Você lembra que, há uma semana, um time aí foi campeão brasileiro pela terceira vez seguida, a sexta em toda a história? Dois fatos inéditos – sem contar o fato do treinador ser o mesmo nestas conquistas, ou mesmo a incrível história envolvendo um envelope, ingressos da Madonna, árbitro substituído, atritos com a Federação Paulista de Futebol, entre outros babados aí.
Incrível como ninguém falou mais nisso desde que Ronaldo foi anunciado como novo reforço do Corinthians.
Não existe outro assunto em pauta para qualquer das duas maiores torcidas do Brasil: em ordem descrescente, a do próprio clube e a massa anti-corintiana. Entre os fiéis alvinegros, a última vez que alguém gerou tamanha expectativa foi no começo de 2005, quando a MSI trouxe Carlos Tevez – ainda assim, algo incomparável à festa na Fazendinha, durante a apresentação do Gordo, sexta passada.
E entre os rivais? Qualquer projeção de qualquer clube para os primeiros meses de 2009 envolve algo como “o atacante, revelação da equipe em 2008 e que se recupera de lesão, não vê a hora de voltar aos gramados e, caso tenha tempo, sonha em ficar frente a frente com o Fenômeno…”. Ou: “a equipe do Mirassol está descansando, retorna para a pré-temporada de olho no Paulistão e no encontro com o Fenômeno no dia cinco de abril…”.
Quem ri por último? – Tão incrível quanto a interminável “ronaldomania” é sua concretização. Até semana passada, Ronaldo no Corinthians era tão provável quanto meu casamento com a Juliana Paes. Mesmo para os dirigentes, que comandam um clube ainda endividado após o furacão que culminou com a Série B.
A realidade econômica do nosso futebol foi a base para a manchete do Jornal Placar (“Ataque de riso”), distribuído gratuitamente em 27 de novembro, exatamente quando a idéia surgiu. “O sensacionalismo passou longe de nossas páginas. Se Ronaldo Fenômeno não desembarcará no Corinthians, por que enganar o leitor?”, perguntou Sérgio Xavier Filho, na carta ao leitor.
Então a Placar errou. Quer dizer, foi surpreendida por uma estratégia de marketing infalível: um clube de massa com torcedores apaixonados é o novo lar do maior artilheiro da história das Copas e, mesmo sem jogar desde fevereiro e pautado por escândalos recentes, ainda é referência internacional. Imagine que, só na primeira semana, as camisas com o número nove nas costas já estão em falta! Um joguinho amistoso contra o Boca Juniors para apresentá-lo e pronto. Sucesso total.
Lógico que a venda de camisas, produtos licenciados, ingressos e afins podem bombar os cofres alvinegros – a exemplo do que representou a ida de David Beckham ao Real Madrid, em 2003. Logo após a contratação do inglês, foram vendidas cerca de mil camisas por hora. Pense comigo: mesmo torcendo contra, vai dizer que não passou pela sua cabeça comprar a camisa roxa do Gordo?
Por outro lado, o jogador deverá embolsar um bom percentual vindo de patrocínio para o clube, que ao invés de associar sua marca ao time, pensam exclusivamente no Fenômeno. Será mesmo que isso vai funcionar? Mesmo se as parcerias econômicas vingarem, como administrar isso dentro de campo? É um risco e tanto para o já maltratado caixa corintiano, mas que na cabeça do “bando de loucos”, é o de menos.
Quem tem mais a perder? – Perguntei a um amigo corintiano o que achava dessa onda fenomenal. Sua primeira impressão não tinha nenhuma ligação financeira: “só quem tem a perder é o próprio Ronaldo”, disse ele. Afinal, o cara não joga há meses e pode reagir de maneira inexplicável ao ficar banco do Herrera… Sem falar na última declaração após sua mais grave lesão: “meu coração diz para voltar a jogar, mas meu corpo está dando sinais de que precisa descansar”.
Realmente, talvez esta incógnita seja maior que os trâmites salariais. E tudo vai depender do que Ronaldo quer da vida. Se pensar em descansar, terá vida curta no Timão. Agora, a escolha foi perfeita caso Ronaldo mostre determinação e queira vôos mais altos – como, por que não, disputar mais uma Copa. Algo tão improvável quanto sua presença no Mundial de 2002, meses depois a primeira grave contusão do atacante, quando vestia a camisa da Inter de Milão.
Pessoalmente, compraria sim a camisa roxa do Fenômeno. Não pelo time, mas por ele. Tudo bem, o Gordo pisou na bola ao casar com a da Cicarelli, ao não olhar o gogó da Andréia, entre outros fuxicos… Dentro de campo, no entanto, só vejo aspectos favoráveis. Para o meu amigo corintiano, não importa muito se Ronaldo pensa em integrar a seleção na África do Sul. “Se cumprir o contrato de um ano e jogar uns 20% do que sabe, ele vai fazer uns 50 gols no Paulistão, mais uns 30 no Brasileiro”.
Veremos. E convenhamos: depois de tanto barulho, quem não pensa em ver?
Vai ser algo interessante de acompanhar… Mas essa média de gols está muito superestimada!!
porra, Marmota. quando vi que as camisetas tinham vendido que nem água, vaticinei:
RONALDO será um dia PREFEITO de São Paulo.
só querer.
e sim, é evento. já torci pra que Ronaldo fracassasse e ganhei uma Copa do Mundo. vou assistir de cantinho pra que não se volte contra mim.
abraço!
Que fique só entre nós, mas estou pensando seriamente em assistir a algum jogo do Corinthians no Pacaembu em 2009… só para ver o Gordo de perto!
Independentemente do sucesso ou do insucesso no Corinthians, Ronaldo é o melhor jogador brasileiro que vi na vida – e talvez o segundo do mundo, só atrás do eterno Zizou. Vale o ingresso!
Não compra essa camisa horrível, pelamor! Compra uma da seleção brasileira, que tal?
Bem, pelo menos uma lição importante dessa história toda: Casar com a Juliana Paes também pode não ser impossível pra vc! Ohóóó!
Então semana que vem você anuncia o casamento com a Juliana Paes? hehehehe