É claro que a vida é boa
E a alegria, a única indizível emoção
É claro que te acho linda
Em ti bendigo o amor das coisas simples
É claro que te amo
E tenho tudo para ser felizMas acontece que eu sou triste…
Sempre vi na palavra “dialética” um bálsamo para o que nos aflige. Você me fala o que sente, eu digo o que penso, nós confrontamos tudo, compartilhamos uma síntese e seguimos adiante um pouco melhores, com algo mais para ser feliz.
Mas o diálogo rareou, a insegurança se instalou e tristeza cresceu. Como em Vinícius de Moraes, que devia ter lá suas razões para viver à procura do inatingível. Aprendi que dialética é o ingrediente que torna qualquer relação possível.
Enfim, enquanto estiver quitado, o endereço que atendia até esses dias permanecerá com o epitáfio mais feliz que pude arranjar enquanto encaixotava mais uma mudança.
Antes de voltar para a casa antiga, fui dar uma volta pela rua. Fiquei encantado com o que o Evan Williams, aquele cara que pensou em coisas bacanas como o Twitter, fez com o Medium, um excelente lugar para se escrever. Na mesma linha, outro cara – de nome John O’Nolan – pensou em um sistema onde o texto voltasse a ser a coisa mais importante de um blog. Assim, fez uma vaquinha e construiu o Ghost.
É com esse espírito, mas sem perder aquela cara vintage desta década, que este blog volta às suas origens depois de perambular atrás de alguns sonhos. Reaponte seus bookmarks para 2007 e seja bem vindo de volta.
Mudanças… doloridas e necessárias, mas o q dói é o desconhecido. O “inatingível” de Vinícius está no desconhecido. Mas como tatear só o que se conhece e ser feliz?