Resende (RJ) – Recentemente, a Bandnews FM fez uma reportagem especial sobre a Régis Bittencourt, rodovia que liga São Paulo a Curitiba, certamente uma das mais importantes do Brasil. Apesar disso, a estrada que leva o nome de um grande engenheiro civil do DNER dificilmente encontra profissionais do gênero em sua manutenção. Meus pais, que passaram por ela no começo do ano (e registraram a perfeita combinação entre asfalto e crucifixo acima) avisou: “filho, não pegue essa estrada tão cedo”.
Por muito tempo, aguardava ansioso pelo reencontro com esta rodovia, sempre aos finais de ano. Todos os perigos ocultos nas curvas da BR 116 já saltavam aos meus olhos – não tanto quanto os dos heróicos motoristas de ônibus ou caminhoneiros. O fato é que não há como atravessar seus 408km sem avistar ao menos um grave acidente na beira da estrada. Mesmo fora da Serra do Cafezal, medonho trecho entre Juquitiba e Miracatu, onde a pista simples convive com valetas, crateras e outros obstáculos.
Minha última passagem pela Régis foi na primeira semana de dezembro, sacolejando num ônibus Cometa. Mal abri a cortina da janela durante seis horas de cochilo na ida e na volta: melhor assim, é bom nem pensar em queda de barreiras, cabeceira de ponte caída, trânsito lento por conta de acidentes ou excesso de caminhões pesados… Enquanto a concessão da estrada para o Grupo OHL não virar, com direito a seis praças de pedágio e pista duplicada e conservada até 2012, fica a pergunta óbvia: só isso vai resolver?
Não sabia que o trecho horroroso chamava Serra do Cafezal, mas tenho pavor de Miracatu de tantas vezes que já fiquei parada lá. Da ultima vez, quando fui para o Natal, ficamos parados e eu liguei o notebook e escrevi um texto inteiro enquanto esperava a fila andar!
O problema é que o poder público se acomoda, né? Para que gastar dinheiro melhorando as estradas? É muito mais barato (para o bolso deles) privatizá-la!
Em fins de novembro do ano passado, peguei a Rodovia da Morte, em viagem que fiz a Curitiba. Impressionante o tamanho do descaso.
Crateras foram um monte pelo caminho, mas felizmente, o Civic daqui de casa mostrou-se mais indestrutível que o Dodge Monaco dos Irmãos Cara-de-pau. Tudo bem que consegui desviar da maioria delas, mas houve umas que peguei que eram beeeem fundas. Porém, incrivelmente, nem o alinhamento das rodas ficou prejudicado.
Sobre o tal trecho da Serra do Cafezal, houve uma hora em que o trânsito no sentido Curitiba parou. Dava para descer do carro e ir andando até adiante. Ficamos parados uns 20 min. O motivo: uma carreta Scania-Vabis tinha tombado, não me pergunte como, pois apontava no sentido de que ia subir a serra, situação em que caminhões andam em velocidade tão baixa que só mesmo estando muito louco para cometer um acidente. Também vi um acidente na volta, mas desta vez com veículo que ia no sentido de Curitiba mesmo, o que dá para explicar, uma vez que vai com a gravidade a seu favor.
Impressiona o tamanho do descaso nessa rodovia quando vemos trechos em que as defensas das pontes há muito estão caídas (e isso mesmo em trechos de curva) ou mesmo trechos da rodovia em que se olharmos para o asfalto, vemos uma brecha suficientemente larga a ponto de permitir ver o precipício sobre o qual foi construída determinada ponte.
Méritos para a ação da Polícia Rodoviária Federal, que consegue trabalhar muito bem, apesar do esculacho. Uma hora, fomos parados, mas era só para ver se os documentos estavam em ordem, por um guarda muito educado e que também nos avisou que o trecho adiante, já bem perto da divisa com o Paraná, era uma buraqueira só. Também foi muito bem feita a ação de desvio em um trecho em que tombara uma carreta carregando hidrogênio (lembrem-se do incêndio do Hindemburg, ainda que no caso da carreta, o primeiro da tabela periódica estivesse sendo transportado em recipiente bastante seguro).
A parte do Paraná achei que está em melhor estado que o trecho paulista. Andei lendo que um dos problemas para a concessão da rodovia foi justamente a resistência do senhor José Serra. Se não era tentativa de querer posar de coitadinho em eventual eleição presidencial de 2010, dizendo que o governo federal não conserva a Régis, então a Cicciolina é virgem.
Na volta, já perto de São Paulo, outro problema que notei: a péssima drenagem da rodovia (combinada com os muitos buracos que há no trecho de Embu-Guaçu). Foram alguns bons minutos de terror, até chegar o Rodoanel e passar direto para a Raposo Tavares, de maneira a pegar mais trecho de rodovia até um ponto mais próximo ao centro da cidade).
Mas realmente, não quero repetir essa viagem tão cedo. Ainda que queira um dia ir a Florianópolis, fá-lo-ia por outras rotas para evitar a Régis. Não que a Raposo Tavares esteja grandes coisas, pois também a conheço.
Achava que essa é que era a BR-3. Viajei nela em 1979, era do Geisel, quando decidiu fechar os postos de abastecimento nos fins de semana( e assim nunca cheguei ao RS). Já era perigosíssima, com o nunca-cessar de caminhões indo abastecer o Leste-maravilha e os que voltavam vazios. A bruma, os cortes, as lombeiras, nunca tive tanto medo em uma estrada em toda minha vida, mesmo sendo useira e vezeira da Rio-Bahia. Então, continua igual.
