Com exceção do “Troféu Imprensa”, apresentado por Sílvio Santos desde os anos 70, e “A Praça É Nossa”, que desde sua estréia no canal paulista em 1987 jamais saiu do ar (e, se contarmos “A Praça da Alegria” e seus genéricos, são mais de 40 anos praticamente sem modificações), vez ou outra o SBT resgata alguma idéia bem sucedida no passado e reapresenta com nova roupagem.
O último da lista é o “Fantasia” e seus joguinhos comandados por belas moças. Lembrado no final dos anos 90 graças ao “i de escola e e de isqueiro” da Carla Perez e repaginado com Helen Ganzarolli e um mané cujo nome não me recordo. Outros exemplos ao estilo auditório é o “Qual é a Música” (sem o Pablo, mas com o Maestro Zezinho), “Viva a Noite” (que nasceu com o Gugu e reapareceu com a Gil) e “Roletrando” – que de tanto insistirem no cacófato engraçadolho “rolo entrando”, virou “Roda a Roda” em seu relançamento. Tenho certeza de que você também tem algum exemplo na memória.
Enfim. A mais nova “revolta” do SBT (isto é, uma nova volta) é o Aqui Agora. Curiosamente, em nenhuma das chamadas de apresentação, o telespectador foi avisado de que “o jornal vibrante, que mostrava a vida como ela era em 1991, reaparece com as novidades de sempre”. Um dos apresentadores, o Luiz Fernando Bacci (colega de trabalho nos tempos de Rádio Metropolitana de Mogi) era um comunicador precoce quando a veterana Christina Rocha dividia a bancada do Aqui Agora com Ivo Morganti (até esses dias na Rádio Tupi) e Sérgio Ewerton (vi pela última vez no canal Bandnews).
As outras novidades surgem com a excelente Joyce Ribeiro (que chegou a substituir Ana Paula Padrão em suas férias), o descolado Antonio Guerreiro (que até esses dias ainda usava o número de patrimônio da Gazeta), além dos universitários discutindo temas pertinentes na platéia (a estréia foi com alunos de jornalismo da Cásper). As outras caras vieram do velho Aqui Agora: o autêntico Herbert de Souza, a emocionante Magdalena Bonfiglioli, o rodado Carlos Cavalcanti e Felizberto Duarte (o “Feliz”, e piriri e pororó!) talvez sejam os maiores exemplos.
Quem também reapareceu foi Celso Russomanno, estando bom para ambas as partes. Aliás, foi sua luta a favor do consumidor nas telas da TV que garantiu a ele seus quatro mandatos como deputado federal. Ao lado dele, João Leite Netto (que se queimou ao se candidatar ao senado, mas quem sabe um dia) e Luiz Ceará (porque pra ser popular, precisa ter futebol). Não pude assistir ainda, mas quem viu garante que a nova versão é bem mais suave que sua antecessora – exatamente como quer o dono do SBT, que não quer comparações com os “filhotes” que pipocaram nos outros canais.
Eu tenho absoluta convicção disso, a julgar pelo timaço de outrora. A começar por Gil Gomes, que levou para a TV seu vozeirão inesquecível e suas histórias cabeludas de rádio. Tinha ainda Wagner Montes, futuro prefeito do Rio de Janeiro, com reportagens ao velho estilo “o povo na TV”. E o saudoso Jacinto Figueira Júnior, o Homem do Sapato Branco, e seus personagens bizarros da vida real? Outro falecido, Luiz Lopes Correa, sua gravatinha borboleta e o bordão impagável “here now!” anunciavam algumas notas internacionais ou mesmo as manchetes escandalosas nos intervalos.
E os colunistas? De mulher para mulher? A voz doce e aveludada de Cynira Arruda! Fofoquinhas e dignidade já? Leão Lobo! Para falar em política? Doutor Meu Nome É Enéas! Economia? Adilson “Enquanto Isso o Povo Só #POW!#” Maguila! Quer algo mais sensacional que abrir o microfone para um pugilista de smoking? Plano-sequência. Esse é o nome técnico da popular “câmera nervosa”, aquela cujo cinegrafista em momento algum para de gravar – enquanto o repórter, alucinado, tenta descrever o que se passa no “campo de batalha”, em meio a acidentes, assassinatos e outras incursões policiais.
