Estava conversando alegremente no ICQ com a minha bela amiga Márcia – aquela do Rio, quando ela faz uma pergunta, em tese, de fácil resposta: “ué, não é feriado aí hoje?”. Ao mesmo tempo, a ESPN Brasil exibia uma matéria com o ex-jogador do Flamengo Junior, que falava a respeito de uma possível participação na direção do clube. Detalhe: na praia. “Carioca trabalhando? Pra quê?”, ressaltou um colega de redação.

Pois bem, fui descobrir que o dia da consciência negra, celebrado neste dia 20 de novembro, é sim feriado na cidade do Rio de Janeiro e em outras regiões do país. E você sabe o porquê dessa data?

No dia 20 de novembro de 1695, Zumbi dos Palmares, lider do Quilombo dos Palamares, foi morto após ser traído por um de seus comandados, é preso e degolado. Durante anos, Zumbi tinha como objetivo construir na região da serra da Barriga, atual estado de Alagoas, uma sociedade justa, livre e fraterna, onde negros e brancos pudessem viver em harmonia.

O ideal de Zumbi, como sabemos, parece morrer a cada dia – e aqui não estou simplesmente falando daquelas piadinhas fracas como a da laranjada na feira. Para reforçar a importância das etnias que formam a nossa nação, felizmente, contamos com as mais diversas manifestações culturais, preservadas por gerações. E de forma mais tímida, a esfera governamental também mantém uma ligação com o tema, através da Fundação Cultural Palmares.

Agora que você já sabe um pouco mais sobre o “feriado”, é hora de encerrar o assunto com esta poesia que encontrei no pop-up da Fundação Palmares alusivo a data. Assinada por José Ademir Alexandre da Silva.

Zumbi
o herói esquecido
pela história escondido
Zumbi… Zumbi…
dos palmares
que faz reviver cantares
de saudade e nostalgia
verdadeira agonia
que atravessa os tempos
nos têm como avarentos

Zumbi…
Serás lembrado
pois teu nome já tem atravessado
séculos do tempo
nem este nem o vento
apagarão tuas marcas fortes
que superam até a morte