“Ir ao Gigio é a garantia de uma noite feliz”. Assim meu grande amigo Zé (marido da não menos grande amiga Lu escolheu o local de nosso primeiro encontro gastronômico de 2008. Não poderia ter começado melhor: sou um tremendo fã de cantinas italianas, a começar pelas tradicionais casas do Bixiga (se bem que nem todo mundo se sente feliz ao se fartar num rodízio de massas).
Outro lugar que gosto muito e relativamente conhecido na capital paulista é o Lellis (talvez por sua exposição exagerada nas mesas redondas futebolísticas) – coincidentemente, minha primeira comilança ano passado. Não demorou para que o Zé dissesse as palavras mágicas, confirmando a escolha da noite. “Mas o Gigio é bem mais barato. Além disso, a meia porção lá serve duas pessoas facilmente”. Então o que estamos esperando?
Localização: ****MUITO BOM. Fundada em 1971, a cantina Gigio começou no Brás. Não demorou para inaugurar seu segundo endereço, na Rua dos Pinheiros (nº 335), logradouro que todo mundo conhece (e que vai ficar ainda mais acessível quando o “Metrô da Cratera” finalmente ficar pronto). Quem chegar de carro pode deixá-lo na mão dos simpáticos manobristas – daqueles que abrem a porta do veículo com o guarda-chuva em mãos para que as moças não se molhem.
Ambiente: ****MUITO BOM TAMBÉM. Tudo aquilo que se espera de uma casa tradicional à moda italiana: ambiente bem iluminado, balcão de acepipes para o tira-gosto… Segundo a Lu, fica ainda mais interessante nos dias de domingo, quando as “mamas” paulistanas juntam os familiares e deixam as mesas repletas de gente animada.
Atendimento: ***BOM. Fiquei com receio de parecer injusto agora… Sim, fomos muito bem atendidos, dentro dos rigores de qualquer bom restaurante (inclusive ao servir o vinho). Mas talvez por ser um dia de semana chuvoso, senti que os garçons estavam, digamos assim, sérios demais. É diferente do C… que Sabe (outra excelente sugestão), onde surgem cantores no meio do jantar para alegrar a casa.
Acepipes: *****ÓÓÓÓTIMO!!! Zé tinha toda razão: o próprio cardápio estampa o aviso referente a “meia porção para duas pessoas”. Mesmo acompanhado, fui vencido com facilidade por um fusilli ao molho quatro queijos. Se bem que ainda tive a chance de experimentar o canelone de ricota da Lu… Fora o couvert, com a melhor sardella que já comi em toda minha vida. O cardápio do Gigio traz todas as opções de massa que você conhece, além de uns trinta molhos à sua escolha. Ainda tem carnes e peixes… Mas enfim, não confio no caráter de quem vai a uma cantina italiana e pede carne ou peixe.
Preço: ****MUITO BOM. Definitivamente, é aqui a grande vantagem do Gigio em relação às outras cantinas paulistanas: massas muito saborosas e um preço bem honesto. Nossa conta ficou ainda menor por conta de um detalhe bobo: não pedimos a sobremesa. Mas também, quem iria aguentar comer creme de papaia, tartufo, profiteroles ou tiramisu depois de forrar o pandú de massa? Bastou um café e pronto.
Avaliação geral: ****MUITO BOM. Qualquer um acostumado a comer fora sabe: dependendo da região do globo onde você se encontra, a comida local pode se tornar um problema. Em situações de risco, a melhor saída é a comida italiana, e ponto final – se bem que já passei apuros em uma cantina em Paris, cujo dono era um árabe que sequer sabia o que era uma pizza. Mas enfim. A sensação de acerto fica ainda melhor quando encontramos lugares tão bons (ou até melhores) que os encontrados em Roma. Assim, já coloquei o Gigio na minha lista de lugares para voltar – e este nem é um texto patrocinado!
Bela dica, também sou fã das cantinas italianas. Uma das melhores pedidas de São Paulo, sem dúvida! 🙂
Passei o Réveillon no Lellis, ali pertinho dos fogos da Paulista, e valeu muito a pena.
Valeu pela dica!
Irei conhecer!
Conhece a Cantina Capuano? É á no Bixiga também! A mais antiga de São Paulo! Vale a pena!
Teu post me deu água na boca. Vou pedir comida da Trattoria Louise para o jantar. O cara que entrega é paulistano também. Muito engraçado.
Essas fotos… me deu uma fome agora!
Pra mim não existe lugar como a Capuano!
Adoro lá!
mes passado estive no bixiga,e meu filho marcelo de cuiabá,me levou pra jantarmos na cantina C…QUE SABE.apesar de o nome não ser muito italiano,o ambiente é italianissimo,com musicos jogando panelas ao chão e tudo. teve funiculí funiculá, il solle mio,tarantellas etc.muito bom programa,parecia que estavamos na terra do meu nono. adorei.