Por Fabiane Lima, do blog Megalópolis
Eu sempre digo que a melhor parte de uma viagem é a estrada. Mais ou menos como naquela pérola da auto-ajuda que diz que o importante é a jornada e não o fim dela, ou coisa que o valha. A verdade é que apesar dos possíveis transtornos que uma viagem possa causar (a menos que você seja o Viajante Mastercard e tenha crédito ilimitado em seu cartão para resolver qualquer pepino), acredito que a maioria das pessoas gosta dessa mudança de clima, de ares, lugares e situações.
O problema é que alguns lugares são praticamente impossíveis de serem conhecidos, e nem com todo o gordo orçamento de uma campanha publicitária com pretenções virais é capaz de nos levar. Digo praticamente, porque teoricamente – leia-se “viagem na maionese” – é possível sim. Quem nunca se pegou imaginando como deve ser ir pro…:
– País das Maravilhas
Lewis Carrol, se não era doido de pedra, tinha alguns problemas mentais. Estudiosos procuram analisar e tentar descobrir os significados ocultos de sua obra há anos, mas é inegável que o lugar por onde o Coelho Branco conduziu Alice deve ser bacanudo, ninguém duvida. Um verdadeiro parque multi-temático!
– Beleléu
Pode parecer estranho, mas eu tenho uma curiosidade absurda de conhecer onde fica, afinal é pra lá que vão todas as coisinhas que perdemos. Guarda-chuvas, canetas Bic, meias, clips, elásticos de cabelo, vão tudo parar no Beleléu. Reencontrar algumas dessas peças pode trazer boas lembranças; já outras nem tanto, devido ‘as saias-justas que por vezes passamos quando algo importante vai pro Beleléu.
– Milliways, o Restaurante no Fim do Universo
Esse é um lugar que saiu da mente genial do falecido escritor inglês Douglas Adams. Lá, é possível descobrir como afinal essa Mistureba Generalizada de Todas as Coisas que chamamos de Universo vai acabar, proavelmente sem saber qual é a pergunta da Questão Fundamental a respeito da Vida, do Universo e Tudo o Mais, cuja resposta é 42. E se você não aguentar ver o fim de tudo sóbrio, tem uma Dinamite Pangalática para aliviar os sentidos, que não vai fazer diferença nenhuma já que ninguém vai entender nada mesmo.
– Castelo Rá-Tim-Bum
Quem viveu sua infância na década de 90 vai lembrar desse. Um castelo escuro por fora e colorido por dentro, com um menino bruxo de 300 anos de idade (sem essa de Réri Póta), que passa o tempo todo se divertindo com três amigos. Conversam com a cobra Celeste – que veja só, mora no tronco de uma árvore no centro do castelo -,com um gato de biblioteca, têm de aturar as “gargalhadas fatais” de um monstro que vive nos encanamentos. Além disso, têm à disposição uma bruxa gente fina pra lhes ajudar, caso um certo Doutor que só fala Abobrinha venha lhes importunar.
Infelizmente, esses são lugares em que dificilmente alguém conseguirá ir. O lado bom é que esse negócio que equilibramos sobre nossos pescoços não serve só pra se ocupar com as nossas preocupações do dia-a-dia. Mesmo sem poder ir fisicamente, ainda dá pra fechar os olhos e fugir um pouquinho dessa rotina louca que a gente vive.
Enquanto Marmota está prestes a concluir seus deslocamentos, a série Colônia de Férias apresenta textos gentilmente preparados por seus amigos, que sem poder frequentar os lugares mais distantes, felizmente estão sempre por perto.
Castelo Rá-Tim-Bum!
Noooooossa!
Voltei no tempo agora!
=)
Amei o texto.
^^
Eu queria mesmo era conhecer o lugar onde Judas perdeu as botas. Mas acho que nenhum pacote turístico, mesmo que imaginário, nos levaria até lá :/
Bom, para entender o beleléu seria como entender para onde vai o meu imposto de renda todo ano?
Sabe que tenho o sonho de conhecer o Castelo Ratimbum? Poxa… amo esse programa.
amei o texto e a idéia…
ir pra onde o judas perdeu as botas, ir pru mundo da lua, ir pra tras dos montes…..
amei a viagem.