Recado da única pessoa que adora ler poesias e, ao mesmo tempo, ainda visita esse lugar.
Ah, vai... Não é poesia... É poema... 🙂
Uia! Tem diferença entre poesia e poema, é verdade. Mas enfim, ninguém dá bola.
Vi ontem no jornal da noite que amanhã é aniversário do Quintana... Passou até a casa rosa que ele morava, hoje centro cultural...
Então, é a Casa de Cultura Mário Quintana, onde funcionava o Hotel Majestic. O poeta morou no quarto 217 entre 1968 e 1982, por isso o lugar se transformou em centro cultural, em 1990. Já estive lá uma vez, veja:
E eu já sabia da data, 30 de julho. Tem o link do aniversariante no mesmo post da poesia do Bandeira. Você não viu?
NÃO É POESIA, É POEMA!!!
Tá bom, tá bom. Poema.
Ah, posta um poema do Quintana amanhã! Pra encher de poesia esse blog que anda meio burocrático... 🙂
O blog reflete seu autor… Hehehe! Mas eu entro em férias no dia sete, quem sabe a burocracia vá pro espaço. E quando esse dia chegar, “todos esses que aí estão / atravancando meu caminho, / eles passarão? / eu passarinho!”.
Eu ia colocar aquele que eu gosto, o soneto que termina com “Ele trabalha silenciosamente / E está compondo este soneto agora / Pra alminha boa do menino doente”. Ou repetir um desses dois que eu já postei aqui.
Mas tem outro, que também gosto, sobre essas coisas estranhas que aparecem na nossa vida e a gente não sabe muito bem o que fazer… Chama-se Elegia:
Há coisas que a gente nunca sabe o que fazer com elas…
Uma velhinha sozinha numa gare.
Um sapato preto perdido do seu par: símbolo da mais absoluta viuvez.
As recordações das solteironas.
Essas gravatas
De um mau gosto tocante
Que nos dão as velhas tias.
As velhas tias.
Um novo parente que se descobre.
A palavra “quincúncio”.
Esses pensamentos que nos chegam de súbito nas ocasiões mais impróprias.
Um cachorro anônimo que resolve ir seguindo a gente pela madrugada na cidade deserta.
Este poema, este pobre poema
Sem fim…
Se você tiver alguma poesia preferida do aniversariante, hoje é o dia de reproduzi-la aqui nos nossos comentários!
Ah, é. Poema.
Enfim, parabéns, Quintana!
Eu fui na casa dele! é linda! Visite que vale a pena!
Beijo da
Carol
Bem, o meu POEMA favorito do Quintana é Bilhete que, por sinal, foi declamado naquele jornal da noite. 🙂 Agora, pra combinar com o Elegia e expressar o que achei do seu post poético: “O que é que eu faço com você?” 🙂
Mas você não é uma coisa estranha, é apenas um cara que está aprendendo a gostar de poesia, lendo poemas! 🙂
Beijo.
“Se tu me amas, ama-me baixinho
Não o grites de cima dos telhados
Deixa em paz os passarinhos
Deixa em paz a mim!
Se me queres,
enfim,
tem de ser bem devagarinho, Amada,
que a vida é breve, e o amor mais breve ainda…”
A que mais gosto é aquele que vc já reproduziu “todos que estão aí, atravancando meu caminho…”
Sobre este poema, poesia ou sei lá o que, meu irmão fez uma “versão corporativa” bastante interessante, que reproduzo abaixo.
Todos que estão aí
Atravacando meu salário
Eles passarão
Eu, passaralho!
Não é muito bom?
Bjocas
Lugar lindo, lindo e especial que é a casa de cultura. 😀
Véio, recebi teu email não.
Mande de novo pro marcosvp@gmail.com
Abração.
E Mário Quintana é maravilhoso mesmo.
A Casa de Cultura Mário Quintana é um lugar mágico e único. Uma das minhas melhores recordações da única vez que fui a Porto Alegre no (já) longínquo ano de 1999.