A mensagem mais horrorosa que já vi na minha vida

Não sei de quem foi a idéia, nem qual foi o primeiro cururu a enviar esse texto por e-mail. O fato é que eu não consigo segurar minha indignação toda vez que reencontro com ele. Leia até o fim e depois diga se não tenho razão.

O menino, cego de nascença, ia fazer 10 anos. Faltavam poucos dias e, à tarde, o pai do menino chega para ele e diz:

– Meu filho, mandei vir dos Estados Unidos um colírio que vai curar a sua cegueira. É um remédio maravilhoso, milagroso. Só uma gotinha em cada olho e você vai poder enxergar!

O menino ficou todo feliz e disse:
– Que bom, pai. Agora eu vou poder saber como é você, como é a mamãe, meus amigos, o azul, o feio, as meninas, as flores, tudo! Que dia o remédio chega?

– Eu te aviso. – disse o pai.

E todo dia o pai chegava do trabalho e o menino corria pra ele, aflito, batendo nos moveis, gritando:

– Chegou, papai? Chegou?

No dia 28 de março, o pai chegou em casa, aproximou- se do filho e balançou um vidrinho no ouvido dele e perguntou:

– Sabe o que é isto, filhinho?

– Sei, sei! – gritou o menino. É o colirio! É o colirio!

– Exatamente, meu filho. É o colirio.

– Que bom! – disse o menino. Agora eu vou pode ver as coisas, saber se eu pareço com você, saber a cor dos olhos da mamãe,usar meus lápis de cores, ver os pássaros, o céu, as borboletas. Vamos, papai, pinga logo este colirio nos meus olhos!

– Não. Hoje, não – disse o pai. – Mandei chamar seus avós, todos os nossos parentes; eles chegam no dia de seu aniversário, quero pingar o colirio com todo mundo aqui em sua volta…

E o menino disse meio conformado:

– É. O senhor tem razão. Quem já esperou 10 anos, espera mais uns dias. Vai ser bom. Ai eu vou poder ficar conhecendo todos os meus parentes de uma vez!

E foi dormir, mas não conseguiu. Passou a noite toda rolando na cama, pra lá, pra cá.

Quando foi no dia seguinte,dia 29 de março, cedinho, ele acordou o pai.

– Papai, pinga num olho só. Num olho só. Eu fico com ele fechado até a vovó chegar, juro!

O pai disse:

– Não. Aprenda a esperar!

– Mas, papai, eu quero ver a vida, papai. Eu quero ver as coisas.

– Tudo tem a sua hora, meu filho. No dia do seu aniversário você verá.

O menino ceguinho passou sem dormir o dia 29, o dia 30 e o dia 31. Quando foi ali pelas dez horas da noite ele chegou pro pai e disse:

– Papai, só faltam duas horas para o meu aniversário. Pinga agora, papai!!!

O pai pediu que ele esperasse a hora certa. Assim que o relógio terminasse de bater as doze badaladas, ele pingaria o colírio nos olhos do menino. E o menino esperou. À meia- noite, toda a família do garoto se reuniu no centro da sala e aguardou o final das doze badaladas.

O menino ouviu uma por uma, sofrendo. Bateram as dez, as onze e as doze!

– Agora, papai. Agora! O colírio!!!

O pai pegou o vidrinho, pingou uma gota num olho.

Outra no outro.

– Posso abrir os olhos papai?

– Ainda Não! – disse o pai. – Tem que esperar um minuto certo, senão estraga tudo.

Vamos lá: 60… 59… 58… 57…

E foi contando: 34… 33… 32…

E o menino de cabecinha erguida esperando: 26… 25… 24…

E toda a família em volta esperando! 10… 9… 8…

7… 6… 5…

4…

3…2…1…e JÁ!

O menino abriu os olhos e exclamou:

– Ué, mas eu não estou enxergando nada…

E a família toda grita:

PRIMEIRO DE ABRIL!!!

(Para você não perder a viagem, uma notícia relevante sobre o 1º de abril.)

André Marmota acredita em um futuro com blogs atualizados, livros impressos, videolocadoras, amores sinceros, entre outros anacronismos. Quer saber mais?

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Comentários em blogs: ainda existem? (6)

  1. Humor negro de vez em qdo ainda pode ser compreensível. Vi esse e-mail tem um tempo e tive a msm reação…achei um absurdo e uma coisa completamente sem graça.
    Parece piada q a gnt tem q contar em festa de família. Se a família for toda retardada…pronto, humor negro p/ vcs.

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