pudera: Borges, 29 anos, escreve diariamente há 11, é politécnico (o que explica sua racionalidade e ceticismo) com direito a redação nota dez na Fuvest (e aqui não quero entrar na polêmica do diploma para jornalistas). Aproveite e leia a resenha do livro Amor na Internet – Quando o virtual cai na real, da jornalista Alice Sampaio. E entre na nossa campanha: torne-se um bloguiado consciente.
Oi…gostei do seu blog. Entrei no da cacau e tinha um comentário seu lá….então resolvi bisbilhotar por aqui.Beijinhos….
legal este blog…
…permanecendo ávido por algum retorno.É assim que ele deve se sentir…
Que coincidência… Também te achei no comentário no blog da Cacau e resolvi vir te conhecer. Adorei!!! E te inclui na minha lista voltarei sempre.Beijos Nikki
Grato pelos elogios mas… O que quer dizer comentarios (a)? Postei isso ontem e o F & D já arquivou? Que posta!!!
Assunto deveras pertinente ainda mais pq o senhor tá devendo visitas ao meu blog agora q já tá todo pronto! Problemas e gonorância sanados!Esse tema de amor virtual cai sobre mim como uma luva pq já vivi algumas histórias cibernéticas q acabaram mal: eu gerava mta expectativa e um não sabia bem o q esperar do outro e td acabava em mágoa e frustração. Mas não descarto esse tipo de relação só o encaro agora com reservas e cheguei à conclusão de q o melhor mesmo (ainda) é uma relação real e palpável onde podemos ter (um pouco de) certeza do q o outro tá sentindo. E aí ker dar uma passada no meu apê hj à noite? (risos)Beijins!
Meus leitores por aqui… 😉 Beijinhos à todos… ah… e embora o papo seja meio “banheiro feminino” lá no blog pode comentar à vontade viu? Tem homem também…