Intrigante é o mínimo que se pode dizer a respeito da entrevista com Carlos Alberto Costa, chefe do FBI no Brasil durante quatro anos, concedida ao sempre brilhante Bob Fernandes à revista Carta Capital. Publicada há uma semana, tanto a entrevista quanto a matéria abrem uma série especial em comemoração aos 40 anos do golpe militar de 1964.
Quer dizer, soa até brincadeira falar de golpe diante da língua solta de Carlos Costa – que afirmou, entre outras coisas, que os EUA entregaram ao Iraque as armas químicas que, anos depois, seria o mote de uma guerra. A começar pelo domínio norte-americano sob forma de esmola, ou melhor, alguns milhões de doletas por ano: “Os Estados Unidos compraram a Polícia Federal… A vossa Polícia Federal é nossa, trabalha para nós há anos”.
Quer dizer que o FBI, a DEA, a CIA, entre outras instituições norte-americanas estão aqui simplesmente para mandar, como se fosse a nossa polícia? Não apenas. “Uma das importantes funções que nós temos na embaixada é manipular a imprensa brasileira… Manipular, conduzir, controlar a imprensa brasileira no que nos interessa. A isso chamamos influenciar… É virar a opinião pública a nosso favor”.
Diante disso, os agentes norte-americanos se sentem à vontade, como na casa da Mãe Joana. Grampear telefones no Palácio da Alvorada e Itamaraty, descobrir terroristas no Brasil – segundo ele, responsáveis por um atentado a embaixada israelense em Buenos Aires em 1992, observar e criticar o trabalho da Abin (agência brasileira de inteligência), entre outros servicinhos. “Houve uma determinação de Washington para que eu monitorasse todas as mesquitas, xeques, aiatolás e líderes da comunidade muçulmana no Brasil e fizesse listas”.
“Recusei-me, há ocasiões em que uma pessoa deve se recusar a cumprir ordens inconstitucionais”, complementa Carlos Costa, que por essas e outras, se desligou da função. Promete contar mais histórias do gênero em um livro – enquanto a Carta Capital desta semana continua soltando material sobre o tema, divulgando o nome dos agentes dos EUA que fazem seu trabalho tranquilamente por aqui.
Engraçado que, depois de uma semana, um tema indiscutível como este não decolou – no máximo, duas ou três linhas em alguns jornais…. Bom, talvez por alguma razão: os americanos são boa gente, não merecem ser maltratados. Deixa eles, vamos fazer de conta que não é com a gente. Afinal, somos o Brasil mesmo: who cares?
Se o juléo é varônio pode ser ducarmu?
O que? Espião estadunidense no Brasil? Você não tem mais o que fazer da vida não? Tá por fora do assunto. Escreva mais posts sobre “Quem matou Lineu”, “Luma pegando na mangueira do bombeiro!”, “Dotadão não quer ser mais o símbolo sexual do BBB”, “Olha o Bingoo… É mentira!”…
Isso que gera visita, se não tiver algo do tipo no próximo post eu não volto mais aqui.
E se eu não voltar, Who Cares?
Que vergonha, Brasil!
Bom, talvez por influência dos tais agents é que a coisa não decolou na imprensa.
Esses aí estão desligados da função, mas ainda tem outros para manipular a imprensa brasileira, certo?
Eu não sou mãe… muito menos dona desta casa…rs
Ah, mas a Mãe Joana clássica tem um N só