Hoje fiz as pazes com o sono. Consegui dormir até as quatro da tarde. Culpa da final da Libertadores, que me manteve ligado até o início da manhã desta quinta. O Santos perdeu o título para os argentinos do Boca Juniors. Tirando a impáfia e a antipatia inerente, uma coisa não se pode negar: devíamos aprender a torcer com eles.
Como o sono ainda impera, esse post é uma mistura de algumas matérias que fiz aqui sobre o assunto. Assistir ao jogo observando outra “cultura de torcedor” deu nisso.
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O Brasil é o país do futebol, mas certamente não possui os torcedores mais apaixonados do planeta. Um dos fortes candidatos a esse título é o argentino. Cerca de quatro mil “xeneizes”, fanáticos torcedores do Boca Juniors, deram uma lição aos 70 mil santistas que lotaram o Morumbi na final da Copa Libertadores nesta quarta-feira.
Uma das torcidas organizadas do clube distribuiu cinco mil bandeiras de plástico nas cores azul e amarela, com a inscrição “SuperBoca”. Faltando pouco mais de uma hora para o início do jogo, eles agitavam as flâmulas e cantavam como se a bola já estivesse rolando.
Entre os fanáticos pelo Boca Juniors, foi possível encontrar brasileiros legítimos, desmentindo a máxima de que o Santos é o Brasil na final da Libertadores.
Rodrigo, 26 anos, está acostumado a acompanhar o São Paulo nas arquibancadas do estádio. Na noite desta quarta-feira, fez questão de ficar na torcida visitante. Mais: avisou o amigo santista pelo celular. “Estou no meio da torcida do Boca”, gritou.
Ao seu lado, o colega Ronaldo, de 26 anos. Com a camisa e o cachecol do Boca, poderia ser confundido facilmente com um xeneize. “Sou da Gaviões, minha vida é o estádio”, diz o corintiano, que conseguiu a echarpe numa troca. “Uma argentina viu meu gorro da Gaviões e gostou. Perguntei se ela trocava e ela topou”.
Animado com a exaltada torcida argentina, Ronaldo admitiu: “estou na Gaviões há dez anos e posso garantir: não existe torcida igual a do Boca no Brasil”. Ronaldo, também impressionado com a paixão dos argentinos pelo seu clube, concluiu: “eles são loucos”.
A partida começou e os torcedores vibravam sem parar um minuto. Alguns mais fanáticos sequer estavam virados para o campo: preferiram gesticular e incentivar os demais, pedindo para todos cantarem ainda mais alto.
Enquanto os brasileiros soltavam um “uhhhh!” a cada lance perigoso, os argentinos simplesmente intensificavam o coro de “dale dale Bo”, sempre acompanhados pelo estilo inconfundível dos percussionistas. Aos 20 minutos do primeiro tempo, a canção finalmente foi interrompida: era a comemoração do gol de Tevez.
“Vamos Boca vamos, usted pongan huevos que ganamos… Vamos a traer la copa a la Argentina, la copa que perdieron las gallinas”. Esse era o cântico preferido dos argentinos, repetido vez ou outra, intercalado com outras canções dos torcedores. Um deles, ao lado do filho, foi além do simples ato de cantar: ambos pulavam nas arquibancadas, vestidos de galinhas.
Não foi a única bobagem cometida por um turista no Morumbi. No intervalo do jogo, um portenho comprou dois copos d’água e deu ao vendedor uma nota de dez pesos, equivalente a dez reais. Mas não importava: o Boca vencia por 1 a 0 e, naquela altura, aquelas eram as únicas vozes ouvidas em todas as arquibancadas do estádio.
Os xeneizes interromperam um pouco a cantoria, aos 29 minutos do segundo tempo, com o gol de Alex. Foram poucos segundos: logo os braços mais fanáticos levantaram novamente, acenando a paixão pela equipe e o apoio incondicional. Fazendo jus ao apelido: “el jugador número 12”.