O exagero na dosagem de sensacionalismo nesse “mundo cão sem pedigree” contribuiu para o desgaste desse programa que inspirou ratinhos, leões, datenas e tantas outras cidades alertas. O começo do fim veio com um suicídio ao vivo: diz a lenda que a moça, recepcionista de 16 anos, só se jogou do sétimo andar do prédio quando viu a equipe de reportagem do Aqui Agora se aproximar. Foram 33 pontos de ibope, mais 700 salários mínimos de indenização pagos aos pais da jovem.
Na reta final do programa, entre 96 e 97, Sílvio Santos fez o de sempre para tentar salvar a audiência do jornal. Mudou de horário (nos tempos áureos, era exibido no mesmo horário do Jornal Nacional; passou para a uma da tarde e voltou para o horário vespertino). Mudou de apresentador (até Leila Cordeiro e Eliakim Araújo assumiram o jornal antes da presença de Ney Gonçalves Dias, o último âncora até então).
Para quem teve a chance de assistir ao bom e velho jornal popular do SBT, essa nova “repaginada” bem que poderia significar algo como “o retorno de um grande sucesso, que tem tudo para ser ainda maior” Mas do jeito que o “homem do baú” adora experimentar novos horários e programas jornalísticos, o novo Aqui Agora pode, no máximo, tentar existir mais tempo que Ana Paula Padrão no SBT Brasil.
E da próxima vez que Sílvio Santos inventar de resgatar alguma fórmula antiga, bem que ele poderia lembrar do Coqueteta, não? Tutti frutti, tutti frutti… Tuuuutti fruuuutti!
Volta pro futebol. Mesmo que seja Palmeiras. Silvio Santos? Sou snob sim.
Ai, não aguento Fantasia… nem Aqui e Agora!
Pelamordedeus!!!
Até gosto de pensar que o SBT está investindo em fórmulas que fizeram sucesso nos (questionáveis) anos 90. Eu passei minha infância assistindo Aqui Agora!
Mas, pessoalmente, não acho que o programa irá muito longe – como tantos que o Patrão reinventou. Mantém-se a carcaça, muda-se a “essência” e piora-se tudo. Sinceramente, falta novidade no que é ruim!
Tutti Frutti… isso é que é…
Faltou contar quem é a comentarista de economia atual: Sophia Camargo. Foi uma ótima contratação porque ela entende muito (já trabalhou com Celso Ming e PH Amorim) e consegue transmitir de uma forma fácil um assunto sempre complexo.
ate que foi uma otima ideia do silvio santos voltar com oaqui agora porem falta alguma coisa no caso do joao leite neto trazendo reportagem do rio de janeiro no largo sao francisco
e meio estranho faço votos que de certo pois gosto do SBT mas tem que enviar rportagens do rio de janeiro ao vivo tem que terum reporter em cada estado ou cidade o time e muito bom
so que falta mais agilidade e nao ficar chamando a cada 3 minutos
o carlos calvacnti a cristhina rocha
aparece muito pouco e ela e super bacana sao paulo 08/03/08
A única fase em que o SBT foi uma emissora digna de ser assistida foi no final dos anos 80, com Jô Soares e Bóris Casoy (na época, respeitáveis; hoje, dois chatos). A guinada popularesca em 1991 foi uma resposta ao crescimento das novelas da TV Manchete no Ibope. A re-guinada popularesca em 1997 foi uma resposta à ascensão de Ratinho na Record.
Eu fui muito ingênuo em pensar que com a contratação de Ana Paula Padrão, ano retrasado, o SBT voltaria a apostar na qualificação de sua audiência. O SBT hoje está tão ou mais brega que nos anos 80 e 90. E, felizmente, cada vez com menos audiência.
gil gomes é gênio!
Po tuti-fruti era bom eu lembro soh a luciana q lembrou disso ai?
Era a unica pornografia q eu via quando tinha uns 7 anos ou menos lembro q parecia com o fantasia soh q as meninas ficavam tirando as partes de cima do bikini e o convidado se errar a rewsposta tirava uma peça de roupa uahueheuaehaue lembro q no final do programa se o cara tava soh de cueca e ele errava a luz acabava aeuheueheuhe no studio. alguem se lembra?