Sobre jornalismo, educação, animais e afins

Fim de semana de folga providencial para descansar, passear, visitar os amigos virtuais e colocar a caixa postal em dia. Comecemos com um e-mail simpático e-mail da Cris Weiler:

Oi, tudo bom? Meu nome é Cristina, estudo na Famecos (PUCRS) e estou no primeiro semestre de publicidade e propaganda. Eu preciso fazer uma entrevista com um jornalista, com as seguintes perguntas: o que é jornalismo? Vale a pena ser jornalista? Qual a área que tu mais gosta do jornalismo? São perguntas bem rápidas... Obrigado!

Cris, pode não parecer, mas não são perguntas tão fáceis assim. A começar por um detalhe fundamental: estou longe de ser um jornalista de verdade. Daqueles que não saem da rua, estão ligados em tudo que acontecem, não se intimidam ao abordar uma fonte, brigam para fazer valer a voz da sociedade trazendo apenas informações relevantes e capazes de auxiliar na formação de cidadãos conscientes… Mais do que isso, ainda estou um pouco distante daqueles que, mesmo sem fazer nada disso, entram direitinho no “jogo da mídia” e fazem acontecer. A própria definição de “jornalismo”, ao meu ver, mudou um pouco: jornalismo é escolher quais são as cento e poucas notícias que vamos divulgar hoje e quais as mais importantes, de acordo com critérios comerciais e políticos. Se vale a pena? Não sei ainda. Talvez consiga responder daqui alguns vinte, trinta anos – isso se eu aguentar até lá. Só o que posso dizer é que dificilmente vou entrar no tal “jogo” e aparecer. A última pergunta é simples, e vale como uma sugestão para qualquer mortal que esteja ligado a área: mesmo ganhando pouco, faça rádio.

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Prosseguimos com essa análise eleitoral paulistana, feita pela Adriana Reis.

Meus colegas jornalistas talvez me repudiem por dizer isso, mas alguém consegue imaginar uam campanha eleitoral sem a presença de Paulo Maluf? Quem mais, além de Maluf, incorpora a figura do mal? Que outro candidato desperta tantas paixões, para o bem ou para o mal? Quem, senão Maluf, divide eleitores, provoca discussões, causa raiva. Há os que são contra e os que são a favor dele. Nunca o meio termo. Que outro político, quando questionado sobre suas irregularidades, mantém a expressão indignada de ofendido, mesmo diante de tantas evidências que o condenam? Quem mais poderia chamar o adversário, no meio de um debate político televisionado, de picolé de chuchu? Genial! Ponto pra ele! Que outro candidato teria tanta cara-de-pau a ponto de dizer: "Votem nele. E se ele não for um bom prefeito, nunca mais votem em mim", e quatro anos após um desastroso mandato de seu sucessor, ele volta, com pinta de arrependido, pedindo voto outra vez!? Maluf é a encarnação do mal, é exageradamente temperado, num mundo em que os políticos são cada vez mais sem sabor. Na presença dele, sabemos quem combater. Sabemos CONTRA quem brigar e para que político devemos fazer campanha para NÃO eleger. Saudações ao nosso inimigo declarado. Vida longa a Maluf!

Como estamos num país democrático, onde podemos falar o que bem entendemos, posso dizer que discordo… Mas a campanha será divertida.

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Sempre achei que o domínio “marmota ponto org” poderia confundir algum incauto: alguém pode pensar que trata-se de uma ONG do tipo “preservem as marmotas”. Esse dia finalmente chegou, graças ao e-mail daHeloisa Facchini.

Prezados Senhores, Tive conhecimento de seu site pois encontra-se indicado no sobresites como um dos melhores do Brasil. Não sei se você tem afinidade com animais ou se interessa pela causa, mas tomo a liberdade de lhe convidar a conhecer meu site:www.testesemanimais.com, destinado a auxiliar os consumidores que são contra a realização de testes em animais a escolher produtos isentos de tal crueldade. Meu objetivo é linkar este site em sites importantes para maior divulgação da causa em defesa dos animais. Peço desculpas desde já se estou sendo inconveniente, caso não seja simpatizante da causa ou não concorde com minha iniciativa, por favor, ingore esta mensagem. Caso concorde em divulgar o site em sua página por favor me avise. Obrigada e que Deus lhe abençoe.

Heloísa, está divulgado. Boa sorte na sua empreitada!

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Por fim, uma “rápida editada” na longa (porém sensacional) mensagem da ilustre professora Maria Ceci Rêgo Martins. Sobre uma espécie de “sonho em comum”.

Fantástico o seu sonho de ser Professor, mas vou ser sincera, você não parece ter vocação para "professor", sorry! Você É um educador, André! E posso afirmar sem sombra de dúvida. Qual a diferença? Muitas! Professores existem muitos... Educadores é o que precisamos para o renascimento da nossa verdadeira linha educacional - a libertadora! Você é provocatico, instigador, incentivador, suas palavras motivam a busca, a curiosidade, interessam, despertam... Essas, umas das características do educador... E você, André, tem esse perfil, de um educador libertador... Daqui uns vinte anos espero ver essa melhoria concreta na educação brasileira. Estamos arando o terreno... Os educadores atuais, já em campo de batalha, jogam as primeiras sementes... Você já está plantando, e outros que também comungam nessa linha... E colherão um Brasil bem melhor... Um mundo bem melhor! Siga sonhando, e quando quiser compartilhá-lo com mais detalhes, estarei aqui a sua disposição.

Mais uma vez, muitíssimo obrigado pela honra da sua visita (a propósito, não deixem de visitá-la) e pelas palavras, não mereço a metade delas! Em tempo, Ceci, tenho uma novidade pra te contar. Vamos ver se vou saber diferenciar as coisas nessa primeira experiência.

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E o Alô Marmota volta a qualquer momento. Aguarrrdemmm!

André Marmota formou-se jornalismo e ainda estuda o tema na pós-graduação. Mas o que importa é ter saúde, não é mesmo? Quer saber mais?

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Comentários em blogs: ainda existem? (3)

  1. André, também penso assim, pra ser feliz, não entrar no jogo, fazer o que gosta, mesmo ganhando pouco. Acho que o tal do idealismo veio pra ficar pra sempre.

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