Como meu celular vagabundo acessa o Gmail

Salvador (BA) – Há tempos venho amadurecendo a idéia de investir alguns caraminguás em um smartphone, ou um telefone que acumule algumas funções básicas sem que eu tenha que carregar aparelhos e carregadores distintos para cada um.

Fico parecendo mulherzinha diante de vitrines, comparando modelos, funções, preços… Felizmente, caio logo na real assim que tento responder a uma perguntinha simples: pra quê eu preciso de um celular novo? Respostas anti-consumistas apareceram com força numa viagem recente que fiz, quando deixei o celular em casa… Apesar da abstinência, consegui sobreviver sem o aparelhinho.

Outra descoberta que me fez refletir sobre a existência dessa necessidade é a descoberta (ainda que tardia) da navegação GPRS em meu heróico e surrado Nokia 6101, com direito a uns três ou quatro dados embutidos no plano mensal. Fiquei todo faceiro ao postar meu primeiro textinho no Twitter pelo celular. Continuei explorando o navegador embutido até chegar ao Google Mail – não antes de redirecionar todas as contas pop que possuo para uma única conta.

Antes mesmo de digitar login e senha, um aviso promissor: “quer acessar o Gmail mais rápido?”. O link apontava para o endereço gmail.com/app, e depois de poucos minutos, já estava com o aplicativo em Java pronto para uso. Minha animação durou pouco: o aviso “carregando” insistia em não sumir da telinha do aparelho. “Ué, mas não era pra ser mais rápido?”.

Enfim, demorei alguns dias, mas fiquei orgulhoso do meu desempenho técnico. Descobri que, na maioria dos casos como este (aplicativos Java que precisam de conexão, como o Opera mini), é preciso criar uma nova conexão GPRS e adotá-la como padrão para todos os aplicativos. Para isso, também é preciso ter em mãos dados da própria operadora, como ponto de acesso, login e senha. Voilá!

Assim meu celularzinho mequetrefe, castigado pelos tombos, marcas no visor e riscos na lente de câmera chinfrim, consegue fazer o que certamente mais faria com qualquer smartphone nas mãos. Ainda sinto falta de uma câmera melhor para situações de emergência e um tocador de MP3 bacana. De qualquer forma, ainda não preciso de um N95.

André Marmota dialoga muito com o passado, cria futuros inverossímeis e, atrapalhado, deixa passar algumas sutilezas do presente. Quer saber mais?

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Comentários em blogs: ainda existem? (8)

  1. Viu? Vitória te libertou da fissura pelo Nokia N95. Por três vezes você citou o celular no curso.

    Acho que era a crise de abstinência pelo seu 6101.
    heheheheh

    =D

  2. O meu tem apenas um ano… toca mp3, tira fotenhas com flash e tudo, tem cartao de memória… é do desigm que eu curto (que é aquele que desliza)… mas é gradiente… meu, não recomendo!

  3. Eu tava comentando isso há alguns dias em uma palestra da Bia Kunze. Com tecnologia no nível atual, seremos eternos frustrados. Pois é só comprar algo de ponta hoje para que ele fique velho amanhã.
    1abs

  4. Quem precisa de um smartphone quando se tem Opera Mini, Gmail, Twitter e Flickr móveis, e a possibilidade de enviar vídeos (toscos e de baixa qualidade, pq o celular é simplesinho) para o YouTube por MMS? 😛

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