Mais algumas horas daquele sábado e finalmente Pelotas, a 1400 quilômetros de São Paulo. Cidade natal dos pais, da família e até do irmão mais novo de Marmota, que por um acidente de percurso, nasceu no interior paulista. Sem delongas, vamos prosseguir com o relato deste aventureiro em seu final de ano.
Finalmente, Pelotas, RS.
Hoje é 28 de dezembro de 2002.
Três dias e alguns pedágios para chegarmos ao nosso objetivo final: a casa da vó, em Pelotas. Pois é, Diário, é incrível, mas em São Paulo parece reclamarmos à toa dos pedágios - não sei se é porque a Regis Bittencourt não tem nenhum. Mas por aqui, a cada estrada que entramos, pagamos uma paulada.
Só entre Porto Alegre e Pelotas são quatro: um da Concepa, ainda na free way, em Eldorado do Sul; outro logo adiante em Guaíba. Mais um em Cristal, logo depois do Grill, e o último pouco antes de chegar em Pelotas, no Retiro. Somando os outros dois da free way, gastamos pouco mais de quinze reais percorrendo o Estado. E aqui não estamos falando em rodovias como a Bandeirantes ou a Trabalhadores. Será que tanto pedágio é mesmo necessário?
Mas enfim, ainda não eram duas da tarde quando o carro entrou na rua da Vó, na Cohab Fragata - casas padronizadas, pedras no lugar do asfalto e uma tranquilidade tamanha... Aquilo nos faz pensar que estamos em uma cidade cenográfica. Em casa, além da vó, minha madrinha Cleusa e meus primos Cris, Junior e Bruna. Não demorou para que outros tios, que também moram por lá, aparecessem por lá para abraçar a comitiva.
Tem gente que acha entediante ficar sentado próximo aos parentes ouvindo histórias do arco da velha, tempos em que todos moravam juntos naquele longínquo sítio lá fora. Preferem videogame, poquemon ou afins. Pessoalmente, acho isso um barato! Um dia preciso ter um pouco mais de senso jornalístico e reunir todas elas, numa espécie de relato histórico. Infelizmente, acabo lembrando que estou de férias e jogo a idéia pra escanteio.
Mas não sou só eu. Um dos assuntos do primeiro dia foi devidamente desenterrado pelo tio Erni.
- Tu te lembras daquela barragem que iam fazer no Canto Grande - , perguntou à minha mãe, irmã dele.
E ela se lembrou: na década de 60, a CEEE (companhia energética do Estado) já tinha em mente construir uma barragem no Canto Grande, área rural que hoje corresponde ao município do Capão do Leão mas que, na época, era a única referência dos meus tios. Pois especula-se que o tal projeto esteja voltando, em função da crise de energia do ano passado. Convém ressaltar que as poucas usinas gaúchas são térmicas, e grande parte da energia é comprada do sudeste.
A barragem seria um ótimo negócio para o Rio Grande, mas por outro lado, colocaria por água abaixo - literalmente - a história de gerações inteiras, famílias que nasceram e cresceram naquele distante ponto do Brasil. A construção seria capaz de inundar até mesmo um trecho da BR 293, que liga Pelotas a Bagé e é um dos dois acessos ao Passo das Pedras e, consequentemente, ao Canto Grande - o outro é a BR 116, sentido Jaguarão, com pedágio...
Não preciso dizer que isso revoltou a minha mãe. Apesar de que, por enquanto, a barragem no Canto Grande não passa de um tremendo boato. Caso confirmado, as terras daquele pedaço passariam a valer nada, tornando o valor venal perfeito para o pagamento de indenizações. Pessoalmente, penso que a valorização da nossa história não tem preço - que o digam aqueles que puderam ver Sete Quedas.
Chega por hoje. Não vamos esquentar a cabeça, afinal está muito calor por aqui - aliás, barbaridade, o meu pai resolveu tomar aquela sopa de capeletti escaldante no almoço do tradicional Galeto Santa Justina, logo depois do Retiro... Diz ele que é o mesmo sabor daquela que ele tomava quando morava na Vila Brod, há uns trinta anos. Tradição com esse mormaço, não dá. Amanhã tem mais!
marmotato lendo esses relatos tudo muito bom legal… mas vc não comeu ninguém esse tempo todo? ehehebom final de semanaabraço
Calma Alex. Estamos só no terceiro dia. Vc vai ver: em dez não rolou nada mesmo… 😛
Legal seu blog gostei das fotos… depois volto com mais calma pra ler tudo!Um bom fim de semana pra vc e quando puder passe no meu blog tb! Bye bye see ya Twingo Girl 🙂
De que é esse diário? Marmota é você mesmo que está aí? Tou impressionado com a mudança do blog!
visitei seu blog só duas vezes e adorei…vc eh o único blog que quase naum conheço que irei premiar com meu award essa semana..gostei muito…super dez….espero que goste do award…bjusss
Festa do pedágio? Aqui no ES todos os pedágios caros estão concentrados em um só!
Oiii..!!!Adoreiii teu blog…super legal…hora de revirar teus arquivos…hehe!!!C quiser passa lá no meu blog e pega meu award ok?!?Beijinhuss!! 😀
Falaí André!Este seu lay out está muito bom mesmo…Cara vc fala da festa do pedágio lá do sul mas aproveite para falar da festa por aqui tb que anda demais… uma paulada atrás da outra.Agora me desculpe mas sopa de capelletti no almoço… ai ai ai… só se tiver menos de 10ºCAbraços e obrigado pelo link
É muito legal qdo. a família se reune e começa a lembrar fatos interessantes…Pena que minha família não se reúne mais sinto muita falta disso… 🙁 Acho que por isso passei a detestar natal e virada de ano pq era justamente nessas datas que o povo se reunia e fazia a maior festa contavam histórias etc e tal… Hj não tem mais isso… :-(Bom final de semana!Bjocas…
oiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii……Um bom final de semana pra vc….!!!!!beijinhoooos