Confesso que o meu Carnaval não se resumiu apenas a 80% das horas consumidas pelo sono ou pela televisão, “a imagem da besta” como insistem alguns outdoors da capital paulista. Além de passar as madrugadas devorando dois livros sensacionais e matar saudades do cinema, também participei de um programa tipicamente paulistano, ao lado do meu grande amigo Ricardo Osiro.
Bom, você pode chamar do que quiser: programa de índio, coisa de maluco… O fato é que eu fui um dos milhares de cururus que enfrentaram pelo menos três horas de fila para entrar na exposição China – Os Guerreiros de Xi’an e os Tesouros da Cidade Proibida. No domingo, foram 8.800 pessoas, incluindo Osiro e eu. Durante todo o Carnaval, foram mais de 38 mil pessoas, dez mil apenas na segunda-feira.
Tudo bem que, durante o feriado, o ingresso baixou de R$ 7 para apenas R$ 1, e o montante arrecadado foi destinado ao Fome Zero. Mas sabe como é… Nós, paulistas, preferimos esse tipo de aventura a ter que encarar o Carnaval da Rede TV. Além disso, em toda parte, entramos em uma fila mesmo sem saber do que se trata: é no trânsito, no banco… Até mesmo no Parque do Ibirapuera. Para quem conhece, os visitantes fizeram a volta no MAM, atravessaram a marquise até chegar à Oca, local da exposição. Ao que consta, já tinha gente na fila às sete da manhã, três horas antes da abertura do evento. “Isso faz parte do contexto, desde o início somos obrigados a exercitar a nossa paciência oriental”, comentei. Tá bom, piada fraca detected.
Um evento desse porte se transforma em uma festa para os vendedores de água mineral, refrigerante, acepipes em geral. Ou ainda na chance para qualquer um encontrar aquele colega esquecido na agenda. No nosso caso, fomos encontrados: para sorte de Gabriel Capelari e sua namorada, já estavamos na metade da fila! Nesse meio tempo, muitos aproveitavam para visitar o MAM e atirar pedras numa das obras do Jardim das Esculturas – não em protesto, mas sim pelo barulhinho engraçado… Tremenda criancice que, é claro, tive que experimentar!
Tive que voltar ao normal logo na entrada da exposição… A temperatura controlada de 18ºC fez com que os mais friorentos sacassem suas blusas encrustadas em algum canto do guarda-roupa. As próprias guias-ajudantes, certamente dedicadas estudantes de Turismo, trajavam suas camisas amarelas alusivas à Xi’an e… cachecóis! Dentro da Oca, a exposição se divide em quatro partes. No subsolo estão as impressionantes guerreiros, estátuas de terracota (um tipo de argila) em tamanho natural. Todas descobertas ao acaso, em 1974, num local considerado atualmente como um dos maiores sítios arqueológicos do planeta. “Vejam, há dois mil e quinhentos anos já existia MC Serginho e Eguinha Pocotó!”, disse, ao avistar um dos soldados e seu cavalo. Piada fraca detected!!!
Nos dois pisos superiores estão os deslumbrantes tesouros da Cidade Proibida, onde viveram as dinastias Qing e Ming há mais de cinco séculos. Além da maquete em escala 1:350 do local onde hoje funciona o Museu do Palácio Imperial de Pequim, é impossível desprender os olhos de peças como o mapa astronômico, a caixa de maquiagem, a sala de estudos e o trono do Imperador, além de trajes, objetos e ilustrações da época.
O piso térreo reúne relíquias que resumem cinco mil anos da cultura e da história da China, nação vista nos dias de hoje como um dos maiores mercados em potencial para o Brasil. Mesmo quem não quis encarar a fila para desembolsar um real, vale a pena gastar mais seis e visitar as mais de 300 peças, avaliadas em quase US$ 130 milhões e que levaram dez dias para chegar ao Brasil numa operação difícil de se imaginar. A exposição vai até o dia 18 de maio.
André vc tem uma verdadeira vocação para programas aborígenes.PS: E responda o meu e-mail pô!
Eu tou querendo ir ver essa exposição mas não tou com coragem pra encarar essa kilometragem de fila.
Ai… eu vi essa exposição num especial na televisão… interessantíssima.. será q vai passar por aqui em Brasilia????
Pois é… Eu fui ver essa bendita exposição na terça-feira e enfrentei 6 horas de fila… Meu CUnhado não quis ir embora depois de eu ter reconhecido o território e medido o tamanho da fila. Quando finalmente conseguimos entrar não tínhamos mais ânimo Q.I. força e paciência para prestar atençao em tudo aquilo. Uma pena!Bjocasssssssss
Fiquei sabendo q vc vai p/ o Hopi Hari… ÊÊÊÊ!!!!!!!Seu carnaval foi realmente construtivo hein…Beijinhos carinhosos…Té amanhã.
Hello Marmotinha!Cá estou eu depois do feriado!!Vim deixar um oi e um beijinho!:)
Interessante seu blog cara. Principalmente no que dizrespeito à exposição”Guerreiros de Xian e os Tesouros da Cidade Proibida”.Valeu
Preciso ir poxa.Beijos Nikki
Gostei muito da exposição também … tirando o frio é claro …