Está pensando em reunir a maior quantidade de pessoas possíveis, em especial aqueles que há tempos você não vê? Existem duas soluções bastante eficazes: morra ou contraia matrimônio. Velórios e casamentos, normalmente, são perfeitos para trazer à tona pessoas submersas, principalmente familiares.
Por motivos evidentes, escolha a segunda opção.
Certamente foi o que aconteceu com meu amigo-quase irmão Fernando Capelari, que deve ter soltado, ao lado de sua amada Cristina, uns vários “quanto tempo” durante a cerimônia deste sábado (que, diga-se, merece um texto só para ela). Eu mesmo tive meu momento “quanto tempo” ao rever o Argemiro, colega de classe que eu não via desde 1995. Enfim, foi assim há um tempo com a Patrícia, uma amiga do ginásio, mais uma que engrossou a longa lista de conhecidos meus que já se casaram.
Era minha vez de bancar o reaparecido naquele sábado à noite: fazia um bom tempo que não a via. O mesmo se aplica aos pais dela, que vieram me cumprimentar efusivamente. A mãe, principalmente.
– Nooossa… Lembro quando você fazia os trabalhos com a Patrícia, era aquele rapaz magrinho… E vejam só… Como você cresceu!
– É, engordei um bocadinho… Coisas da idade…
– Engraçadinho… Você está ótimo!
Normal. Em uma festa desse naipe, onde todos vestem seus melhores trajes, qualquer um está ótimo. Mas enfim. Logo surgiu outro semblante conhecido entre os vários amigos e parentes dos noivos: outra amiga da nossa turma, mãos dadas no marido e filhinha no colo.
– E aí, sumido! Quanto tempo, hein? – olha o “quanto tempo” aí.
– É verdade… Nem sabia que você já tinha herdeiros…
– Pois é, meu amigo… E o tempo passa…
Nem parecia que estava diante de uma mulher madura que, há mais de quinze anos era uma jovem companheira nas aulas do colégio. Surgiu em minha cabeça a imagem da galera, todos casados… Sentamos perto do altar, de onde dava pra sentir o nervosismo da noiva. Depois do sermão, do “sim” e da consagração final, os comentários inevitáveis.
– Ainda não consigo acreditar nisso. A Patrícia era a mais desajustada da turma…
– Realmente… Ela sempre fazia o papel da maluca nos nossos teatrinhos…
– Nossa, era muito engraçado. E ela chorava por qualquer coisa, lembra?
– Normal, ela é de Câncer… Falando nisso, e aquele aniversário na casa dela na sexta série, quando vocês queriam que eu ficasse com ela?
– Ah, mas eu sempre imaginava vocês dois juntos no fim da história.
– É, disso eu lembro… Mas o tempo é sábio.
– É nada. Reparou que o noivo se chama André?
Não deu tempo de responder: estava na hora dos noivos cumprimentar os convidados, sempre acompanhados pelo cinegrafista e seu assistente de iluminação. E ainda tem as fotos, bom tirar antes de pegar a fila do buffet.
Atualmente, uma festa de casamento sai caro. Em compensação, o retorno sob a forma de recordações, tanto do momento quanto as de um saudoso passado, pode valer o investimento.
(Postado em 24/04/2004 e alterado para a ocasião. Em tempo, prosperidade, felicidade e vida longa aos noivos!)
Que beleza… a parte boa é que a gente come bem e de graça. Sem falar nos bebes… eh eh.
Lista de casamento são boas. Quanto maior a lista, maior a quantidade de presentes…eh eh eh
E aí, meu amigo? A cerimônia não te inspirou a nada? rs bjão, aproveite a viagem!!
Oi André, que coisa mais gostosa recordar e rever amigos que estudaram com a gente.
sabe de um sefredo? na minha idade, quando reencontro algum colega que me reconhece eu fico na maior felicidade e pergunto; -serio, vc me reconheceu? quer dizer que eu não mudei muito??…rssss
quanto a investir em festa, sou campeã! acho o maior barato fazer festas, e chamar pessoas que gosto…
alias, vira e mexe, meu querido diario da blogspot esta cheio de fotos assim…
bjos e boa semana!
Tô no trabalho e não vai dar pra ler o post inteiro agora, mas só passei pra comemorar com vc o fim do Pan!
ehehheheh
Enfim, descanso!
=D
“Está pensando em reunir a maior quantidade de pessoas possíveis, em especial aqueles que há tempos você não vê? Existem duas soluções bastante eficazes: morra ou contraia matrimônio. Velórios e casamentos, normalmente, são perfeitos para trazer à tona pessoas submersas, principalmente familiares.”
Putz, nunca havia me dado conta disso… é a mais pura verdade! Eu acrescentaria que também é uma maneira eficiente de reunir quem há muito não se vê eleger-se para um cargo importante qualquer. Todo mundo vai a posse…
abs!