Deu samba no avião!

Saí de São Paulo na sexta-feira, seis e pouco da manhã, debaixo de uma fina garoa. Logo pensei: meu final de semana no Rio pode perfeitamente virar uma água… A primeira impressão, no entanto, foi exatamente oposta: poucas nuvens e um sol brilhante durante a aproximação ao aeroporto Santos Dumont. A visão extraordinária da baía de Guanabara fez com que aquela conhecida música do Tom Jobim invadisse a minha cabeça naquele instante.

“Minha alma canta / Vejo o Rio de Janeiro / Estou morrendo de saudades / Rio, seu mar / Praia sem fim / Rio, você foi feito prá mim / Cristo Redentor / Braços abertos sobre a Guanabara / Este samba é só porque / Rio, eu gosto de você / A morena vai sambar / Seu corpo todo balançar…”

Minha alegria durou apenas na sexta-feira… Logo na manhã do sábado o tempo fechou: a chuva parecia ter convidado o frio para passar o final de semana no Rio – e justamente este… O clima permaneceu assim até o meu retorno, na noite desta segunda-feira. Logo no check-in, percebi que teria problemas no resto da noite:

– Olha só, você não quer voltar aqui logo mais? Seu vôo é só as nove, a sua mala pode se perder aqui…

Isso é que dá buscar eficiência e chegar mais cedo. Tudo bem, fiquei alguns minutos no saguão batendo papo com a minha amiga Márcia – que me acompanhou pela cidade durante toda a segunda-feira. Assim que ela foi embora, um aviso sonoro:

– Atenção: em virtude do mau tempo, estão suspensos os pousos e decolagens.

Informação extra para quem não conhece o Santos Dumont: a única pista do aeroporto foi construída numa espécie de aterro mar adentro. Se algum avião tenta pousar e não conseguir parar na pista, pode cair no mar – como aconteceu recentemente com o Hans Donner. Por fim, sem visibilidade, quem se atreve a decolar pode, de repente, se chocar com o Pão de Açúcar – que estava coberto por um glacê nebuloso.

Comentários em blogs: ainda existem? (2)

Vai comentar ou ficar apenas olhando?

Campos com * são obrigatórios. Relaxe: não vou montar um mailing com seus dados para vender na Praça da República.


*