Há muito tempo não ia a um estádio para assistir a um jogo de futebol fora da tribuna de imprensa, na condição de torcedor. Até porque, não é sempre que a tabela permite que o meu time – o Internacional – venha para São Paulo no meu final de semana de folga.
Mas neste domingo as condições eram totalmente favoráveis. O Inter, vice-líder do Campeonato Brasileiro, faria um jogo-chave diante do Santos, atual campeão nacional e embalado pela boa fase na Libertadores. Dois grandes times num clássico na lendária Vila Belmiro. Programa imperdível: tratei de convocar meu pai e meu irmão para descer a serra comigo.
Deixamos o carro ao lado do estádio da Portuguesa Santista, para fugir dos flanelinhas. Caminhamos discretamente pela Avenida Princesa Isabel, já tomada por alvinegros praianos, em direção ao portão 21: a arquibancada da torcida visitante. Ali já deu para identificar alguns colorados, pelo sotaque. Outras novidades oriundas do “estaputo”: regulamento afixado nas paredes, voluntários orientando os visitantes, ouvidoria da CBF e o mais legal: a catraca não engoliu o meu ingresso!
Nas arquibancadas, a gauchada começou a tirar o sagrado manto das bolsas e vestir. Até o início do jogo, às seis da tarde, pouco mais de cem colorados e alguns simpatizantes participaram da festa. Desde o rapaz que levou o amigo e o filho pequeno até casal de namorados. Antes da partida, vibração com o resultado do jogo em Porto Alegre: o São Paulo vencia o Grêmio – para quem não está habituado a ver o Inter vencendo, esta já é uma grande alegria.
A fanática torcida santista já fazia o seu barulho quando a equipe de Muricy Ramalho entrou em campo. Minutos depois, a vez dos Meninos da Vila, como de praxe: ao lado da molecada e ao som do hino oficial do clube – aquele que começa ao som de uma flautinha. Começa o jogo. Inter no ataque, todos em pé. Afasta a zaga santista, senta todo mundo.
O senta-levanta foi intenso no primeiro tempo: o time da casa ainda parecia cansado da viagem que fez ao México. Melhor para o Inter, que chegou com perigo inúmeras vezes. Foram três ou quatro escanteios, uma bola na trave, outra bela defesa do Júlio Sérgio… Entre outros deslizes da molecada nas finalizações. Era para o Inter ter feito uns três, quatro gols. Ao menos fizemos um: Edu Silva, pouco antes do intervalo, após bela jogada do ataque colorado.
Festa para a gauchada, que provocou a ira de alguns santistas mais exaltados. Enquanto o jogo não reinciava, ouvia-se de um lado o criativo “gaúcho viado”. Do outro, um mais empolgado narrava o gol do Inter em voz alta. Um tiozinho, barba branca, careca e absolutamente chapado, fazia gestos obcenos. Outro grupinho gritava “lacraia”, referindo-se ao Robinho, que está em nítida má fase. No placar eletrônico, outro motivo de festa: o Cruzeiro, líder do Brasileiro, estava perdendo. Tudo dava certo!

Até o momento em que o pé-frio aqui resolveu parar para pensar. O Santos está jogando em casa, prestes a fazer um jogo decisivo pela Libertadores. Não vai deixar o Inter estragar tudo. Até porque, o técnico Leão não é do tipo que fica acomodado esperando as coisas acontecerem. O segundo tempo prometia.
De fato, prometeu. Uma pedra. Fabiano, genro do Luxa e ex-artilheiro do Inter, entrou em campo e fez a diferença, participando dos dois gols da vitória santista por 2 a 1 – fez um e deu o passe para William marcar o outro. Impaciente, a torcida pegava no pé do Muricy, do Júnior e do Diego – que ainda chutou uma bola na trave, que poderia dar o empate ao Colorado. aos 44 minutos, resolvemos sair dali e nos misturar logo com os caiçaras, para não dar na vista.
Meu time deu uma de Meligeni: jogou muito, mas perdeu. Ao menos estava na companhia do meu pai e do meu irmão, que não conheciam Santos, e se divertiram muito!
Quer saber mais sobre o jogo de ontem? Clique aqui e veja o que o Jorge escreveu.
Fazer o que né… não é sempre que se ganha. Materei os dedos cruzados para os próximos jogos… quem sabe…Bjs!
rspuxa!!!!!!!pelo menos valeu a diversão, vai?!
Pelo menos foi tomar uma breja com o velho motão e o motinha na beira da praia?
Putz, o Narazaki me disse que vc foi assistir ao jogo. Fiquei na torcida, mas nem deu. 🙁 E uma coisa, a sua fotinha desse post ficou muito cute.Beijos,Nikki
Bah, o Vasco nunca vai vir pra Recife. E se continuar essa merda que está, nem se viesse.
Puxa, até que enfim! Fazia tempo que não via uma vitória do Santos na Vila.Pior foi eu, que em companhia da São Paulina Raquel, fomos à Vila assistir o clássico Santos x São Paulo. E não é que o São Paulo ganhou por 2×1? Saí de lá com cara de choro, enquanto a namorada dava seus gritinhos – sarcásticos, eu diria.
Oi, Marmota!Voltei de viagem! Adivinha onde fui? Fui, entre outras coisas, conhecer o Beira Rio!Juro! Enquanto você estava no jogo em Santos, eu estava no estádio vazio ali por Porto Alegre!beijinhos
Como diria aquele nosso amigo locutor: “Que faaaaaase!”