A seguir, cenas dos próximos capítulos

Minha babá sempre foi minha TV. O mesmo deve ter acontecido com outras crianças da minha idade – e que hoje são noveleiros declarados. Mesmo em uma época em que era capaz apenas de reconhecer logomarcas na telinha: “Olha, mãe: Água Viva!”. Também ficava curioso para entender, durante os créditos finais, o que diabos queria dizer a frase “esta é uma obra de ficção, qualquer semelhança com fatos e personagens é mera coincidência”. Hein?

Ainda na infância, achava graça do Nonô Corrêa, com a cantina La Tavola de Michele, com uma turma perdida numa ilha deserta, com o costureiro que minha mãe chamava de “Mário Fofoca”… Era apaixonado pelas aberturas. Assim como amigos, bem mais alucinados, que dezenas de anos antes do IMDB relacionavam o nome dos artistas aos personagens em cadernos de brochura.

O tempo me fez entender que a telenovela brasileira, que nasceu praticamente junto com a TV, é uma dessas instituições culturais arraigadas em nossa sociedade – assim como Carnaval e futebol, por exemplo. Atualmente, nossas interconexões via web consegue ajudar apaixonados a resgatar histórias passadas com a facilidade de um clique. Certamente deve ser o tempo ocupado por muitos telespectadores que deixam as grandes redes de cabelo em pé, graças às recorrentes quedas de audiência no horário nobre…

Mas enfim, sou um entusiasta da telenovela. A Luciana, que divide este blog comigo, idem. Tenho certeza, no entanto, que existe gente muito mais maluca pelo tema, todos dispostos a dividir suas experiências no sofá da sala e compartilhar essa paixão. É isso que o Próximos Capítulos propõe.

Não mude de canal durante o intervalo: a seguir, cenas dos próximos capítulos.

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