Realmente as estradas brasileiras não são lá grande coisa, mas, na minha opinião, o mais aterrorizante são os próprios motoristas. É inacreditável a quantidade de imprudências que se vê por aí. Como diz o povo lá em Minas, um dos lugares mais perigosos, de onde acabei de chegar e no qual vi alguns quase seríssimos acidentes e outros menos graves que se concretizaram: “Esse povo num tem juízo não”.
No sabado,eu, meu namorado e minha irmã fomos a Praia Grande e como teríamos que buscar familiares em Tapiraí, resolvemos ir atè Peruíbe e subir por Juquiá. Que horror! Meu deus… conheciamos a estrada pela fama de perigosa, mas não imaginávamos que era assim. São kms de pista sem acostamento, com curvas acentuadíssimas, de buracos, trechos que desmoronaram. Enfim..gastamos 3 horas em alguns kilometros de muito medo…com direito a ver atropelamento com morte e caminhão tombado!!!!
Pelo que estou sabendo, com pás e picaretas, os buracos já estão sendo tapados. Alguns caminhoneiros que chegam todos os dias aqui em Caxias do Sul – RS deizem que os buracos começaram a ser tapados, “não há tantas panelas” – diz um deles.O serviço é lento, mas já resolve alguma coisa. No ano passado cai com o carro num buraco e amassei a roda, mas ainda bem que foi só isso, pois pelo tamanho do buraco poderia ter acontecido um acidente grave. Prefiro pagar pedágio e viajar tranquilo.
No primeiro dia do ano de 2009. estava conduzindo meu veículo siena 2008 novo, no KM 385 um cacchorro entrou na pista derepente, e não consegui desviar, pois ao meu lado na pista da esquerda tinha uma moto cb 500 com m casal, não tive escolha, reduzi a velociadade e atropelei o cachorro, o impacto foi tão grande que estourou o radiador, para-choque,capô,ar condicionado e farol, graças a Deus nada grave aconteceu, mas poderia ter sido pior.E agora quem vai arcar com meu prejuïzo?
A concessionária, ou eu mesmo>>>>>>>>
Acabo de voltar de Florianópolis para o RJ, e sem duvidas, o trecho mais preocuante dos mais de 1100 km que percorri foram os mais de 200 km da BR116, em São Paulo. A Régis Bitencourt já foi mais perigosa, hoje quase toda a extensão dos 408 Km entre SP e Curitiba é duplicada e com asfalto de regular a bom. O pior trecho, onde se encontram mais buracos é logo nos primeiros kms da rodovia, em SP, próximos a Serra do Cafezal, onde seu trecho de 34Km é feito em mão dupla (pista simples com tráfego em sentido contrário), onde toda a atenção é pouca, devido as curvas fechadas, buracos e alto transito de carretas e caminhões, além de quase sempre haver neblina na madrugada e começo da manhã. Bom, não recomendo a viagem na Regis de carro. Caso queira ir ao Sul, se possível vá de ônibus. E fique atento, pois além de todos os perigos descritos, há ainda tentativas de assalto a beira da estrada, principalmente próximo a divisa entre SP/PR. O Onibus que estava, com destino a Florianópolis, teve uma vidraça quebrada devido a uma pedra lançada do acostamento na tentativa de pararem o onibus, e justamente onde eu e minha esposa viajávamos, cortando nossos rostos com os vidros estilhaçados e causando grande susto em todos. Se possível, viaje durante o dia e, caso tenha que ir a noite, prefira o ônibus.
Viajo por essa estrada cerca de trinta anos. Já vi tantos acidentes que perdi a conta, especialmente no km 357 da Serra do Cafesal.Ainda hoje parece que ocorreu um afundamento na pista nas proximidades de Juquitiba. Felizmente nunca aconteceu nada comigo, nem com minha família. Espero continuar viajando com meu anjo da guarda bem atento.
São Paulo, 18/02/2009, às 20,30 hs.
Bem, aos olhos de muitas pessoas a Rodovia Régis Bittencourt parece ser um bicho de 7 cabeças de se atravessar. Por várias vezes viajei à Curitiba e o melhor: de WV Fusca! Não há prazer maior do que dirigir meu fusquinha nesta rodovia! É culpa dos imprudentes tantos acidentes! A Qualidade do asfalto e a segurança da Rodovia é sim de se questionar mas não é simplesmente apenas culpa da Rodovia tantos acidentes! Caminhoneiro pega no volante com sono muitas vezes…e barberagens afins!
Finalmente vao duplicar a Serra do Cafezal, apenas metade, mas já é um começo!!!
Porraaaaaa…acabei de desistir de uma viagem p/ o Beto Carrero com meus filhos de carro por causa dessas reportagens..será que está mudadda? Senão vou para Caldas Novas…
como podem uns engenheiros fazerem uns retornos tão nojentos como esses entre S;Lourenço e Juquitiba-o mot. retorna e entra na pista contrária pela esquerda na pista de alta velocidade.Muitas laterais não tem proteção alguma, se estourar um pneu vai cair no precipicio em cima de muita casas!não acredito que não houve um engenheiro sequer pra perceber tais perigos.que tipos de engenheiros são estes e os diretores?
Eulavio Pereira Paccas