Aos 38 minutos, Delgado chutou de longe. Fábio Costa estava fora do lance. A bola veio aos poucos na direção do gol, para incendiar de uma vez os fanáticos argentinos e seus simpatizantes. O “dale Bo” virou “dale campeón” e não parou mais, mesmo durante o pênalti cobrado por Schiavi, já nos acréscimos.
Estava terminado. Os argentinos conseguiram transportar para o Morumbi um pedaço de La Bombonera, estádio do Boca Juniors em Buenos Aires. Lugar onde é a torcida que empurra o seu time, e não o contrário.
(Postado em 03/07/2003. E nem é preciso esperar pra saber que o Boca faturou mais um.)
Marmota, só faz uma pergunta para o Jorge:”Jorge, cadê o título?”, hahahahahahahaha!!!!
Marmota, só faz uma pergunta para o Jorge:”Jorge, cadê o título?”, hahahahahahahaha!!!!
é foda, até em joguinho de video game, num Fifa Soccer da vida, dá até medo da torcida gritando Ar-Rentina – Ar Rentina… o Brasil ainda perde para o fanatismo de Ingleses, Italianos e Espanhóis. Pelo menos ganhamos dos Franceses…
é foda, até em joguinho de video game, num Fifa Soccer da vida, dá até medo da torcida gritando Ar-Rentina – Ar Rentina… o Brasil ainda perde para o fanatismo de Ingleses, Italianos e Espanhóis. Pelo menos ganhamos dos Franceses…
Infelizmente perdemos em todos os aspectos.Perdemos no fanatismo, na educação, no incentivo ao clube (vê se na Argentina, o pessoal usa camisa pirata… e olha que eles estão mais na merda que nós. Ah, e antes que alguém venha falar bobagens do tipo: “Você não pode culpar o povo. A culpa é dos governos anteriores que não olharam para o social e…” Eu respondo: D E D O M É D I O PRA VOCÊ!!!)
Infelizmente perdemos em todos os aspectos.Perdemos no fanatismo, na educação, no incentivo ao clube ( Vê se na Argentina, o pessoal usa camisa pirata…e olha que eles estão mais na merda que nós.Ah, e antes que alguém venha falar bobagens do tipo: “Você não pode culpar o povo. A culpa é dos governos anteriores que não olharam para o social e…” Eu respondo: DEDO MÉDIO PRA VOCÊ !!! )
Além da regência “assistir ao” que amei, o texto está espetacular. O link é ótimo, já arquivei para consultá-lo.
O futebol brasileiro está em baixa. Estou com pena do Grêmio de Lupiscínio, Saldanha, Elis e uma grande amiga. Talvez os brasileiros estejam mais ocupados com outras coisas, que sei eu. Só não sei por quê “xeneize”.
André,meu querido. não vou entrar no mérito da torcida do grêmio, ontem eu fui um deles.
mas, tenho que discordar de vc quando fala que a torcida do boca é especial.Acho que vc ainda não teve o grande prazer, a honra, penso eu, de sentar-se nas arquibancadas do Mineirão em dia de jogo do meu Galo!!!
cara, não existe igual, é , a maior torcida do mundo.!!!!!!
por que ser atleticano, teda forças para viver emoção que transcende,vai além, vira coletivo, superlativo, vira força, e explode “na maior felicidade”, fazendo o time sair de qualquer adversidade.
Atleticano, como disse Roberto Drumond: – se tiver uma camisa do galo estendida em um varal, e vento soprar contra, nos torcemos contra o vento….
tá, a torcida do boca valeu naquele dia do santos, valeu na quarta passada, mas… aguarde, o boca ainda vai jogar com o Galo, esse ano estamos nas cabeças…e então, quero ver sua cronica, combinado??? rsssss
A Massa, é a maior torcida do mundo, André…. aprende isso,menino,,,rssss
bjos, atleticanos