A cada dia, eu fico ainda mais surpreso com as facilidades proporcionadas pela evolução tecnológica. Até esses dias, era quase impossível (imagine aqui alguma coisa que poucos conseguiam fazer). Até que o desenvolvimento nos trouxe ferramentas inovadoras, que podem transformar a vida de qualquer um.
Tenho certeza que cada um dos nossos doze visitantes diários tem em mente um exemplo diferente. O mais evidente entre os blogueiros é: “era quase impossível ter um veículo de comunicação particular”. Antes do blog, eram as páginas do GeoCities desenvolvidas no Netscape Communicator; muito, mas muito antes, eram fanzines datilografados e xerocados (ou mimeografados).
Uma voltinha despretensiosa em uma daquelas megalojas da Paulista (tanto na oficial Fnac quanto no oficioso Stand Center) me fez lembrar que hoje qualquer um pode ser DJ.
DJ é a forma curta e simpática para o termo disc-jóquei. Começou nos anos 40, nos Estados Unidos: era o sujeito responsável pela escolha dos discos e músicas para se ouvir ou dançar – seja em uma festinha caseira ou em uma casa noturna. O primeiro DJ do Brasil apareceu nos anos 50, e de lá para cá, transformou o país em uma verdadeira referência no tema. Gente muito talentosa faz sucesso no mundo todo.
Até bem pouco tempo, um bom animador de baladas era acima de tudo um técnico-performático. Aquela mesa enorme, toca-discos adaptados (as picapes), mixer, gerador de efeitos… Então o mestre de cerimônias passa a noite com um fone de ouvido, selecionando minuciosamente alguns discos acondicionados em belas maletas… É preciso fôlego para esse trabalho de respeito.
Mesmo essa geração romântica já utiliza computadores e outros apetrechos para facilitar seu trabalho. A popularização do iPod já criou eventos onde o seu tocador de MP3 é responsável pela animação da noite. Em uma dessas brincadeiras, há até uma competição para ver quem tem a seleção mais dançante.
Mas isso não é tudo. O passeio no Stand Center me fez conhecer o iDJ da Numark, um mixer de dois canais onde dois iPods substituem os toca-discos. Na Fnac, esbarrei num PC rodando o software Virtual DJ – fiquei alguns segundos acompanhando a música, enquanto uma janelinha exibia a forma de onda, mostrando a hora exata da batida e o ponto ideal para as “viradas”.
Tudo isso para que eu ou você banque o DJ em casa. Quer dizer, no máximo bancar: nem toda tecnologia é capaz de substituir o talento. Da mesma forma que nem todo mundo consegue trabalhar com palavras e informações para escrever bem, nem todo mundo traz conhecimento e sensibilidade musical para animar uma noite dançante. Ainda prefiro manter distância regulamentar e tirar o chapéu para os bons: no caso dos DJs, a melhor coisa é aplaudir da pista.
Para ser DJ precisa de uma coisa difícil de arrumar de um dia para o outro: acervo. Numa entrevista que eu fiz com o DJ Janot, ele me contou que tem cerca de 5000 CDs em casa, sem contar vinis e MP3 pesquisados em todo canto.
Começar a criar podcasts com seus próprios programas de rádio, na minha opinião, é um bom caminho nessa direção. Pelo menos dá para pensar antes de mandar a música ao ar. E não nos esqueçamos que o termo disc-jóquei é um termo nascido no rádio.
E o boteco-connection? sai ou não sai?
já estou até pensando em montar uma versão carioca da coisa… já tenho, inclusive, uma lista de suspeitos, hehe.
outro dia vi na rede globo a primeira faculdade para formação de DJs no Brasil. Os caras aprendiam desde como manobrar os equipamentos com desenvoltura até física aplicada a propagação do som. Achei interessante, mas não seria um curso que eu escolheria, hehe. Só para constar eu tive um fanzine na base do xerox. Quando muito conseguiamos fazer uma edição por mês. Com o blog é mais tranquilo, faço um texto por dia e não preciso me preocupar em vender as cópias.
Realmente, uma das coisas mais difícil pra ser dj é o acervo. Em 2 meses um vinil (que não é barato) já deixa de ser lançamento.
Meu noivo, que aprendeu a tocar da forma tradicional torce o nariz pra cdjs e estes mais novos pra iPod. Ele diz que perde a graça. Mas de vez em quando ele brinca no computador…
E curso de dj já existe a um tempão. Lembro de um amigo que fez o dele em meados de 94.
Eu ainda vou aprender a dominar os toca-discos…
Por mais fácil que seja o acesso a essas novas ferramentas, o mais complicado é o cara ter a originalidade de mixar uma música que fique boa. Se fosse eu…
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Tou a dar opturnidadx de realixar o teu sonho… não peco nd em troca.. xD lol..
Abracox para tdx..
Bem a unica coisa que eu mais queria é ter uma noção de começar!!a tocar!!pois a musica eletrônica é minha paixãoe ainda não tenho recursos para isso!!mas espero que vc me indique algo!
Bem, eu como Dj venho defender o lado da tecnologia aqui…
Atualmente mixo ultilizando o programa virtual Dj + Mixer DJM 700 da behringuer e nao considero que o uso de programas venha para estragar a arte.. e sim pra a deixar melhor, vamos parar pra pensar… voce ainda tem a dificuldade de encontrar as musicas (por que mesmo com sites de dowloand as boas ainda sao dificeis), apos encontrar um bom set list voce ainda tem que fazer as mixagens (que mesmo com o programa ainda é necessario um bom conhecimento de musica, oitavas, compasso, batidas, caixa, bumbo e por aew vai…
mas ta voce ja tem tudo isso, agora perdeu a graça? nao tem mais o que fazer?
na minha opniao muito pelo contrario, o tempo que voce “ganha com a ajuda do programa” voce ultiliza fazendo mixagens e efeitos cada vez mais perfeitos. Claro que sempre vao aver os ingraçadinhos que vao se achar os djs sem saber de nada, mas isso sempre teve.. e sempre vai ter… bem essa é minha humilde opniao.. qualquer duvida ou comentario so me add no meu msn.