Indústria do mal

Falar em spam já virou perda de tempo. Uma pena, a impressão que eu tenho é a de que esse bando nefasto vai continuar espalhando lixo pela rede sem maiores pudores. A única saída é tentar bloqueá-los – aquela velha história, mascarar a febre quebrando o termômetro.

Mas a coisa é cada vez mais “profissional”, se é que podemos falar assim. Já virou rotina receber spam assinado por remetentes conhecidos (amigos, colegas de trabalho) e com subjects genéricos (como “olá”, por exemplo” – formas encontradas pelos fiadaputas para burlar os filtros.

Outra moda é o tal spam via ICQ. “Você tem computador? Coloque-o para trabalhar!”. “Olá, eu sou o Dave Mishoris!”. “Oi, eu sou a Priscila! Minha amiga Ju disse que você estava afim de ver as nossas fotos picantes…”. É só mandar um destes para a “ignore list” e, no mesmo dia, surgem mais dois.

Mas as melhores de todas, sem dúvidas, são as mensagens dos “camelôs” da indústria do mal. Oferecem listas com milhares de e-mails prontinhos para serem massacrados, além de técnicas e táticas poderosas para espalhamento de abobrol. E agora também pelo ICQ! Vejam se tem cabimento a mensagem abaixo:

Olá Marmota!
Conheça, o ICQMarket, um programa que faz divulgações no ICQ.
Divulgue o que quiser, filtrando os destinatários por sexo, idade, cidade, estado, país, profissão, etc…
Atinja mais de 50.000 destinatários por dia.
100% de aproveitamento, pois não tem usuários inválidos, ou inexistentes.
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Por essas e outras, devo continuar recebendo propagandas como o “apóie nossas tropas”:

Só me resta parafrasear Rafael Perret: “pior do que o spam natural é o spam mal-direcionado”.

Comentários em blogs: ainda existem? (7)

  1. Talvez pior do que o spam mal direcionado e o spam pop up que vem de brinde qdo vc assina DSL aqui. A cada 3 minutos uma nova janelinha pula na sua frente te oferecendo 100 por cento das vezes coisas que nao te interessam…E de chorar….Bicocas

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