Anos 80 de volta

Sem querer, fiz algo espetacular no último sábado, dia 26.

Encontrei ao acaso o trio Lello Lopes, Roque Santacruz e Ju Parollo nas proximidades do Directv Music Hall (antigo Palace) em Moema. “Vem aí, vai ter um show sensacional”, disseram. Cinquenta reais de ingresso desembolsados para acompanhar a Festa Geração 80, com ícones do rock nacional.

Logo na entrada, uma loira simpática tirou a foto acima, publicada em seu site junto com outras (que me ajudaram a ilustrar essa brincadeira). O movimento era mesmo intenso. Também pudera: a musa da década, Luciana Vendramini, estava lá. Também achei o clone da musa da década atual, Mel Lisboa…

Eram mais de dez horas quando a balada começou. Léo Jaime, organizador da brincadeira, entrou no palco e, ao lado da banda (Os Impossíveis), trouxe a “faixa 1 do CD do Pulp Fiction” (Misirlou – Dick Dale & His Del-Tones). Na sequência, “Rock Estrela”, “As 7 vampiras”, “Sõnia” – quando Luciana Vendramini subiu ao palco e deu um selinho no Léo Jaime – e “A Fórmula do Amor”.

Em seguida surgiu Kid Vinil, completando 50 anos de idade e festejando com os milhares de oitentistas. Nessa primeira aparição, “Eu Sou Boy”. Na segunda, minutos depois, seu outro clássico dos tempos da banda Magazine: “Tique tique nervoso”. Bem nervoso, diga-se de passagem.

Chegou a vez de Leoni, que logo depois de “Educação Sentimental” pediu licença aos apaixonados. “Essa música não pertence aos anos oitenta, mas acho que vocês não vão se importar”, disse, antes de mandar “Garotos”. Sem perder o clima, resgatou os Heróis da Resistência com “Só Pro Meu Prazer”. Finalizou com outra música romântica, mas felizmente adaptada para solteiros: “Exagerado”, compisição conjunta com Cazuza.

Naquela altura os 50 paus já estavam pagos. A confirmação veio com Roger, do Ultraje a Rigor. Sem sombra de dúvidas, a melhor apresentação da noite. Não consegui identificar sua primeira música (instrumental), mas as outras todo mundo cantou: “Inútil”, “Ciúme” e “Nós Vamos Invadir Sua Praia”, onde Kid Vinil e Léo Jaime improvisaram de backing vocals. A festa estava tão boa que Roger teve que perguntar: “onde vocês andavam esse tempo todo?”.

O talentoso compositor inglês Ritchie veio logo depois, mostrando toda sua versatilidade musical: atacou com uma flauta! Trouxe “Mulher Invisível”, “A Vida Tem Dessas Coisas” e “Casanova”, tema de abertura da novela das oito Champagne, de 1983. Evidentemente, poucos sabiam cantar essas. A última, claro, era aquela que “homens, mulheres, crianças, jovens, velhos, burros, inteligentes…”. Enfim, todo mundo conhece “Menina Veneno”.

A sequência de atrações terminava com Evandro Mesquita, de volta com sua Blitz. Ao invés de Marcia Bulcão e Fernanda Abreu, as backing vocals eram Andréa (de preto) e Luciana (de boné – aliás, ah se ela me desse bola). Enquanto eu observava a Luciana, a banda empolgou a galera com “Weekend”, “A Dois Passos do Paraíso” – com direito a Bob Marley (One Love! One Heart! Lets get together and feel all right) e uma bela improvisada (volte, Arlindo Orlando, seu feladaputa!) -, “Mais Uma de Amor” (Geme Geme) e, no meu modesto ponto de vista, o grande ícone dos anos 80: “Você Não Soube me Amar”. “Ducaráleo, São Paulo é demais”, dizia Mesquita.

Claro que não acabou aí. Léo Jaime forçou todo mundo a ficar no palco para uma Jam Session. “Bete Balanço”, do Barão Vermelho; “Geração Coca-Cola”, da Legião Urbana; “Should I Stay or Shoul I Go”, do The Clash; e “Inbetween Days”, do The Cure. Quando as luzes se apagaram, a platéia começou a cantar “Meu Erro”, do Paralamas. A coisa tomou conta do velho Palace e a banda não teve jeito: atendeu ao pedido da galera. De verdade: nunca tinha visto algo assim antes.

