Eu nunca fui muito bom em propaganda – e isso vale tanto para o tema em si quanto para a minha própria auto-promoção. Não me considero um rótulo ou uma marca com potencial de mercado, apenas mais um cara no meio da multidão fazendo sua parte. Admito ainda que, se tivesse mesmo pensado em catapultar minha carreira ou me fazer conhecido de verdade a partir deste blog, provavelmente jamais escolheria meu apelido de colegial para denominá-lo.
Preâmbulo necessário para uma pequena constatação: após mais de quatro anos ininterruptos de blogagem, fui abordado e reconhecido ocasionalmente por pessoas que já passaram aqui, mas não conhecia pessoalmente, por três vezes. A primeira delas foi em 2004, quando um rapaz que trabalhava aqui olhou e disse: “ei, você não é o Marmota?”.
A cena só se repetiu mais de dois anos depois, e curiosamente, na mesma semana. Terça-feira passada, fui conferir o One Day Digital, uma série de palestras sobre marketing e publicidade na web – sim, é uma forma de minimizar essa tal dificuldade. No último coffe-break da tarde, logo quando eu saio do banheiro, sou abordado pela mocinha que apresentava os painéis. “Ei, você não é o Marmota?”
Respiro aliviado por ter lembrado de lavar a mão. Ela conta que ficou feliz em me ver, mas tem certeza de que eu não lembraria dela. “Sei muito sobre você. Você fazia parte do Virunduns. E mandou convite para o Orkut, quando ainda era aquela febre. E republicou um comentário meu sobre o Urso Misha, o mascote das Olimpíadas”. Então eu lembrei: era a Maristela!
O evento foi muito legal, mas por conta desse encontro inusitado, nem dei bola para a última palestra. Ficamos ali, trocando idéias, como velhos conhecidos. Leitora sazonal do blog, ela sabia que eu trabalhava com esportes e tinha ido a Alemanha. Pretexto perfeito para um de seus assuntos preferidos: Torsten Frings. Ela adoraria vê-lo no São Paulo, seu clube de coração. Também acharia maravilhoso se o seu time, o Werder Bremen, eliminasse o Barcelona da Champions League naquela tarde (no fim, o time de Ronaldinho foi melhor). Sem dúvida, a melhor decisão foi ter perdido a palestra!
Mas o que me chamou a atenção foi sua sugestão de pauta: duas comunidades do Orkut, gerenciadas por ela, sobre futebol alemão. Em todas elas, participação majoritária de mulheres brasileiras. Na Gaststatte Mannschaftn elas comentam as últimas notícias sobre a Mannschaft (seleção nacional), a Bundesliga (o campeonato alemão), sem falar nos clubes, atletas e no próprio jogo. Em outra, a insólita Mannschaft DFB Fiction, todos os membros (inclusive a Maristela) criam histórias divertidas estreladas pelos rapazes da seleção. Tenho quase certeza de que a Deutsche Welle adoraria fazer uma matéria sobre.
Enfim, o segundo “ei, você não é o Marmota?” da semana foi no último sábado, durante o Seminário de Jornalismo Esportivo do Comunique-se. Em um dos intervalos, ele me aborda e, depois da perguntinha, diz: “muito prazer, eu sou o Fábio“.
Minha cara delatou o “putz, mas que Fábio?”. Não precisei perguntar: “o do Monoglota“, completou.
Mas claro! Eu realmente adorava aquele blog, e também achava muito bacana o fato dele morar e trabalhar em Ferraz de Vasconcelos, praticamente ao lado de casa! “Bem, na verdade, eu não moro nem trabalho lá”, disse. Bom, não se pode acertar todas, né? “Estou em Mogi das Cruzes, como repórter de esportes do Mogi News” continuou.
Ah, que bacana! Eu sou fã daquela cidade, desde os meus tempos de Rádio Metropolitana. E fiquei feliz pelo fato dele trabalhar com o Alexandre Barreira, que na minha época de “improvisador de AM”, era repórter do diário, até se tornar editor. “Não, não, ele não está mais lá”, contou o Fábio, que escreve ainda o Ora Pílulas e o Ervilhas Dureza. Realmente, não se pode acertar todas mesmo. Até a minha vez de demonstrar toda minha falta de talento no microfone do seminário, o Fábio estava gostando bastante do evento.
Aliás, tanto o Seminário Comunique-se quanto o One Day Digital merecem considerações a parte – não deixem de me cobrar. Por hora, uma observação: perguntei aos espectadores quantos tinham blogs, fotologs ou afluentes. Mais de 70% levantou a mão. Temos, portanto, duas conclusões. A primeira: em um público qualificado, com jornalistas e estudantes de comunicação, não há mesmo dúvidas sobre o impacto dessa nova ferramenta, que tem tudo para crescer e ganhar em visibilidade.
A segunda: entre tantos blogueiros, só um me reconheceu. Sinal que eu realmente não sei piciroca nenhuma sobre marketing pessoal usando blogs. Melhor assim.
Bem, agora você tem um neo-marketeiro japaraguaio novinho em folha para explorar aí em sampa.
E bom, se meu blog tivesse alguma chance de ser mais famoso que o seu, eu lhe daria sensacionais dicas de como melhorar seu mkt pessoal. No mais, eu deveria é pedir dicas…;-)
Se um dia a gente se cruzar (epa) eu prometo fingir que nao te conheço.
André, ficou faltando terminar uma frase sobre o seu amigo Fábio. Corrija lá e apague esse meu comentário se quiser (seu bicha).
André, vc acredita que eu só vi este seu post *hj*, exatamente um mês depois? De qualquer forma, obrigada pelo espaço… e pela visita às nossas comunidades!
Oi! A Maristela passou o teu blog e eu vim aqui e aproveitei pra ler! Espero que tu goste das comunidades e das histórias que tem por lá, e valeu por divulgar um pedacinho da gente aqui no teu blog!
Para vc não pensar errado, vou dizendo logo q sou menina!kkkkkkkkk
Bem , adorei seu texto e realmente nós nos dedicamos muito aos nossos times do coração e nossos jogadores!!!
Eu em especial para o Kahn!
beijos