Munique (Alemanha) – A ideia surgiu logo no primeiro dia de curso, durante o passeio no Reno: por que nao um bate-volta em alguma cidade proxima? Afinal de contas, nao e todo dia que se pode viajar para a Alemanha, vai saber quando outra chance dessas vira outra vez. O destino escolhido foi a lendaria Amsterda, na Holanda, a 300km ao noroeste de Bonn.
Tudo conspirava a favor. A Deutsche Bahn estava com uma promocao praticamente imperdivel: passagens de trem para Amsterda a partir de 19 euros. Infelizmente, deixamos para bater o martelo tarde demais: quando finalmente decidimos avaliar passagens e trajeto, percebemos que a relacao custo/beneficio nao seria viavel.
O que fazer? “Por que nao alugamos um carro?”, pensou o Patrick, um dos meus companheiros desse curso inesquecivel. Experiencia ele tinha: em outra ocasiao, andou pela Franca ao lado de um amigo. Com uma vantagem: para alugar um carro, nao e preciso a carteira internacional de habilitacao, basta a do meu pais. Felizmente, depois do episodio da esfinge, estava com ela em dia – e comigo!
Entao fechou. Domingo, 30 de outubro, quatro pessoas estavamna Avis, no centro de Bonn, por volta das nove da manha, munidos de uma reserva para um WV Polo. O esforcado atendente nao localizou nosso pedido, por isso nos ofereceu um Opel Astra no mesmo valor. Tramites realizados em um ingles bem tosco e, finalmente, pegamos a estrada. Passamos por Köln, depois Aachen ate a fronteira com a Holanda – onde ninguem pergunta quem somos ou o que fazemos. Muitas obras por conta da Copa em todo o trajeto.
Ja na Holanda, seguimos por Eindhoven e Utrecht, ate finalmente avistarmos o estadio do Ajax, onde paramos o carro – antes mesmo de conhecer, sabiamos que transitar pelo centro de Amsterda nao era uma boa ideia. De cara, a primeira decepcao: chegamos quinze minutos apos o inicio do tour, e nao teve “jeitinho brasileiro” para acompanhar o grupo.
Dali sobrou tempo para entrar no Museu Van Gogh e, ja sem sol, por volta das cinco da tarde, caminhar pelos arredores da lendaria Red Light District, com os tradicionais “cafes marola” e vitrines repletas de mocas em todas as cores, tipos e tamanhos. Nitidamente a oferta depende da demanda: naquele inicio da noite de domingo, muitas barangas nas vitrines. Poucas, diga-se, com cara de holandesa.
Mais tres horas para voltar e, por volta da meia-noite, estavamos em nossa base em Bad Godesberg. Nesse caminho, a constatacao de que as estradas na holanda, alem de bem sinalizadas, sao perfeitamente iluminadas, com postes e lampadas vapor de sodio em toda a extensao. Coisa que nao acontece na Alemanha. Para abastecer o Astra a diesel, outra diferenca: o sistema self-service. Enfim, um daqueles dias para entrar definitivamente para a historia.
Alias, desde o inicio do mes, a Alemanha e outros paises da volta estao adotando o Horario de Inverno, com relogios atrasados por uma hora. Curiosamente, a troca e feita as tres da manha, voltando o relogio para as duas – trata-se do horario com menos voos e trens no pais. Isso significa que, gracas ao horario de verao no Brasil, a diferenca entre os dois paises é de apenas tres horas.
Amsterda tem tudo aquilo que voce ja ouviu falar algum dia, tanto que e muito facil esbarrar com brazucas. No entanto, a maioria que vem apenas para “viver a lenda” sequer percebe o quanto o lado negro e enfumacado da cidade e sujo e degradado. Turistas e entusiastas do “vamo come e fuma” se misturam com toda sorte de gente, especialmente nos canais que formam o Red Light District.
Lembram quando dizia que a minha lua de mel vai ser em Veneza? Mudei de ideia. Vamos para Amsterda. Se bem que, pensando bem, e como se eu tivesse 18 anos e convidasse a namoradinha para um passeio romantico em Porto Seguro… Ok, vamos deixar Veneza como alternativa 1. Sem falar que o titulo deste post vem inspirado em uma camiseta popular em qualquer loja de souvenirs: good guys go to heaven; bad guys go to Amsterdam. É a lenda vendida em todas as esquinas.
Pra nao dizer que nao falei no Lello, que me acompanha nessa aventura desde sexta-feira, quando nos encontramos justamente em Amsterda: ele passou o fim de semana inteiro atras de um Cafe Marola, e so conseguiu entrar num no ultimo dia, gracas a indicacao: temos internet. Era so o que faltava: uma web-marola! Fora isso, assistimos a Wallace & Gromit num megacinema holandes, e alem disso comemos muita panqueca num simpatico bar de esportes na agitada Leidseplain. Alias, o trio de garconetes daquele domingo entraria em qualquer podio.
Berlim merece historias a parte, especialmente apos uma semana ao lado do Danilo e da Natalia; os traslados de Potsdam ate Zoologischer Garten, o “centro magnetico” daquela cidade; os inicios de noite na Potsdamer Platz – que, durante o inverno, recebe a Winterwelt, uma feirinha tipica com direito a toboga de gelo. Sem falar na noite de quarta-feira em um apartamento que mais parecia a torre de Babel. Mais detalhes qualquer hora dessas.
Falamos direto de mais um Easy Internet Cafe, desta vez em Munique, cidade conhecida pela sua Oktoberfest e, recentemente, pelo novissimo Allianz Arena, o mais caro entre os estadios construidos para a Copa do Mundo. Para quem anda sentindo falta da dupla Marmota e Lello, relaxem: esta sera a ultima parada antes da volta. Aguarrdemm!
Olá Marmota,
Eindhoven, você passou ao lado é minha terrinha, terra do PSV, do primeiro clube fora do Brasil do Romário de do Ronaldo. Munchen é a cidade na alemanha onde moram os cineastas, é a cidade mais descontraída ao mesmo tempo é a cidade dos intelectuais.
Divirtam-se
Algumas dessas cidades eu já conhecia. outras estou conhecendocom você.
Opa! Novidades, aventuras, histórias para contar… Quero que você aproveite bem o passeio, mas também estou ansiosa para você chegar para poder saber de tudo!
Beijo!
A Holanda é tudo de bom. Amsterdam então é o máximo!
Ainda tá devendo o post da história da Esfinge, ou sou eu que não lembro de ter visto por aqui?
“vamo come e fuma” HAHAHAHAHAHAHAH
vc. ainda esta em Munique? posso entar em contato????