Bug do milênio e o começo do fim

Então esta quarta-feira é, como de praxe, o começo do fim.

Sim, pois tradicionalmente a cada ano, janeiro é o começo do começo. Lá por abril, temos o fim do começo. Julho marca o começo do fim. E em outubro, é o fim do fim!

É no começo do fim que, normalmente, surge a pergunta que replica em cabeças alheias como se fosse um meme inconsciente: “puxa, o tempo tá passando depressa, né?”.

Foi exatamente isso que ouvi, por exemplo, de Sergio Patrick na abertura daquele programa esportivo diário da Rádio Bandeirantes. A resposta de Mauro Beting: “Sim, e a década está acabando. Lembra do bug do milênio?”.

Imaginava-se que o tal “bug do milênio” significaria uma pane em serviços informatizados. Dados poderiam envelhecer cem anos do dia para a noite: de 31/12/99 para 01/01/00 (ou seja, 1900). Essa expectativa sim, Lula, foi uma marolinha.

Talvez possamos recuperar o conceito e atribuí-lo a sensação de que os dias passam e não somos capazes de finalizar o que programamos, absorver as informações que circulam, celebrar a vida ao lado de quem gostamos. Rapidinho, mentes que nunca se conectaram criam este elo comum: o “puxa, o tempo tá passando depressa, né?”.

É esse o bug do milênio em nossas cabeças. Viva o começo do fim.

André Marmota é professor universitário e ouvinte frequente da pergunta “mas e além disso, você também trabalha?”. Quer saber mais?

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Comentários em blogs: ainda existem? (6)

  1. Viva o começo do fim! E bora lá aproveitar ao máximo e, como você disse, celebrar a vida ao lado de quem gostamos.

    Até porque nunca se sabe quais “bugs” a vida reserva a cada um de nós, né?

    E eu também estava ouvindo o Sérgio Patrick e o Mauro! 🙂

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