E não é que estamos chegando ao começo do fim? Sim, raciocine comigo: os três primeiros meses do ano representam o começo do começo; os três seguintes, o fim do começo. De julho a setembro, o começo do fim. Outubro, novembro e dezembro representarão, portanto, o fim do fim!
Bom, torço para que tenha sido o começo do fim para a McLaren. E o fim do começo da Ferrari. Por razões que fogem do meu conhecimento técnico, a escuderia italiana mexeu em tudo que não prestava – até um mecânico sabotador foi descoberto e demitido. Nos testes de Silverstone, durante a semana, foi mais rápida que a McLaren, dando um alento aos torcedores que ainda confiam em uma virada.
Não foi fácil. Felipe Massa disputou roda a roda com Alonso e Hamilton a pole position para o GP da França, no nada absoluto de Magny-Cours. Contou com o azar do espanhol, que não deve estar suportando a pressão do bicampeonato nas costas para largar em décimo. Além de uma pequena falha de “Robinho” na última volta classificatória. O britânico fez o melhor tempo das duas primeiras sessões, mas na hora da verdade, o brasileiro foi mais competente.
Na corrida, as Ferrari sobraram um pouco mais. Como Cléber Machado foi a voz da Globo na manhã deste domingo, até poderia “forçar a barra” e lembrar que, ultimamente, Galvão está dando azar. Se bem que a narração mais famosa da “segunda voz esportiva” da Vênus Platinada foi no GP da Austria de 2002: o inesquecível Hoje não! Hoje não… Hoje sim. Hoje sim?.
Desta vez, ele não precisou falar: cinco retardatários atrapalharam Massa, que perdeu a primeira posição para o seu companheiro de equipe Kimi Raikkonen nos boxes. Mas enfim, nem o Senna conseguiu vencer um GP da França em sua carreira (ah, o Piquet sim). Podem dizer que “o Alonso largou mal, mas fez uma bela corrida e somou dois pontos, enquanto o seu queridinho foi incompetente”.
Mas enfim. Para quem descartava o finlandês beberrão do páreo, depois de quatro provas sem um pódio, agora pode contar: em oito provas, foram duas vitórias para cada membro do “quarteto fantástico”. Claro que, com o terceiro lugar, Hamilton continua o único a subir sempre no pódio, ostentando sua liderança.
E é mais fácil Felipe Massa ser campeão mundial esse ano do que Dunga em 2010.
(Para entender a aposta, leia a parte 1. E se quiser mesmo acompanhar e entender de verdade o mundo do automobilismo, leia o Livio Oricchio, o Fábio Seixas e o Flávio Gomes).
Continuo acompanhando atentamente a seção “Vai, Massa!”. Vai, Massa!!!
Mas ontem era dia de ganhar, e ele não ganhou. Ainda acho muito difícil. Bah.
Sobre o Dunga, acho que não corremos esse risco. Ele não chega a 2010, não… 🙂