#BRA 3 X 0 #CHI (28/06) – Recupere seus palpites antes do Mundial e tente visualizar as oito seleções que restaram na competição. Acertou tudo? Mais da metade? Seja absolutamente sincero: dava para imaginar que o caminho brasileiro na segunda fase, excluindo a Holanda – certamente o chute mais certeiro na maioria dos bolões por aí – seria tão fácil?
Por um instante, após a primeira rodada, previa-se um confronto Brasil x Espanha logo nas oitavas. Antes, porém, via-se França e Inglaterra como virtuais primeiros colocados em seus grupos. Caso isso ocorresse, teríamos estes dois, e não Uruguai ou Gana, em nosso trajeto rumo à decisão. Mesmo sem a Fúria, que acabou em primeiro no grupo, poderíamos pegar uma Suíça e seu ferrolho intransponível.
Acabou vindo o freguês Chile. Enfim, até gosto do Marcelo Bielsa. Admiro mesmo sua inteligência, coragem e visão de jogo. Mas convenhamos: ele era o melhor em campo. Em nenhum momento senti que a seleção perderia. Três a zero, e como insistiu Galvão durante a transmissão, “cabia mais”.
Sobre nosso próximo adversário, vai ser um jogão. Não falta respeito a Kuyt, Van Persie, Robben e Sneijder – da mesma forma que fizemos diante de Bergkamp, os irmãos De Boer, Kluivert, Overmars e Seedorf nos anos 90 – não conto Cruyff, Neeskens e Rensenbrink, da derrota em 1974. Prefiro dizer que, em copas, nunca vi o Brasil perder para a Holanda. E é esse clima que me incomoda: quem passar desse confronto está, virtualmente, na decisão. Parece fácil demais… Tão fácil que até desconfio.
Pitacos das oitavas
#URU 2 X 1 #KOR (26/06) – Num relance, se não identificássemos direito o adversário da Celeste, poderíamos dizer, diante da chuvinha em Porto Elizabeth e da expressão tensa dos uruguaios, que o jogo era das eliminatórias sul-americanas. O lance que Diego Lugano enfia a cabeça na bola rente ao chão, quase perdendo-a graças ao chute de um coreano, representa tudo que os bicampeões possuem nesse verdadeiro renascimento para o futebol: muita raça. E em uma competição marcada por times fracos, algumas constatações ficam claras: eu bem que gostaria de ver o Luís Suarez como atacante do Inter.
#USA 1 X 2 #GHA (26/06) – Durou pouco a empolgação norte-americana – ao menos nesta Copa: insisto que não vai demorar para alguma seleção ianque chegar ainda mais longe num Mundial de futebol. Talvez se não tivessem tomado um gol logo nos primeiros minutos a história fosse outra. Enfim, os africanos, que não haviam mostrado nada de extraordinário na primeira fase, repetiram o placar do confronto entre as mesmas seleções na primeira fase de 2006. Com isso, um dos semifinalistas será uma representação histórica do passado… Ou do futuro, como já se tornou clichê definir os africanos.
#GER 4 X 1 #ENG (27/06) – Antes de qualquer comentário, devemos dizer que este foi, até agora, o jogo da Copa. Os ingleses tem total razão ao reclamar de um gol legal não dado pelo uruguaio Jorge Larrionda – que serviu para o mundo lembrar daquela bola que não entrou mas valeu, contra os mesmos alemães, na decisão de 1966. Podem até dizer que fatores extra-campo, envolvendo Capello, Terry, amante e afins, possam ter interferido no clima. Não importa: ainda assim, o english team não seria páreo para a consistência dos alemães.
#ARG 3 X 1 #MEX (27/06) – Outro resultado previsível, apesar da minha torcida por uma revanche mexicana. Eu sou mesmo um idiota: torcer para o México em uma Copa é como torcer pra Portugal, pra Espanha, pro Paraguai ou qualquer outra dessas seleções que “jogam como nunca, mas perdem como sempre”. Ah sim, teve o gol que o Tevez marcou impedido – este, somado ao da Inglaterra e a outras barbeiragens, serviu pra reacender um debate sobre uso da tecnologia no esporte, e só. Maradona já tirou o paletó, a camisa e a cinta: para deixar calça, meias e cueca no vestiário, vai ter que comer a grama pra passar pela Alemanha.
#NED 2 X 1 #SVK (28/06) – Na boa? Estavam todos trabalhando, adiantando o expediente para que todos pudessem passar o resto da tarde curtindo a vitória brasileira com churrasco e cerveja. Até porque, todos (inclusive os eslovacos) sabiam qual seleção se classificaria neste jogo. Pessoalmente, só imaginava que os holandeses poderiam ser mais incisivos no ataque: fizeram dois gols e administraram a vantagem, dando de lambuja o quarto gol para o artilheiro Vittek. Mais algo a acrescentar?
#JAP 0 (3) X 0 (5) #PAR (29/06) – O clássico entre o original e o pirata foi outro que preferi simplesmente ignorar. Parece que fiz bem: ambos tiveram medo de se classificar, de se arriscar. Foram tão cautelosos que a classificação acabou se definindo graças a um erro de Komano. Enfim, restam duas observações: tal configuração permite uma hipotética semifinal de Copa América; e o Honda, mesmo eliminado, formaria uma boa dupla de ataque com o Suarez no Inter.
#POR 0 X 1 #ESP Também respeito o histórico de Carlos Queiroz, mas fiquei surpreso negativamente com o que ele conseguiu fazer com a seleção portuguesa nesta Copa: sete gols na Coréia do Norte e um favor a nós, tirando Felipe Melo do time. Fora isso, deve ter realmente acreditado em Cristiano Ronaldo, a maior nulidade entre os candidatos a craque deste Mundial. A Espanha, quem diria, está salvando os bolões de muita gente. E provavelmente consiga passar pelo Paraguai, mas tenho certeza de que “La Roja” não vai me decepcionar, mesmo.
Sábado à noite a gente confirma se Brasil x Gana e Alemanha x Espanha farão mesmo as semifinais do Mundial da África do Sul. E o seu palpite, qual é?
No começo, arrisquei dizer que os meus favoritos seriam Espanha, Brasil, Itália, Argentina, Holanda e Inglaterra. Nunca coloco a Alemanha como favorita (por birra mesmo). Itália e Inglaterra furaram, mas o restante continuou vivinho na competição.
E agora o meu palpite? Ainda tenho dúvidas se o Brasil passará pela Holanda, mas gostaria de ver Brasil x Uruguai e Argentina x Espanha. Quanto mais latinos melhor. 🙂