Blogueiros velhos de guerra

Já parou para contar quantas vezes você encontrou algum texto, artigo, comentário… Alguma coisa relacionando a versatilidade dos blogs e a cobertura da guerra dos EUA contra o Iraque? Aqui mesmo já cheguei a citar alguma coisa rapidamente esses dias – pode contar essa vez também.

Enfim, o fato é que nunca se falou tanto a respeito dos blogs como agora. “São milhares. Dezenas de milhares? Impossível contar”, dispara logo de cara este artigo do Obsevatório da Imprensa, que traz uma definição bastante interessante: blogueiros fazem seu próprio jornal diário.

Isso mesmo, jornal. Quer mais? Que tal o título desta nota do Portal Terra – “Blogueiros assumem a cobertura da guerra no Iraque”. Em uma análise bastante superficial, podemos concluir sem piscar que estamos diante de um novo e promissor tipo de jornalismo, certo?

Lá vamos nós de novo com a discussão de sempre. Começamos pela obviedade: graças a essa ferramenta dos sonhos, qualquer ser humano pode relatar fatos em alguns cliques e se transformar em repórter, redator, editor… Calma lá: existem alguns pré-requisitos para se transmitir uma informação, é preciso apurar, checar, levantar dados e organizá-los. Baseado nisso, dá para considerar um blogueiro jornalista, esteja ele na guerra ou não?

Existe ainda o outro lado da moeda: blogar está virando sinônimo de expressar-se via web, e em meio a dúvidas sobre qual seria a linguagem ideal para o meio online, aparecem estes sites pessoais, independentes das grandes redes de comunicação, conquistando espaço e novos visitantes a cada dia. Seria uma simples busca por descrições diferenciadas? Ou dá para viajar um pouco mais e concluir que nós nos aproximamos dos blogs por causa do seu formato pessoal e informal?

Ainda estamos longe de respostas, mas tenho certeza de que a cobertura blogueira da guerra vai ser fonte inesgotável de pesquisa sobre o futuro do jornalismo na Internet e a sua relação com o formato blog. Enquanto isso, vamos convivendo com a enxurrada de notícias vindas de todos os lados, onde fica difícil ter uma opinião clara sobre o que acontece – ainda não consegui formar uma opinião totalmente contra ou a favor de Bush ou Saddam…

Falei demais, acho que ninguém vai querer comentar. Tudo bem, antes de encerrar, mais duas sugestões para acompanhar a guerra via blogs: o weblog do no mínimo e o warblogs.cc.

André Marmota acredita em um futuro com blogs atualizados, livros impressos, videolocadoras, amores sinceros, entre outros anacronismos. Quer saber mais?

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Comentários em blogs: ainda existem? (2)

  1. Ahhhhhh eu vou comentar sim!Ok, blog é muito prático e tal mas eu nunca iria por livre e espontânea vontade olhar um blog de jornalista que esteja acompanhando a guerra… Já existe tanta informação via TV, rádio, jornal, sites, blogs “normais” e “anormais”, vizinha fofoqueira e etc, todos falando sobre essa guerra. Eu não vejo a hora de que ela acabe! 🙂 Estou revoltada! Chega dessa guerra!Bjocassssssssss

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