Sinceramente, pensava em sair de lá assim que as apresentações acabassem, ignorando a discotecagem de Kid Vinil – que duraria até o amanhecer. Mas quem disse que eu conseguia? O cara mandou um musicão atrás do outro… Saímos de lá quase três da manhã. Valeu a noite!

O fenômeno do retorno oitentista merece outras incursões por aqui. Aguarrdemm.

Comentários em blogs: ainda existem? (14)

  1. Olá, Marmota!

    Sou Alessandro e nos conhecemos no dia em que encontramos nossa amiga Déa. Bom, um dia eu estava no trampo (sim, eu consegui!) e passei rapidamente pelo seu site (não era mesmo o melhor momento naquele dia). Hoje, eu volto e só tenho que dizer que gostei muito de estar aqui. É um site projetado de forma muito inteligente e simpática. Ganhou um fã!

    Obs.: Que balada, hein?

    Um abraço!!!

  2. Quando eu achava que a onda oitentista tinha dado uma trégua, surge o tal do Franz Ferdinand, com uma roupagem musical totalmente anos 80. Ainda “ameaçam” trazer Cure e New Order para o Brasil este ano. Essa nossa década esquisita está longe de ser esquecida. Pena que eu só curti pra valer o finzinho dela. Entre 1980 e 1987 eu era uma criança.

  3. Ah que delicia de noite…Uma coisa dessa não acontece quando eu to ai ne? 😛 É só pra tu me matar de inveja! 😛 hehehehe

    Ei, bom fim de semana!
    Beijoooos

  4. Booo!
    André, obrigado por ter-se mantido em “off” sobre o meu blog hahaha é a segunda vez q sabias e nao falastes nada, valeu! E valeu pela atenção ao dirigir-se até ele.

    Putz, eu vi flashes pela TV sobre o evento dos “anos 80”. Acho q poderiam ter recrutado mais gente, mas enfim, deve ter sido “sensacional”! hohohoho

    No domingo, Nikki e eu vimos o Leo Jaime no cine do shop Bristol. Antes disso, o tinha visto no programa do Paulo henrique Amorim, este sim foi horrendo, brincaram de “peça a musica” e as reporteres juntamente com Paulo henrique e ana hickmann, definhavam os classicos dos anos 80 em performances nada… agradáveis hohoho

    []s
    luz e força

  5. Apesar de ter nascido em 1986, hoje em dia eu curto muito toda essa onda da “volta dos anos 80″… As músicas, as brincadeiras, apesar de não ter vivido isso na época… Talves eu até gostaria de ter nascido um pouco antes pra curtir essa época… Fico imaginando o que será relembrado daqui a alguns anos, ou se existirá um dia, “a volta dos anos 90”, Será ?

  6. Puts… Como eu fui perder essa? Passei o sábado a noite em casa, sem nada para fazer por não saber dessa festa!

    Claro que sou mais um adorador dos anos 80. Justamente por isso, acabei dando de cara com o Garotas que Dizem Ni onde elas resgatam muito dessa época, além é claro de falar dos dias atuais. Consequentemente, por isso tbm passei a ir sempre ao Darta Jones, uma casa localizada na Rua dos Pinheiros onde sempre rola o melhor dos Anos 80. Por lá acabei até virando fotógrafo oficial, hehehe.

    Agora, será q essa do DirecTV vai se repetir?

    T+

  7. Nossa, muita repercussão no post dos carros! Mas eu sabia que estava mexendo num vespeiro, só lamento que tenhas tomado alguns xingamentos em péssimo português de tabela…

  8. Rapaz, que showzaço hein? Incrível essa reunião toda numa noite só. Eu imagino a galera cantando ‘meu erro’ sem banda, só no gogó, deve ter sido de arrepiar. Viajei no post.

    PS: Precisa me chamar de Prof. não!! Só o nome mesmo tá bom. Axé babá,

  9. Num sábado antes do dia do show eles todos foram ao programa do Groisman, eu também fiquei babando nas backing vocals do mesquita…. fenomenais.
    Imagino que o 50tão saiu barato, pois uma balada dessa deve ser muito loka!
    Abração

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