Cara de novo, cheiro de velho

Em maio de 2002, quando a allTV entrou no ar pela primeira vez, fiquei deslumbrado com o que vi. Aquilo é “muito mais do que uma TV na internet e muito mais do que a internet na TV”, como bem definiu seu criador e proprietário Alberto Luchetti nesta entrevista. Cheguei ao ápice da minha euforia no ano passado, quando fui convocado para fazer o teste num concurso de apresentadores.

Boa parte dessa obsessão perdeu força em setembro, com o episódio envolvendo a demissão da filha do Sílvio Santos. Não pelo quiprocó entre as duas partes, que fez um bom barulho durante dias. Mas a história fez com que eu refletisse sobre as reais condições de trabalho naquele lugar – apesar da aparência inovadora, o ambiente parece igual a outros que estão até mofando: imerso em egos elevados e sustentado por relações políticas, não profissionais. “Hmmmm, como é tolinho…”, diriam alguns.

Nesta segunda-feira, constatei que o lugar não é exatamente assim: na verdade, é bem pior. A trupe do programa Blog’n Roll foi submetida a censura prévia, pouco antes de entrar no ar. Tal atitude, que dispensa uso de adjetivos, interrompeu a evolução de uma bela idéia (que já foi citada por aqui – leia e assista!) e exterminou de vez meus conceitos e interesses sobre a allTV.

Tudo bem, ainda restou a idéia e um futuro novo em folha para o Blog’n Roll. Quanto a TV da Internet, ainda torço pelo sucesso deles – afinal, se isso ocorrer, é sinal de que mudaram a postura.

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